sábado, 23 de outubro de 2010

Andei por aí... visitando a vizinhança!...

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Andei por aí...  visitando a visinhança e o que se vai dizendo pela blogosfera. Entre muitas coisas "lindas" (!), acabei por encontrar uma verdadeira pérola da nossa democracia neste esfrangalhado bananal republicano. Trata-se, nem mais nem menos, de uma peça dividida em vários capítulos sobre o levantar da ponta do monstruoso "iceberg" que agora choca violentamente contra este país. Por ela nos apercebemos melhor de como e porquê chegámos a este inacreditável rombo que nos levou ao fundo.

Esta peça foi escrita há dois anos atrás, em 2008, e resulta de uma compilação de notícias publicadas nos diversos órgãos de informação, mas o seu conteúdo continua perfeitamente actual. A sangria despudorada por parte de gente que se auto-intitula de responsável e que ocupa cargos dos mais altos e mais responsáveis da nação, continua intocável, como intocáveis continuam os seus interesses e previlégios. E mais, ainda hoje, dois anos volvidos e apesar dos PECs, tudo o que nesta peça se denuncia está ultrapassado somente na sua dimensão: - é que em 2010 tudo isto existe, mas muito mais aumentado. Muito mais! Muito mais!...

Neste dia em que se perspectiva um encontro decisivo entre o ministro da finanças e o negociante do maior partido da oposição - Eduardo Catroga -  para aprovação do OE-2010,  eis AQUI a descrição de algumas das origens do maior descalabro financeiro em que o país mergulhou desde os anos 20 do século passado. Por aqui se percebe também que o ministro das finanças necessita urgentemente de trocar de óculos, já que "não consegue ver mais por onde cortar nas despesas"...

Estranho é que tanto o ministro das finanças, Teixeira dos Santos, nos seus 5 anos de ministério, sempre apoiado e incentivado pelo primeiro-ministro José Sócrates e até mesmo pelo presidente da república, Cavaco Silva, já antes mergulhados numa crise interna crescente desde 2001/2002 e de enormes proporções, ao verificar que tão monstruoso "iceberg" se dirigia em rota de colisão contra uma economia já fortemente debilitada, tenha (tenham todos) escondido a cabeça debaixo do tapete e apenas olhassem a recuperação pelo lado das receitas internas com base no ataque ao bolso dos mais desfavorecidos e de uma classe média e média baixa, conduzindo  um país inteiro para um pântano donde nunca mais sairá. Pelo menos, nas próximas décadas.  E tudo porque o ministro não quiz bulir com os previlégios dos que "mamam", não só o deles mas também o dos outros. Talvez  porque o ministro não queira também abdicar da sua própria "teta"...

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