sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Uma opinião de... merda, sobre uma causa malcheirosa!


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Não sou adepto da violência na sua forma pura e indiscriminada, mas estou de acordo com ela desde que ajustada e plenamente justificada.  Parece-me de alguma demagogia que o sr. Bastonário Marinho Pinto, a propósito do caso do preso do estabelecimento prisional  de Paços de Ferreira, cujo comportamento foi "acalmado" através da moderna pistola eléctrica (que não mata mas entorpece e desactiva os  "ânimos"), venha classificar o acto das forças prisionais como "bárbaro e típico de um país do terceiro mundo". 

Toda a gente sabe que as prisões não são um local de reunião de gente boa e civilizada, ou não estariam presos.  Por norma, e na sua grande maioria, são aglomerados de pessoas de hábitos e comportamentos perigosos, de maus instintos e muitas vezes reincidentes e sempre prontos a continuar na senda do crime, seja ele o traficante de droga, o homicida, o violador ou o assaltante com arma de fogo.  Pessoalmente, e dados os antecedentes do seu comportamento, tenho muitas dúvidas quanto à eficácia dos tratamentos alternativos a dar a este preso.  Talvez... (pensar, só pensar) se tivesse sido oferecida a Marinho Pinto a "agradável" experiência de trabalhar naquela ala nauseabunda, ele opinasse de modo diferente.  Pelo menos, enquanto o cheiro da merda se mantivesse entranhado no nariz!  E nas roupas!  Estou só a pensar...  e a opinar sobre merda...  e a propósito duma causa malcheirosa.

Se pode parecer excessivo o procedimento dos guardas, não deixa de me parecer também excessivo saltar assim em defesa de um preso de longa data e com um longo currículo em desacatos e agressões aos guardas, que enche de merda a cela onde vive, que se diverte a "decorá-la" com a merda que propositada e conscientemente produz desde as paredes ao mobiliário, que empesta com aquele pestilento fedor da sua merda a ala da prisão onde circulam os guardas e habitam outros detidos, que se propõe com tal acto desafiar a autoridade dos responsáveis pelo estabelecimento prisional, criando mesmo o risco de uma generalização e de uma sublevação interna, o que é uma situação que requer obrigatoriamente um tratamento adequado para lhe pôr cobro por parte dos responsáveis prisionais. 

Neste caso, acho que o maior erro cometido pela direcção do estabelecimento e pelas forças de segurança foi não ter chamado, para intermediar este assunto,  alguns dos que tanto se mostraram incomodados .

Estou certo que teriam tido todo o gosto em passar umas horas naquela cela, negociando, quiçá mesmo, confraternizando com o preso, convencendo-o a limpar a merda da cela (ou a cela da merda) e levando-o  a defecar civilizadamente no local apropriado.

Deixo aqui, todavia, uma sujestão: - para a próxima, em vez do uso da pistola eléctrica coloquem à entrada da cela uma palete de rolos de papel higiénico e um balde com esfregona, juntamente com um pedido de desculpas ao preso!   Por estar preso.



(o vídeo do DN online)


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