sábado, 2 de março de 2013

"Que se lixe a troika" - a indignação de mais de 1 milhão de portugueses no 2 de Março !

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Que se lixe a troika
 
 
A troika não tem credibilidade, tem revelado incompetência, desrespeita o país e não assume as responsabilidades.

A troika não cumpriu com os compromissos que assumiu:

O único ponto do memorando que a própria troika impôs ao país como condição para emprestar dinheiro a juros dignos de xulos, que foi respeitado, é o que prevê a reformulação do memorando.   Mas a direita ganhou as eleições e a troika percebeu que estava a lidar com extremistas da direita, esqueceu o memorando e fez sua a agenda política da direita portuguesa.   Desde então o memorando inicial tem vindo a ser revisto sucessivamente, impondo progressivamente a agenda política da direita portuguesa, sem que a troika respeite as instituições ou mesmo todos os parceiros que assinaram o memorando.

A troika ignorou o memorando:

A partir do momento em que percebeu que podia usar Portugal como cobaia de novas experiências de política económica, a troika ignorou o memorando.   A troco de o governo implementar medidas brutais e austeridade numa estratégia de desvalorização fiscal brutal, a troika esqueceu cortes nas despesas como os resultantes da redução do número de autarquias, a renegociação das PPP, o corte nas Fundações ou o corte das chamadas "rendas excessivas".   A troika optou por destruir a classe média proletarizando todos os trabalhadores portugueses, incluindo a Função Pública.

A troika não assume as suas responsabilidades:

Sempre que está perante contestação ou percebe que as políticas não tiveram resultados, a troika desaparece e manda dizer que as políticas são da responsabilidade do governo.   Chega-se ao absurdo de altos responsáveis do FMI admitirem erros técnicos que conduziram à destruição de empresas e de empregos, mas os altos responsáveis fogem das responsabilidades - é o próprio comissário europeu dos assuntos monetários a tentar concertar posições com os ministros do eurogrupo para que das divergências não resultem responsabilidades.

A troika não respeita o país:

A troika não tem hesitado em recorrer à chantagem e até tem, como agora parece ser linguagem na Europa, um palhaço cujo papel é dar conferências de imprensa onde ameaça os portugueses com o fim do financiamento, sempre que a troika ou o seu representante local, o ministro das Finanças, enfrentam dificuldades com o povo ou com a oposição parlamentar.   Sempre que tal sucede o palhaço do Simon O’Connor, porta-voz do palhaço do comissário dos Assuntos Monetários, convoca os jornalistas e ameaça o país.   Os palhaços que a troika manda de vez em quando ao país também gostam muito de fazer ameaças e de ingerir nos assuntos internos do país.   O último que o tem feito, referidno-se ao país como se isto fosse um bordel, é o tal Salassie.

A troika é incompetente:

Até ao momento, a troika falhou em todas as suas medidas, nenhuma apresentou os resultados esperados e os seus representantes são desonestos ao atribuírem ao ajustamento resultados que em nada resultaram das medidas adoptadas, como foi o caso do aumento conjuntural das exportações.   Até as exportações resultantes de contratos feitos antes da troika cá chegar foram exibidas como exemplos do sucesso do ajustamento.

Nestas circunstâncias, só me resta mandar a troika à merda.   Quem tem mais a perder com uma rotura com a troika são os financiadores da direita, aqueles que dizem que o povo aguenta e que à custa da crise estão escondendo as responsabilidades pelas consequências de décadas de oportunismo, de fraudes, de corrupção e de desvio dos dinheiros públicos.
 
(Texto de: O Jumento) (Os sublinhados são deste blogue)
 
 

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