segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

A "Globalização" - Os Novos Governantes do Mundo

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OS NOVOS GOVERNANTES DO MUNDO" (The New Rulers of the World) estuda o impacto da “Globalização”, utilizando a Indonésia como o principal exemplo, um país que o Banco Mundial descreveu como um "aluno modelo" até que a sua economia "globalizada" entrou em colapso em 1998.   Produzido em 2001 por John Pilger, este documentário continua cada vez mais actual, no pior sentido da palavra.   Países onde entram as Multinacionais, juntamente com o FMI e o Banco Mundial, de imediato a miséria e a fome alastram onde antes existiam a sustentabilidade e o bem-estar.
Os mitos da “Globalização” foram incorporados em grande parte da nossa linguagem quotidiana.   "Pensar globalmente" e  "a economia global"  fazem parte de um jargão que assume que todos nós somos parte de uma grande aldeia global, onde as fronteiras e as nacionalidades não importam mais.   Mas o que é a "globalização"?   E onde está a "aldeia global"?
Nunca antes a humanidade teve tão grande capacidade para criar riqueza e reduzir a pobreza.   No entanto, nunca antes a diferença entre ricos e pobres foi tão grande e a desigualdade tão generalizada.   Os factos da Globalização são reveladores.   Um pequeno grupo de indivíduos é agora mais rico do que quase toda a África.   200 multinacionais gigantescas controlam ¼ da actividade económica mundial.   A General Motors é agora maior do que a Dinamarca.   A Ford é maior do que a África do Sul.  
Invisível pelos consumidores, marcas famosas de sapatos de desporto ou roupas para bebé são agora produzidos em países muito pobres com mão-de-obra barata, tocando as fronteiras da escravatura.   O Tiger Woods recebe mais dinheiro para promover a Nike do que todos os trabalhadores da Nike na Indonésia.
É esta a aldeia global que nos disseram ser o nosso futuro?   Ou é apenas um projecto antigo?   O que antes era governado pelo direito divino dos reis é agora governado pelo direito divino das multinacionais e pelas instituições financeiras e governos que as apoiam.
A globalização não só tornou o mundo menor, ela também o tornou interdependente.   Uma decisão de investimento tomada em Londres pode significar o desemprego de milhares na Indonésia, enquanto uma decisão de negócios tomadas em Tóquio pode criar milhares de novos empregos para os trabalhadores no nordeste da Inglaterra ...
Este filme é sobre estes «Novos Governantes do Mundo» e sobre os seus impactos num país em particular – a Indonésia – mas podemos, com toda a facilidade, adaptá-lo a qualquer país de qualquer outra parte do mundo.

(Video patrocinado por www.NOVACOMUNIDADE.org e www.MDDVTM.org)

  


 

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

BPN - assunto ainda e sempre actual: - "Continuemos a fazer de conta..."

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A propósito da discussão no Parlamento (hoje) do relatório da Comissão de Inquérito ao BPN...
 

Embora escrito em Junho de 2008 por Mário Crespo, este artigo de opinião, grito misto de raiva e de revolta, continua hoje ainda mais actualizado e revoltante do que então.   É que não sabia ainda então o Mário Crespo que o roubo não era de (apenas!...)  2 mil milhões mas antes de 7 mil milhões, como é hoje sabido.   Só em injecções reais, o estado já lá enterrou  3,4 mil milhões de euros do nosso dinheiro, para vendê-lo depois por uns "trocos" - 40 milhões - ao BIC do Mira Amaral.   Grande negócio !!!  

Entretanto...   tudo continua na mesma:  - a SLN mudou o nome para GALILEI e mantém todo o seu património intacto;   o seu "patrão" principal continua, tal como antes, o "ex pé-rapado" de Coimbra que dá pelo nome de Dias Loureiro,  que foi ministro e conselheiro de estado de Cavaco Silva, que não tem bens em seu nome que possam ser penhorados no âmbito da investigação no caso BPN, que tem nas suas contas bancárias um saldo médio que não ultrapassa os cinco mil euros, mas que se passeia descaradamente entre a sua mansão de luxo no Estoril e o seu Resort-Hotel de luxo na Ilha do Sal em Cabo Verde, e que goza as suas festas de passagem de ano no hotel mais caro do Rio de Janeiro, acompanhado até por um ministro "Relvas" deste governo que, se tivesse um pingo de vergonha na cara, poderia fazer-nos o favor de desaparecer de vez!  

E depois...   ninguém está preso?!   E o País e o povo irão continuar a pagar este colossal roubo em cortes nos ordenados, nas reformas, na saúde, na educação, nos tranportes e em tudo o mais?!  
E o único que está sob prisão "soft", com pulseira electrónica, é o ex-patrão do BPN,  Oliveira e Costa, que  numa jogada de antecipação se divorciou, não sem antes ter passado todo o património para a ex-mulher.   Bela jogada...   que só surte efeito neste país do mundo! 

Um colossal roubo de 7 mil milhões de euros praticado por um Banco que nunca foi de banqueiros, mas apenas de amigos do peito, de longa data e de toda a confiança do actual presidente da república.   E que irá ficar, como todos os outros roubos desta gente,  impune!...
  
E ninguém incomoda ninguém!...   E ninguém está preso!...   E ninguém vai preso!...   E nós é que vamos pagar tudo isto!...
 
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Entretanto...   Continuemos a fazer de conta

Façamos de conta que e o que passou no BPN e na SLN não é mesmo uma enorme "roubalheira". Façamos de conta que há outro termo para descrever correctamente o saque de dois mil milhões de dinheiro dos portugueses.
Façamos de conta que a mais-valia de 147 por cento do investimento de Aníbal Cavaco Silva e família não aparece nos dois mil milhões de prejuízos do BPN nacionalizado.   Façamos de conta que não é o contribuinte português quem está a pagar esses dois mil milhões.   Façamos de conta que é normal conseguir valorizar um investimento 147,5 por cento em menos de dois anos.   Tudo isto fora do controlo das entidades fiscalizadoras e reguladoras do mercado de capitais.  

Façamos de conta que um conglomerado de bancos e offshores que compra coisas por dezenas de milhão, que vende depois por um dólar, e que rende mais do que a Dona Branca, é normal.   Façamos de conta que um negócio gerido assim faz algum sentido no mercado.   Façamos de conta que é acessível ao cidadão comum um negócio destes.    Façamos de conta que sabemos todas as circunstâncias da compra e da recompra das acções de tão prodigiosa mais valia, que a família Silva detinha no projecto de Dias Loureiro e Oliveira e Costa.   Façamos de conta que a SLN não tem nada a ver com o BPN.   Façamos de conta que o BPN e a SLN não têm um número invulgar de gente do PSD envolvido nas suas actividades.  

Façamos de conta que Aníbal Cavaco Silva não é a personalidade de mais influência no PSD.   Façamos de conta que os termos SLN, Sociedade Lusa de Negócios ou SLN Valor aparecem no comunicado da Presidência da República de 23 de Novembro de 2008.   Façamos de conta que, nesta fase de dúvidas, é aceitável uma declaração como a emitida pelo Palácio de Belém sem referências ao valioso investimento familiar no mais controverso dos projectos financeiros da história de Portugal.   Quando é só esse investimento que está causa.   Por ser uma aplicação num projecto de licitude duvidosa.   Façamos de conta que o Chefe Executivo desse projecto não tinha sido um íntimo colaborador de Aníbal Cavaco Silva responsável por finanças públicas.   Façamos de conta que entre 2001 e 2003 os negócios do BPN e da SLN decorriam de forma irrepreensível e no cumprimento integral da lei da República.  

Façamos de conta que não foi por escolha pessoal do Presidente da República que Dias Loureiro foi nomeado Conselheiro de Estado.   Façamos de conta que, como o Presidente disse, estar Dias Loureiro no Conselho de Estado era a mesma coisa que estar António Ramalho Eanes ou Mário Soares ou Jorge Sampaio.   Façamos de conta que o Presidente relatou tudo o que devia ter relatado ao País sobre os seus activos passados nos projectos de Oliveira e Costa e Dias Loureiro.   Façamos de conta que não há gente presa por causa do BPN.   Façamos de conta que não vai haver mais gente presa.

Façamos de conta que o que se passou no BPN e na SLN não é mesmo uma enorme "roubalheira".   Façamos de conta que há outro termo para descrever correctamente um saque de dois mil milhões de dinheiro dos portugueses.   Façamos de conta que não conseguimos imaginar quantas escolas, quantos hospitais, quantas contas de farmácia, quantas pensões mínimas, quantas refeições decentes se podem comprar com esse dinheiro.   Façamos de conta que basta, apenas, cumprir rigorosamente a Lei e ignorar o que a Lei não diz, para se ser inquestionavelmente impoluto.   

Façamos de conta que não sabemos o que se está a passar à nossa volta.   Até onde aguenta o País continuarmos a fazer de conta que não vemos?
 
(Mário Crespo, In JN, 08/06/2008)
 
 

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Grécia - Auschwitz do século XXI. - É para "isto" que este governo nos quer conduzir?...

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Grécia - Auschwitz do século XXI
 
Desde que a CRISE chegou à Grécia que a vida daquele povo ficou virada do avesso.   Porém, as mudanças ocorridas na área da prestação de cuidados de saúde ultrapassaram todos as limites em que deveria assentar a dignidade da pessoa humana.   
Até Julho de 2011, a Grécia tinha um sistema de saúde normal.   As pessoas que perdiam os seus empregos recebiam cuidados de saúde, mesmo após terem perdido o direito ao subsídio de desemprego.   A partir daquela data, o governo grego assinou um acordo de empréstimo suplementar com os predadores financeiros internacionais (travestidos de idóneos representantes da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu e do Fundo Monetário Internacional), onde ficou estipulado que todos os cidadãos que não tivessem seguro de saúde, não estivessem a receber subsidio de desemprego, ou não tivessem meios próprios para o pagamento dos cuidados de saúde de que necessitassem, deixariam de ser tratados nos hospitais públicos.   
Actualmente, na Grécia, existem cerca de 25% de desempregados, dos quais, metade, não recebe qualquer apoio do Estado helénico, e portanto, sem direito a ter assistência na doença.   
As mudanças verificadas no sistema público de saúde impressionam, sobretudo, no caso de cancro, cujos tratamentos são longos e onerosos.   Quando o cancro é diagnosticado em pessoas que não têm seguro de saúde, subsídio de desemprego ou posses para pagarem do seu próprio bolso o acesso aos medicamentos e tratamentos de que carecem, o Estado pura e simplesmente vota-as ao abandono, ignorando a sua própria existência.   

Face à gravidade da situação, que raia uma sórdida parecença com o genocídio seletivo e repressão maciça de tempos idos, surgiu o conceito de "Clínica Social", um movimento fora do sistema de saúde público, que o Dr. Giorgos Vidras alcunhou de "Rede Robin Hood", para cuidar dos excluídos da sociedade, em que são utilizados medicamentos doados por farmácias, empresas farmacêuticas, e até por familiares de doentes que morreram de cancro.   Mas este problema pode agravar-se exponencialmente muito em breve.   É que, vai chegar o momento em que as pessoas vão deixar de poder doar, pelos efeitos arrasadores da crise que atravessa a Grecia.   

O Dr. Kostas Syrigos, chefe do maior Serviço de Oncologia da Grécia, fez declarações públicas onde dizia que pensava já ter visto tudo na vida!    
Mas nada o preparara para enfrentar o caso de Elena, uma mulher desempregada e sem seguro de saúde, com um cancro na mama que atingira o tamanho de uma laranja e que já rasgara a pele, deixando à vista urna ferida que aquela mulher drenava, incessantemente, com guardanapos de papel.   "Fiquei sem fala quando a vi.   Toda a gente que ali se encontrava chorou.   E em verdade vos digo:    os livros de estudo descrevem coisas como aquelas, mas nunca as tínhamos visto até então", referiu aquele médico.   
A sociedade grega ficou chocada!   Tal como na revelação Bíblica, os responsáveis políticos do seu País tinham trocado a protecção dos mais desfavorecidos por "30 moedas de prata" provenientes dos "Judas" do nosso tempo.   
Na Grécia, os médicos que sejam apanhados a tentar salvar a vida daquelas "almas", pagam do seu bolso os medicamentos entregues àqueles doentes, para além de se sujeitarem a muitas outras consequências.   
Nas palavras do médico alemão Georg Pieper, o que encontrou na Grécia ultrapassou todas as suas piores expectativas: -  crianças, numa agonia pungente, ao colo de suas mães esvaídas em lágrimas, prostradas em frente aos hospitais públicos, a implorarem para tratarem das suas crianças;    mulheres grávidas, sem seguro de saúde e sem dinheiro, a acorrerem aos hospitais, suplicando para serem atendidas;   doentes internados que, para não morrerem à fome, pedem a familiares e amigos para lhes levarem comida;    médicos, enfermeiros e outros profissionais que, para além de não receberem ordenado há vários meses, se vêm obrigados a fazer a limpeza dos hospitais;   e um número incontável de pessoas a catar os restos que se encontram naqueles que são hoje os "restaurantes helénicos mais bem sucedidos da economia grega" - os  caixotes do lixo.   
 
Hoje, no País onde nasceu a democracia, estar doente não é "pronúncia do Norte"...   é prenúncio de morte.   
Há cerca de sete décadas atrás, os saques feitos aos gregos serviram para construir e alimentar os Panzers, com que pretendiam aniquilar o povo de "Homero".   Nos tempos que correm, os saques servem para pagar o material de guerra e para salvar os bancos germânicos.   São as duas faces...   de uma mesma moeda!
(Por António Rocha, In Diário de Aveiro de 07 Jan 2013) (Sublinhados deste blogue)
 
 
E eu pergunto:

É para nos conduzir até este estado que estes palhaços da ala ultra-liberal do PSD tenta, "custe o custar", implementar as suas miseráveis políticas?  
É para chegar até aqui que os "mansos" do CDS-PP continuam calados, ainda que o seu líder - Paulo Portas - seja tratado como capacho pelo trio maldito - Passos-Gaspar-Relvas - considerando-o, não como parceiro da coligação mas como uma mera "muleta", da qual se servem para impôr, ao País e ao povo, todas as sacanices com que se deleitam a infligi-las a quem não tem quaisquer culpas (trabalhadores, reformados e doentes), exclusivamente em favor do grande capital e dos banqueiros?  
É para cumprir, não aquelas mentiras meticulosamente calculadas que prometeu na campanha eleitoral que o levou ao "pote", e mais aquelas que o rapazola já havia escrito no seu livrinho "Mudar", mas, ao contrário, o oposto de tudo isso?   O Passos Coelho que escreveu aquele livro "Mudar" não pode ser o mesmo que ocupa hoje as funções de primeiro-ministro.
É para cumprir o pacto com a Nova Ordem Mundial, transformando Portugal num País de escravos, onde a vida destes nada vale e só têm direito a existir enquanto forem jovens e saudáveis, enquanto puderem trabalhar para sustentar a classe dominante sob o domínio da chibata e por uma malga de sopa?  
É para atingir este ponto que aquele "trio maldito" encomendou, como "fato por medida", aquele patético estudo ao FMI?   É para reforçar este "suposto" estudo do FMI que este "trio maldito" encomendou mais um novo estudo ("por medida"...)  à  OCDE ?
E acha o rapazola que tem legitimidade e mandato para, depois de ter sido colocado no poleiro com base numa vergonhosa "campanha da mentira", impôr ao País e ao povo aquele denominado "estudo muito bem feito"?  

E acha o rapazola que o País e o povo o vão deixar prosseguir com o seu maquiavélico plano de destruição?  

Será que o rapazola ainda se não deu conta que este povo, FINALMENTE, acordou?
 

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Eleito com base na «campanha da mentira», claro que não tens mandato para isso!!!

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Os portugueses votaram num homem que dizia coisas radicalmente diferentes

Passos Coelho afirmou ontem estar mandatado para pôr em prática as recomendações do famoso relatório do FMI – que como ficou implícito defende e apoia entusiasticamente.   “Então se o governo não tem mandato para reformar as políticas públicas, tem mandato para quê?”,  perguntou ontem o primeiro-ministro, enfaticamente, a partir dos Açores, no seu primeiro discurso depois do lançamento da bomba e recolha de respectivos estilhaços.
  
Infelizmente para Passos Coelho, é falso que o governo “esteja mais do que mandatado”.   É verdade que Passos Coelho, muito antes de Teixeira dos Santos chamar o FMI, tentou estar mandatado para isto.   Esforçou-se, trabalhou para isso, fez os possíveis para arranjar um mandato que lhe permitisse no futuro fazer implodir o Estado social.   No Verão de 2010, pouco tempo depois de ter vencido as eleições internas no PSD, Passos Coelho encarregou uma comissão de fazer uma proposta de revisão constitucional para conduzir o país a um Estado mínimo.   A proposta foi feita.   Existiu um papel, que foi desancado dentro e fora do PSD.

O que fez o primeiro-ministro depois de ter o papel na mão – e de ter percebido a sua impopularidade?   Escondeu-o.   Aquele que era o seu verdadeiro programa eleitoral desapareceu na iminência das eleições.   O discurso foi matizado, suavizado e perfumado.   Na campanha eleitoral, Passos Coelho travestiu-se num defensor do Estado social e abjurou toda a doutrina expressa no projecto de revisão constitucional e na sua pequenina bíblia produzida antes de se ter tornado presidente do PSD:   o livrinho “Mudar”.

Mas depois tudo mudou.   Tanto no programa eleitoral como em toda a campanha, Passos Coelho retirou da discussão pública tudo o que pudesse fazer o cidadão sonhar que o futuro primeiro-ministro iria colocar em risco o Estado social.   Além de ter prometido não aumentar os impostos, atacou várias vezes a política de austeridade e os “ataques aos alicerces básicos do Estado social” promovidos pelo governo socialista;   reclamou que “Portugal não precisa de mais austeridade”;   anunciou que "não contassem com ele para mais ataques à classe média” e jurou que não olharia para alguém com rendimento pouco acima dos 1000 euros como se fosse rica.   E quanto à ideia, propagada pelo PS, de que o PSD queria liberalizar os despedimentos, Passos desmentiu com vigor.

Não, o PSD não está mandatado para nada.   Os portugueses votaram num homem que dizia coisas radicalmente diferentes.

(Por Ana Sá Lopes, publicado no "I" em 14 Jan 2013)


E, porque a memória do rapazola parece curta...

 



quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Moedas - esse deslumbrado patético!

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Moedas pela borda fora

O MOEDAS regozija-se com a ameaça de mais cortes, mais sofrimento e mais miséria inclusa num relatório do FMI que acumula várias toneladas de barro atiradas à parede da nossa desgraça.   Este Moedas, mais do que insensível e irresponsável, é o perfeito imbecil.   E é a prova, a par de António Borges, que o Goldman Sachs também contrata azémolas.   Mas diga-se, sem receio de errar, que tais criaturas fazem jus ao tom geral que caracteriza este governo de fanáticos, incompetentes e hipócritas.

As alimárias que desgovernam o país já há muito que perderam qualquer legitimidade para continuar no poleiro.   Exercem hoje uma ignóbil ditadura financeira de fachada democrática, tentando encobrir a execrável germanofilia com um ridículo patriotismo de lapela.   Como se já não bastasse hastear a bandeira nacional de pernas para o ar.

Atirem o Moedas pela borda fora!  -  é o que dá vontade de gritar.   Mas atirem também o grande magarefe (Vitor Gaspar) e o seu megafone (Passos Coelho).   Atrás deles terão de ir todos os outros, a começar pelo «professor doutor engenheiro» Miguel Relvas, vergonha do nosso ensino privado.   Mas cuidado quando chegarem à ministra Cristas, para não atirarem fora o bebé dela com a água do banho.

Sinceramente, já não há pachorra para as análises politicamente correctas a explicar com pezinhos de lã que estas alimárias puseram o país a saque!

(Por Alfredo Barroso, AQUI)  (Sublinhados deste blogue)


sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Assim de repente... estou a lembrar-me duma fila interminável de nomes!

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Isso mesmo!    Assim de repente...  estou a lembrar-me duma fila interminável de gatunos, de vigaristas e de corruptos que, em Portugal,  bem poderiam ser colocados na  "lista"  desta mulher de "tomates" - a deputada brasileira  Cidinha Campos.   
Deputada da ALERJ (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro),  Cidinha Campos é, em sentido figurado, a versão brasileira  da nossa Padeira de Aljubarrota, que usa a língua com a maestria e a contundência com que Brites de Almeida usou a pá do forno.

Aliás, todos nós conhecemos os nomes dos crápulas que constariam dessa "lista", motivo por que me dispenso de os mencionar.   Até porque...  além do mais, tornaria este post demasiado longo e malcheiroso, tanta e tal é a merda pestilenta por que estão envolvidos todos os nomes dessa "lista".  

E fica-me assim esta impotência e esta imensa inveja de que esta mulher não seja portuguesa e deputada do nosso Parlamento!...   Resta-me apenas (para meu infortúnio...)  "imaginar" este discurso dirigido a cada um desses sabujos, alto e bom som, sem papas na língua, bem ao jeito da Cidinha, substituindo aquele "Nader" por cada um dos nomes da imensa "lista" de corruptos, vigaristas e ladrões da nossa praça.   Eu, por mim...  até montaria tenda na escadaria da Assembleia da República para não perder um só dos seus discursos!

De nada valeria, eu sei, que a justiça neste país é tão inútil e cheira tão mal quanto os da "lista", já que foram eles os autores das leis que servem de base a esta justiça de circo, leis propositadamente elaboradas (e sumptuosamente pagas pelo povo...) para os ilibar de tudo e de qualquer jeito.
Mas...   ainda assim, saberia bem ouvir todas as verdades atiradas directamente nas fuças de todos os gatunos sem vergonha,  de todos os "ladrões da pior espécie" que por cá continuamos a ilibar, a eleger e a sustentar desde há mais de 30 anos.  





quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

"ABORTO" ORTOGRÁFICO - O lixo diarreico adiado no Brasil até 2016

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O CADÁVER  ADIADO
 
No Brasil, tratava-se fundamentalmente de sacrificar o trema e o acento agudo em meia dúzia de casos.   E ninguém se resignava às regras absurdas de emprego do hífen…    Com isso, bastou o abaixo-assinado de uns 20 mil cidadãos para se adiar a aplicação de uma coisa trapalhona denominada Acordo Ortográfico (AO).   Os políticos ouviram a reclamação, estudaram-na e assumiram-na, e a sr.ª Rousseff decidiu.


Em Portugal, o número de pessoas que tomaram posição contra o AO já ultrapassava as 120 mil em Maio de 2009.   Hoje, e considerando tanto o Movimento contra o AO de então como a actual Iniciativa Legislativa de Cidadãos (ILC) com a mesma finalidade, esse número é incomparavelmente mais elevado.

Portugal bem pode propor a todos os quadrantes ideológicos e parlamentares da sua classe política que se assoem agora a este cruel guardanapo.   Faltou-lhes a coragem de respeitar as opiniões autorizadas, a capacidade de reflectir com lucidez sobre o assunto, a vontade cívica de se informarem em condições.   Acabaram a produzir este lindo serviço, com a notável excepção do relatório Barreiras Duarte, aprovado por unanimidade na Comissão Parlamentar de Ética, Sociedade e Cultura (Abril de 2009), mas que não teve qualquer efeito prático.
 
A CPLP, ao engendrar o torpe segundo protocolo modificativo do AO, violou sem escrúpulos o direito internacional e traiu a língua portuguesa.   Não serve.   Mostrou total inconsciência, incompetência, incapacidade e oportunismo na matéria.
Agora, é evidente que, de três, uma:   ou o Brasil vai propor uma revisão do AO, ou tratará de a empreender pro domo sua sem ouvir os outros países de língua portuguesa, ou fará como em 1945, deixando-o tornar-se letra morta por inércia pura e simples.
 
No primeiro caso, mostra-se a razão que tínhamos ao insistir na suspensão do AO, a tempo, para revisão e correcção.   A iniciativa deveria ter sido portuguesa e muitos problemas teriam sido evitados.   No segundo caso, mostra-se além disso que continuamos a ser considerados um país pronto a agachar-se à mercê das conveniências alheias.   Com a desculpa, a raiar um imperialismo enjoativo, da “unidade” da língua, em Portugal haverá sempre umas baratas tontas disponíveis para se sujeitarem ao que quer que o Brasil venha a resolver quanto à sua própria ortografia.   Foi o que se passou em 1986 e 1990.
No terceiro caso, mostra-se ainda que ficaremos reduzidos a uma insignificância internacional que foi criada por nós mesmos.   Mas, em qualquer dos casos, a situação será muito diferente da actual.
 
O Acordo Ortográfico não ficará incólume e as suas regras serão revistas e modificadas.   Ninguém esconde no Brasil esta necessidade de revisão e correcção, tão cultural, social e politicamente sentida que está na base do adiamento decretado.   Se as regras vão ser modificadas, e quanto a este ponto não pode subsistir qualquer espécie de dúvida, será um absurdo absoluto que se mantenha a veleidade de as aplicar em Portugal na sua forma presente.
 
Não se pode querer contestar oficial ou, sequer, oficiosamente a existência de três grafias, nada menos de três, como resultado grotesco de uma tentativa sem pés nem cabeça de uniformização delas em todos os países que falam português: a brasileira, a angolana e moçambicana e a irresponsável que é a portuguesa.
 
Torna-se imperativo o reconhecimento oficial de que a única ortografia que está em vigor em Portugal é a que já vigorava antes das desastrosas pantominas que foram empreendidas pelo Governo Sócrates.   No meio desta vergonha, o mais simples é:
 
a)   reconhecer-se que o AO nunca entrou em vigor por falta de ratificação de todos os estados signatários;
b)   pressuposto essencial da sua aplicação que é o vocabulário ortográfico comum que nem sequer foi iniciado;
c)   suspender-se tudo o que se dispôs em Portugal quanto à aplicação do AO, nomeadamente no plano das escolas, dos livros escolares e dos serviços do Estado;
d)   tomar-se a iniciativa de negociações internacionais com vista a uma revisão e correcção do AO por especialistas dignos desse nome.
 
O Acordo Ortográfico é tão mal feito que nem o Brasil o aceita…   Logo à nascença, já era um cadáver adiado.   Com vénia de Fernando Pessoa, agora não se pode deixar que, sem a necessária revisão, ele procrie seja o que for.
 
(Por Vasco Graça Moura, In DN de 02/01/2013) (Fonte; os sublinhados são deste blogue)