quarta-feira, 28 de março de 2012

A perigosa e ameaçadora turba ululante do Chiado...

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Toda a verdade sobre a carga policial de 22/03/2012

Eis o vídeo que mostra toda a verdade - uma turba ululante e ameaçadora, que brandia forquilhas e charruas, enchadas e machados e marretas, cartuchos de dinamite e centenas de garrafas cheias de gasolina (vulgo, cocktails Molotov), e até mesmo granadas e metralhadoras afirmam alguns terem visto escondidas por entre esta enorme multidão enfurecida de dezenas de milhares de cidadãos bandidos que, tudo indica, se preparavam para deitar o Chiado abaixo, pulverizar os vidros das montras, rechaçar os carros e esplanadas, praticar actos de pilhagem, e até, quem sabe, incendiar novamente o Chiado!

Mas, eis senão quando...  chegou a polícia para acalmar os ânimos e acabar com toda esta ameaça ou a cidade ficaria reduzida a pó, tal era a senha ameaçadora dos transeuntes, digo, dos manifestantes revoltosos bem armados e bem organizados!  Lembro até aqueles bandidos disfarçados de mulheres indefesas que foram impiedosamente caçadas e atiradas ao chão, e bem castigadas com umas valentes bastonadas!  Ora toma, que é para aprenderem a não voltarem a ameaçar a pacatez da cidade e a louvável serenidade das forças da ordem!

Daqui, um obrigado às forças policiais e a quem as dirige.  Posso agora dormir mais descansado, sabendo que posso confiar inteiramente nas forças policiais deste país! 



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terça-feira, 27 de março de 2012

PPPs - a canalhice e o roubo que todos iremos pagar nos próximos 30/40 anos!

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Do programa «Olhos nos Olhos» na TVI24, este vídeo onde Medina Carreira e Avelino de Jesus, professor do ISEG, explicam tudo sobre as Parcerias Público-Privadas (PPP), um dos maiores roubos (a par do BPN) perpetrado nos últimos anos por políticos tão inábeis quanto corruptos que, negociando com uma total falta de transparência, nos vão estrangular durante os próximos 30/40 anos, em favor de interesses bem conhecidos de privados, também eles criminosamente desonestos.



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sábado, 24 de março de 2012

Portugal e Suécia - os "extremos" da Europa na corrupção e nas mordomias!

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Nada como apreciar estes dois videos para ter uma ideia da distância (não só a física) entre estes dois países, ambos pertencentes à Europa e ambos requerendo o mesmo estatuto de "democracias".   São tantas e tais as náuseas que o primeiro me provoca, que me dispenso de fazer quaisquer comentários, já que só poderiam reflectir este meu estado de desarranjo gástrico!

Apenas uma referência especial para as palavras do fiscalista Tiago Caiado Guerreiro no primeiro video:

«Em Portugal, as leis são feitas exactamente para não ser possível apanhar as pessoas em situação de corrupção…  temos normas que tornam totalmente impossível apanhar um corrupto em Portugal… as normas são feitas exactamente para não ser possível apanhar as pessoas em situação de corrupção e não se conseguir provar em tribunal…  

Estes casos todos que estão em tribunal não vão dar em nada porque, mesmo que eles fossem filmados no acto de corrupção, seria difícil provar em tribunal com as normas que temos, quanto mais com advogados competentes (do lado dos corruptos)…

Se juntarmos a isto, tribunais pouco treinados e normas que não funcionam, então isto é o paraíso dos corruptos.   Aliás, todos nós conhecemos casos, ao longo do país todo, de fortunas inexplicáveis que continuam inexplicáveis e que apareceram de repente, após o exercício de cargos políticos ou em ligação com o Poder…

Agora, um conjunto enorme de medidas, em vez de normas claras e transparentes sobre o que é a corrupção, e isto não é difícil de fazer, basta copiar o que existe, por exemplo, nos cinco países menos corruptos do mundo, são normas que são muito transparentes…  aplicam-se só a detentores de cargos políticos, por isso são muito mais focadas naqueles que têm o risco de praticar a corrupção…

Todos nós sabemos que muita gente sai dos cargos públicos, políticos, e depois vai para a frente de grandes empresas e alguns deles criam grandes fortunas, quer dizer, tudo coisas que são inexplicáveis e inaceitáveis em sociedades civilizadas, excepto neste país, onde se pode bater sempre no contribuinte mas tratamos maravilhosamente bem os corruptos…

Nós não temos um combate à corrupção.   Temos normas de branqueamento, que é uma coisa diferente. Temos normas que permitem aos corruptos saírem de um julgamento todos praticamente ilibados…»




E o modelo sueco:


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quinta-feira, 22 de março de 2012

Excelente! - já estamos a meio da ponte!...

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"Já estamos a meio da ponte"! 


Quem disse isto é um governante que "sabe o que diz" - nem mais nem menos que o sr. Gaspar, distinto ministro das finanças deste governo.   Aquele mesmo que, depois de todas aquelas contas de merceeiro - sacando aos mais pobres para dar aos mais ricos - vai acabar por chegar ao fim de 2012 com metade da receita que imaginou embolsar.   Quero crer que, a ser verdade esta afirmação, ela só pode partir do pressuposto de que a outra metade da ponte...  ruíu!  
A partir daí é só mais um passinho e... pumba, segue-se um festival de cambalhotas e piruetas para tentar salvar o coiro, mantendo a cabeça fora da água!   Da água?  digo, da lama, da merda, em que os crápulas bem conhecidos  - os mesmos de sempre que vão continuando a encher a pança - nos atiraram, sem que lhes tenham sido exigidas responsabilidades, antes continuando a auferir de lautas e gordas fortunas mensais como "recompensa".   A ser verdade esta afirmação, ela só tem paralelo com outra das suas - "vamos aos mercados no dia 23 de Setembro de 2013".   Fiquei preocupado.   Apenas porque, com toda esta precisão, ele esqueceu-se de dizer a hora exacta.   Apenas e só por isso...

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sexta-feira, 16 de março de 2012

Ingratidão e falta de memória, ou Os carrascos da Europa

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A Alemanha regista a pouco honrosa distinção de ter entrado em bancarrota em 1920 e em 1953. Da última vez, Berlim contou com a ajuda financeira da Grécia

A ingratidão dos países, tal como a das pessoas, é acompanhada quase sempre pela falta de memória. Em 1953, a Alemanha de Konrad Adenauer entrou em default, falência, ficou Kaput, ou seja, ficou sem dinheiro para fazer mover a actividade económica do país.   Tal qual como a Grécia actualmente.
A Alemanha negociou 16 mil milhões de marcos em dívidas de 1920 que entraram em incumprimento na década de 30 após o colapso da bolsa em Wall Street.   O dinheiro tinha-lhe sido emprestado pelos EUA, pela França e pelo Reino Unido.
Outros 16 mil milhões de marcos diziam respeito a empréstimos dos EUA no pós--guerra, no âmbito do Acordo de Londres sobre as Dívidas Alemãs (LDA), de 1953.   O total a pagar foi reduzido 50%, para cerca de 15 mil milhões de marcos, por um período de 30 anos, o que não teve quase impacto na crescente economia alemã.

O resgate alemão foi feito por um conjunto de países que incluíam a Grécia, a Bélgica, o Canadá, Ceilão, a Dinamarca, França, o Irão, a Irlanda, a Itália, o Liechtenstein, o Luxemburgo, a Noruega, o Paquistão, a Espanha, a Suécia, a Suíça, a África do Sul, o Reino Unido, a Irlanda do Norte, os EUA e a Jugoslávia.   As dívidas alemãs eram do período anterior e posterior à Segunda Guerra Mundial.   Algumas decorriam do esforço de reparações de guerra e outras de empréstimos gigantescos norte-americanos ao governo e às empresas.

Durante 20 anos, como recorda esse acordo, Berlim não honrou qualquer pagamento da dívida.

Por incrível que pareça, apenas oito anos depois de a Grécia ter sido invadida e brutalmente ocupada pelas tropas nazis, Atenas aceitou participar no esforço internacional para tirar a Alemanha da terrível bancarrota em que se encontrava.   Ora os custos monetários da ocupação alemã da Grécia foram estimados em 162 mil milhões de euros sem juros.
Após a guerra, a Alemanha ficou de compensar a Grécia por perdas de navios bombardeados ou capturados, durante o período de neutralidade, pelos danos causados à economia grega, e pagar compensações às vítimas do exército alemão de ocupação. As vítimas gregas foram mais de um milhão de pessoas (38 960 executadas, 12 mil abatidas, 70 mil mortas no campo de batalha, 105 mil em campos de concentração na Alemanha, e 600 mil que pereceram de fome).   Além disso, as hordas nazis roubaram tesouros arqueológicos gregos de valor incalculável.

Qual foi a reacção da direita parlamentar alemã aos actuais problemas financeiros da Grécia?   Segundo esta, a Grécia devia considerar vender terras, edifícios históricos e objectos de arte para reduzir a sua dívida.

Além de tomar as medidas de austeridade impostas, como cortes no sector público e congelamento de pensões, os gregos deviam vender algumas ilhas, defenderam dois destacados elementos da CDU, Josef Schlarmann e Frank Schaeffler, do partido da chanceler Merkel.   Os dois responsáveis chegaram a alvitrar que o Partenon e algumas ilhas gregas no Egeu, fossem vendidas para evitar a bancarrota.   “Os que estão insolventes devem vender o que possuem para pagar aos seus credores”, disseram ao jornal “Bild”.
Depois disso, surgiu no seio do executivo a ideia peregrina de pôr um comissário europeu a fiscalizar permanentemente as contas gregas em Atenas.

O historiador Albrecht Ritschl, da London School of Economics, recordou recentemente à “Spiegel” que a Alemanha foi o pior país devedor do século xx.   O economista destaca que a insolvência germânica dos anos 30 faz a dívida grega de hoje parecer insignificante.

“No século xx, a Alemanha foi responsável pela maior bancarrota de que há memória”, afirmou.   “Foi apenas graças aos Estados Unidos, que injectaram quantias enormes de dinheiro após a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, que a Alemanha se tornou financeiramente estável e hoje detém o estatuto de locomotiva da Europa.   Esse facto, lamentavelmente, parece esquecido”, sublinha Ritsch.   O historiador sublinha que a Alemanha desencadeou duas guerras mundiais, a segunda de aniquilação e extermínio, e depois os seus inimigos perdoaram-lhe totalmente o pagamento das reparações ou adiaram-nas.  

A Grécia não esquece que a Alemanha deve a sua prosperidade económica a outros países.   Por isso, alguns parlamentares gregos sugerem que seja feita a contabilidade das dívidas alemãs à Grécia para que destas se desconte o que a Grécia deve actualmente.

(Por Sérgio Soares, in Iinformação - 16-03-2012)

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quinta-feira, 15 de março de 2012

Badamecos ou badalhocos ou... outra coisa qualquer com um nome mais apropriado!

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Ou há moralidade... 


O OMNIMINISTRO Miguel Relvas informara os portugueses de que as excepções aos cortes salariais na TAP e na CGD foram só "adaptações".   Ontem Vítor Gaspar desmentiu-o:   os cortes serão aplicados "sem excepções nem adaptações".   E repetiu, não fosse Miguel Relvas fazer-se desentendido:   "Sem excepções nem adaptações!".   E no entanto...

E, no entanto, na TAP e na CGD não haverá cortes salariais.   Talvez não se trate, de facto, de "excepções nem adaptações", mas de outra coisa qualquer a que o ministro um dia dará o nome apropriado.   Mas ou há moralidade ou não comem todos e RTP, ANA, STCP e IN/Casa da Moeda também já exigiram essa outra coisa qualquer, independentemente do nome que tenha.

Se a coerência fosse o forte do ministro das Finanças, pelas mesmas razões que TAP e CGD, designadamente o risco da perda de quadros, a coisa qualquer deveria aplicar-se em todas as empresas públicas e em todos os ministérios e institutos.   E, do mesmo modo, todas as empresas privadas deveriam, como a Lusoponte, poder meter ao bolso 4,4 milhões, todos os bancos serem contemplados, como o BPN, com uma doação de 600 milhões, todas as construtores serem, como a Mota-Engil, subsidiadas para pagar os aumentos do IRC...

O Tribunal Constitucional haveria de, diligentemente, descobrir um expediente jurídico como o da "constitucionalidade temporária" dos confiscos dos subsídios de férias e Natal para tudo isso estar nos conformes.

(Manuel António Pina, in JN de 15-03-2012)

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domingo, 11 de março de 2012

E assim respondeu o grego Georgios ao alemão Walter

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A publicação na revista Stern de uma carta aberta de um alemão que se sente ofendido com o "estilo de vida" grego suscitou a devida resposta de um grego, também publicada na Stern.   Pelos "equívocos" alemães no que respeita ao tomar o todo (que é o povo grego) pela parte (que são os políticos gregos), tanto quanto as múltiplas culpas que à Alemanha são imputáveis nas condições a que chegou o povo grego, vale a pena a leitura destas duas cartas.


“Carta aberta” de um cidadão alemão, Walter Wuelleenweber, dirigida a “caros gregos”


Depois da Alemanha ter tido de salvar os bancos, agora tem de salvar também a Grécia.   Os gregos, que primeiros fizeram alquimias com o euro, agora, em vez de fazerem economias, fazem greves.

Caros gregos,

Desde 1981 pertencemos à mesma família.   Nós, os alemães, contribuímos como ninguém mais para um Fundo comum, com mais de 200 mil milhões de euros, enquanto a Grécia recebeu cerca de 100 mil milhões dessa verba, ou seja a maior parcela per capita de qualquer outro povo da U.E.   Nunca nenhum povo até agora ajudou tanto outro povo e durante tanto tempo.  Vocês são, sinceramente, os amigos mais caros que nós temos.   O caso é que não só se enganam a vocês mesmos, como nos enganam a nós.
No essencial, vocês nunca mostraram ser merecedores do nosso Euro.   Desde a sua incorporação como moeda da Grécia, nunca conseguiram, até agora, cumprir os critérios de estabilidade.   Dentro da U.E., são o povo que mais gasta em bens de consumo.   Vocês descobriram a democracia, por isso devem saber que se governa através da vontade do povo, que é, no fundo, quem tem a responsabilidade.   Não digam, por isso, que só os políticos têm a responsabilidade do desastre. Ninguém vos obrigou a durante anos fugir aos impostos, a opor-se a qualquer política coerente para reduzir os gastos públicos e ninguém vos obrigou a eleger os governantes que têm tido e têm.   Os gregos são quem nos mostrou o caminho da Democracia, da Filosofia e dos primeiros conhecimentos da Economia Nacional.   Mas, agora, mostram-nos um caminho errado.   E chegaram onde chegaram, não vão mais adiante!

Na semana seguinte a Stern publicou uma carta aberta de um grego, dirigida a Walter Wuelleenweber:

Caro Walter

Chamo-me Georgios Psomás.   Sou funcionário público e não “empregado público” como, depreciativamente, como insulto, se referem a nós os meus compatriotas e os teus compatriotas.
O meu salário é de 1.000 euros.   Por mês, hem!...   não vás pensar que por dia, como te querem fazer crer no teu País.   Repara que ganho um número que nem sequer é inferior em 1.000 euros ao teu, que é de vários milhares.   Desde 1981, tens razão, estamos na mesma família.   Só que nós vos concedemos, em exclusividade, um montão de privilégios, como serem os principais fornecedores do povo grego de tecnologia, armas, infraestruturas (duas autoestradas e dois aeroportos internacionais), telecomunicações, produtos de consumo, automóveis, etc..   Se me esqueço de alguma coisa, desculpa.   Chamo-te a atenção para o facto de sermos, dentro da U.E., os maiores importadores de produtos de consumo que são fabricados nas fábricas alemãs.
A verdade é que não responsabilizamos apenas os nossos políticos pelo desastre da Grécia.   Para ele contribuíram muito algumas grandes empresas alemãs, as que pagaram enormes “comissões” aos nossos políticos para terem contratos, para nos venderem de tudo, e uns quantos submarinos fora de uso, que postos no mar, continuam tombados de costas para o ar.   Sei que ainda não dás crédito ao que te escrevo.   Tem paciência, espera, lê toda a carta, e se não conseguir convencer-te, autorizo-te a que me expulses da Eurozona, esse lugar de VERDADE, de PROSPERIDADE, da JUSTIÇA e do CORRECTO.

Estimado Walter,
Passou mais de meio século desde que a 2ª Guerra Mundial terminou.   QUER DIZER MAIS DE 50 ANOS desde a época em que a Alemanha deveria ter saldado as suas obrigações para com a Grécia.   Estas dívidas, QUE SÓ A ALEMANHA até agora resiste a saldar com a Grécia (Bulgária e Roménia cumpriram, ao pagar as indemnizações estipuladas), e que consistem em:

1.   Uma dívida de 80 milhões de marcos alemães por indemnizações, que ficou por pagar da 1ª Guerra Mundial;
2.   Dívidas por diferenças de clearing, no período entre-guerras, que ascendem hoje a 593.873.000 dólares EUA.
3.   Os empréstimos em obrigações que contraiu o III Reich em nome da Grécia, na ocupação alemã, que ascendem a 3,5 mil milhões de dólares durante todo o período de ocupação.
4.   As reparações que deve a Alemanha à Grécia, pelas confiscações, perseguições, execuções e destruições de povoados inteiros, estradas, pontes, linhas férreas, portos, produto do III Reich, e que, segundo o determinado pelos tribunais aliados, ascende a 7,1 mil milhões de dólares, dos quais a Grécia não viu sequer uma nota.
5.   As imensuráveis reparações da Alemanha pela morte de 1.125.960 gregos (38,960 executados, 12 mil mortos como dano colateral, 70 mil mortos em combate, 105 mil mortos em campos de concentração na Alemanha, 600 mil mortos de fome, etc., etc.).
6.   A tremenda e imensurável ofensa moral provocada ao povo grego e aos ideais humanísticos da cultura grega.  

Amigo Walter, sei que não te deve agradar nada do que escrevo.   Lamento-o.   Mas mais me magoa o que a Alemanha quer fazer comigo e com os meus compatriotas.   Amigo Walter:   na Grécia laboram 130 empresas alemãs, entre as quais se incluem todos os colossos da indústria do teu País, as que têm lucros anuais de 6,5 mil milhões de euros.   Muito em breve, se as coisas continuarem assim, não poderei comprar mais produtos alemães porque cada vez tenho menos dinheiro.   Eu e os meus compatriotas crescemos sempre com privações, vamos aguentar, não tenhas problema.   Podemos viver sem BMW, sem Mercedes, sem Opel, sem Skoda.   Deixaremos de comprar produtos do Lidl, do Praktiker, do IKEA.

Mas vocês, Walter, como se vão arranjar com os desempregados que esta situação criará, que por ai os vai obrigar a baixar o seu nível de vida, perder os seus carros de luxo, as suas férias no estrangeiro, as suas excursões sexuais à Tailândia?    Vocês (alemães, suecos, holandeses, e restantes “compatriotas” da Eurozona) pretendem que saíamos da Europa, da Eurozona e não sei mais de onde.   Creio firmemente que devemos fazê-lo, para nos salvarmos de uma União que é um bando de especuladores financeiros, uma equipa em que jogamos se consumirmos os produtos que vocês oferecem:   empréstimos, bens industriais, bens de consumo, obras faraónicas, etc.

E, finalmente, Walter, devemos “acertar” um outro ponto importante, já que vocês também disso são devedores da Grécia:   EXIGIMOS QUE NOS DEVOLVAM A CIVILIZAÇÃO QUE NOS ROUBARAM!   Queremos de volta à Grécia as imortais obras dos nosos antepassados, que estão guardadas nos museus de Berlim, de Munique, de Paris, de Roma e de Londres.
E EXIJO QUE SEJA AGORA!   Já que posso morrer de fome, quero morrer ao lado das obras dos meus antepassados.

Cordialmente,
Georgios Psomás



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