sábado, 16 de outubro de 2010

O direito à revolta - ou... a cultura dos parasitários!

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Acuso! - os quatro culpados do "monstro" e da "crise"

O direito à revolta


Ninguém em seu juízo, poderá acreditar que o aumento de impostos, a redução salarial dos trabalhadores da função pública e os cortes sociais lançadas pelo governo, poderão inverter o curso «rumo ao abismo» em que o país tem vivido. A diminuição do crescimento económico e o aumento do défice público, verificados sobretudo nos últimos quinze anos e que agora se agudizaram, não são outra coisa senão o resultado das causas estruturais que se verificaram e ampliaram, ano após ano, durante esse período. As medidas agora impostas pelo governo pretendem apenas tapar o buraco financeiro do país, criado e ampliado pela crise financeira internacional. As causas estruturais mantêm-se e, por essa razão, subsistem as condições para fracos crescimentos económicos e elevados défices económicos.

De há quinze anos para cá sobretudo, verificou-se um grande aumento de múltiplos órgãos do Estado sustentados, directa ou indirectamente, pelo orçamento do Estado. Novos Institutos, Agências, Autoridades, Fundações, Comissões, Empresas Municipais e outros, foram entretanto criados, retirando e substituindo os serviços até aí prestados pelas direcções gerais dos vários ministérios, sem qualquer critério de racionalidade funcional ou económica. Constata-se assim, que a Administração Pública sofreu uma surda mas profunda “reestruturação” dos seus serviços, responsável por um agravamento orçamental total da ordem dos 10% do PIB. Esta, a verdadeira causa dos problemas económicos e sociais do país.

É insustentável manter todos estes órgãos parasitários da Administração Pública. Parasitários, uma vez que à sua criação não correspondeu uma melhoria dos serviços prestados pelo Estado. A Educação, a Justiça, a Segurança ou a Saúde não parecem estar melhor que há quinze anos atrás o que comprova a perfeita inutilidade destes novos órgãos do Estado. A Reforma de que o país precisa seria a sua extinção pura e simples. Mas não serão os partidos da nossa classe política, não será o PS ou o PSD, que alguma vez iniciará esta ruptura. Pela simples razão de que foram eles próprios que montaram este monstruoso edifício administrativo, não por razões de eficácia ou racionalidade administrativa, mas apenas para dela retirarem benefícios pessoais; alimentarem as clientelas partidárias e efectuarem em “legalidade” os seus negócios particulares.

Os portugueses terão que se emancipar desta classe política que os engana e os explora e é incapaz de inverter o rumo para o abismo com que o país se defronta. Com eles só poderão esperar mais impostos e mais cortes sociais e o definhamento económico cada vez mais acentuado do país. Terão que arranjar forças para se revoltarem e derrubar este sistema político.

(Por RUI, em 01/10/2010, aqui)(Imagens e negritos são colocados por mim)

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