quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Momentos de poesia...

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'Adivinha'



Tem qualquer coisa de vivo
Tem qualquer coisa de fruta
Quando quieto, sossegado
Quase ninguém dá por ele
Qual guerreiro antes da luta

Mas que ninguém o desperte
Ninguém o tire do sono
Que ele assim que acordado
Não mais volta a estar quieto
Não se contém o danado
Nem deixa descanso ao dono
E é vê-lo então que, de inerte
Depressa lhe passa o torpor
E de dormente a arrebitado
É vê-lo atingir seu esplendor

Erecto, em toda a sua pujança
E em posição majestosa
Dominador, irreverente
Sempre pronto à implicança
Não desiste e vai tentando
Chegar à parte gostosa

Provocador e metediço
Não deixa as coisas por menos
Não se contenta sem dança
Tem vida própria o castiço
E na cabeça sensações
E ora entra ora sai não se tem
E em tais naturais excitações
Muitas vezes ele se vai
Quantas vezes... ele se vem!

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