sábado, 16 de março de 2013

Gaspar - Quando a incompetência é tanta que não lhe deixa ver o óbvio - a DEMISSÃO !

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Finito
 
Num tom de jubilosa serenidade, o dr. Vítor Gaspar decidiu informar os portugueses que o esplêndido programa congeminado, com desvelo, com a troika ruiu com estrondo, arruinando, pelo caminho, milhares e milhares de portugueses.  
Ao fim de dois anos, o aluno disciplinado, determinado a ir além do que lhe era exigido, falhou todas as previsões e não conseguiu atingir um único dos seus objectivos.   O défice não foi cumprido, o desemprego disparou, as receitas fiscais diminuíram, o consumo interno encolheu drasticamente e as previsões sobre recessão, essa cereja em cima do bolo, sobem sempre que o ministro das Finanças abre a boca sobre tão escaldante matéria.  
 
No Orçamento do Estado surgiu o auspicioso número de um por cento.   Dois meses depois, o Orçamento foi à vida e o ministro, sem qualquer sobressalto, duplicou o valor da recessão.   Agora, já vamos em 2,3 por cento e o dr. Vítor Gaspar, respaldado no seu imenso prestígio externo, diz-nos apenas que vamos no bom caminho e que o governo não pediu mais tempo nem mais dinheiro.   Naturalmente, não se dignou explicar o que tinha corrido mal, nomeadamente nos últimos dois meses, que o levou a esta pirueta macroeconómica.   O mundo mudou, como acontecia, com frequência, nos velhos tempos do eng.º Sócrates?   Talvez.
 
A incompetência atinge proporções drásticas no que toca ao desemprego.   Se há pouco mais de dois meses, o governo anunciava que o seu valor em 2013 iria ser de 16,4, agora o esfíngico ministro das Finanças informa--nos que este poderá chegar aos 19 por cento.   O quadro adensa-se para 2014, ficando por explicar como é que com um crescimento anémico nos próximos anos (se tal acontecer, claro), é possível diminuir estes valores.    Pormenores!
 
Como seria de esperar, face a estes números catastróficos, o governo não desarma:   o ajustamento é para continuar, com mais doses de austeridade, com os famigerados cortes de 4 mil milhões de euros e o mais que for necessário para tapar os inúmeros desvios das contas do ministério das Finanças.   Como, aliás, sempre disse, os cortes provisórios passam a permanentes e a queda dos impostos que se seguiria aos cortes no Estado não vai acontecer.  
 
O adiamento do défice para mais um ano não é, como alguns entusiastas se apressaram a proclamar, uma vitória do governo, mas sim a perfeita confirmação do seu absoluto falhanço.   Perante isto, e como seria natural, o primeiro-ministro não parece disposto a retirar qualquer consequência dos estrondosos erros da sua política.   Nem a nível económico.   Nem sequer a nível político:   num país normal, o dr. Vítor Gaspar seria expeditamente corrido por triste e má figura, depois de ter falhado gloriosamente em tudo o que se propôs.
 
Como nota de rodapé, o PSD descobriu agora que o programa de ajustamento foi “mal desenhado”, com projecções e efeitos que não tinham qualquer adesão à realidade.   Depois de ter andado, durante dois anos, a tecer loas ao programa, considerando mesmo que era necessário ir mais longe nas tais projecções e efeitos.   Curioso, para dizer o mínimo.
 
(Por Constança Cunha e SáIn Ionline -16 Mar 2013) (sublinhados deste blogue)

2 comentários:

menvp disse...

Pessoal (agora) indignado com os actuais índices económicos... todavia, no entanto, não se indignaram com o facto de SER MUITO PERIGOSO o governo de Sócrates (e outros governos) andarem a pedir 'mil milhões' às carradas. {pois é, também se tem de pensar em pagar}
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Anda por aí muita conversa que visa o perpetuar/eternizar da parolização do contribuinte: queda de governos semestre sim, semestre sim,... leia-se, 'mudar as moscas'... ficando o sistema inalterável (vira o disco e toca o mesmo): um sistema aonde os lobbys manobram sempre a seu belo prazer... e... aonde, ao passarem a «ex-», os governantes terão belos 'tachos' à sua espera.
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Manifestações em todo o país (eventualmente uma greve geral)
-> São necessárias manifestações em todo o país (eventualmente uma greve geral)... tendo em vista alterações à Constituição... que permitam uma Mudança de Paradigma Democrático:
- RETIRAR PODERES AOS POLÍTICOS... e... um sistema menos permeável a lobbys.
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-> As manifestações em causa... não terão nada a haver com as manifestações à CGTP... por motivos óbvios:
- as manifestações à CGTP visam o perpetuar/eternizar da parolização do contribuinte...
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Anexo:
Político armado em 'milagreiro económico', é político que quer carta branca para pedir empréstimos...
-> Contrair dívida (para isto, ou para aquilo) pode conduzir a uma ESPIRAL RECESSIVA: o aumento de impostos para pagar a Dívida Pública... provoca uma diminuição do consumo... o que provoca um abrandamento do crescimento económico... o que, por sua vez, conduz a uma diminuição da receita fiscal!
Por outras palavras: pedir dinheiro emprestado é um assunto demasiado sério para ser deixado aos políticos!!!
-> Será necessário uma campanha para motivar os contribuintes a participar... leia-se, votar em políticos, sim, mas... não lhes passar um 'cheque em branco'!... Leia-se, para além do "O Direito ao Veto de quem paga", é urgente uma nova alínea na Constituição: o Estado só poderá pedir dinheiro emprestado nos mercados... mediante uma autorização expressa do contribuinte - obtida através da realização de um REFERENDO.

Anónimo disse...

Enquanto nós Portugueses não acordarmos para o facto do que Vitor Gaspar está a obedecr aos seus patrões e srs. E a marimbar no Povo que supostamente o ajudou a pôr no poder, estamos bárbaramente a ser gozados e a ajudá-lo a atingir os seus verdadeiros objectivos: a destruição da nossa economia, a diminuição drástica da população quer por morte, quer por imigração. Ele de incompetente se calhar não gem nada, mas de criminoso e falso tem tudo. Nos tempos áureos do País este homem como traidor seria erradicado de alguma forma. Rápidamente há que acordar enquanto ainda é possível.