segunda-feira, 6 de junho de 2011

Legislativas 2011 - Os ecos de uma mudança!

.



Os ecos de uma mudança


Os portugueses fartaram-se de José Sócrates, das suas contínuas promessas por cumprir, do défice monstruoso, dos 700 mil desempregados, da pesada herança que deixa ao sucessor no palácio de São Bento.   Esta legislativa, como era de antever, funcionou como um plebiscito ao homem que encabeçava o Governo desde 2005.   O veredicto das urnas foi claro:   o pior resultado do PS dos últimos 20 anos.   Deixando sem margem de manobra o homem que ainda há bem pouco tinha recebido uma votação esmagadora no mais inútil e mais patético dos congressos do seu partido.
(Pedro Correia, In Albergue)

Agora precisamos de sossego.   O sossego que nos falta desde que o escândalo Casa Pia transformou o PS numa instituição acossada, raivosa, sectária, com delírios revanchistas.   Foi esse o partido que pegou em Sócrates e o acompanhou no triunfo, na inconsciência, na pulsão de morte e na ruína do país.   É provável que muitos socialistas despertem hoje estonteados e que sintam, para sua surpresa, um secreto alívio:   como foi possível, perguntarão.    Eis uma boa pergunta.
(Luís M. Jorge, In Delito)

É imperioso que se fale das sondagens do nosso descontentamento.   Não sei como é possível informar o público erradamente.   Com segunda intenção?   Como estratégia política de quem paga a sondagem?   Como controlo político da futura decisão do eleitor?   Muitas razões absurdas haveriam para mencionar.   A verdade, a única verdade que os portugueses constataram e hoje podem contestar é que os resultados das sondagens eram errados ou fabricados.    Facto grave.
(João Severino, In PPTAO)

Uma coisa ficou definitivamente clara nestas eleições:   os partidos que rejeitam a possibilidade de ascender ao poder pela via democrática  deixam de ter lugar no imaginário popular.   A recusa das direcções do PCP e do Bloco de se reunirem com a Troika foi um verdadeiro harakiri para ambos os alienados dirigentes estalinistas, maoistas e trotskistas que ainda restam da ilusão de Abril.
(Antonio Maria, In AM)

Passos vence dizendo coisas complicadas e duras.   Disse que era preciso acabar com feriados e ganhou de forma clara, disse que era preciso mudar a lei laboral e a TSU, e venceu de forma clara, disse que era preciso mexer na CGD e ganhou de forma clara, disse que não podia prometer nada e ganhou de forma clara.   É por isso que a sua vitória representa um governo forte, porque disse o que ia fazer antes das eleições.   Dentro da nossa III República, isto é uma novidade.
(Henrique Raposo, In CRM)

Sócrates minou todas as estruturas do Estado.   Delapidou o amor próprio e a capacidade do funcionalismo público sobrepondo-lhe uma estrutura redundante de assessores bem pagos e nomeados apenas por simpatias políticas.   Fundações, comissões, grupos de estudos, avenças externas.   Tudo isto fez disparar os custos do Estado e reduziu a sua eficácia a quase nada.  Tentou subverter a ordem constitucional e mentiu despudoradamente para obter a única coisa que lhe importa.   O poder.
Hoje ainda haverá gente que acha que ele foi uma vítima da crise e das circunstâncias.   Não concordo.   Ele foi uma vítima dele próprio, da sua sofreguidão pelo poder e consequentemente pelo dinheiro.   Sócrates não foi mais que um "novo rico" da política.   Sem conhecimentos, sem bagagem e sem escrúpulos.   Foi a personagem mais nefasta que podia ter chegado ao poder.
(Groink, In TP)


Por minha parte...   acho que vou ter um dos maiores prazeres que me foi dado viver nos últimos anos:   o acto de esvaziar um arquivo conspurcado -  o imenso gozo de atirar para o LIXO as muitas "toneladas" de fotos do maior inútil, incompetente e mentiroso compulsivo que esta nação já produziu desde os tempos do celebérrimo vigarista   Alves dos Reis.    
Finalmente...   vou poder dar vida nova e cheiro decente ao meu computador, aliviando-o do fedor de tão miserável quanto pestilenta figura que determinou os destinos de uma nação inteira para as próximas décadas, condenando-a à miséria e à perda da soberania!

(imagem picada daqui)
.

Sem comentários: