Défice do subsector Estado estava acima dos 2,7 mil milhões de euros no final de
Maio, mais 700 milhões que em igual período do ano passado. Contas saem
penalizadas pela quebra na cobrança de impostos indirectos, como o IVA.
Más notícias para as contas públicas. O Estado arrecadou menos 3,5% em
impostos nos primeiros cinco meses do ano, em comparação com o mesmo período de
2011. Esta quebra nas receitas torna mais complicado o objectivo de alcançar um
défice de 4,5% no final de 2012.
Segundo o boletim de execução orçamental, divulgado esta sexta-feira pela
Direcção-Geral do Orçamento (DGO), há uma quebra de 5,9% no montante recolhido
através de impostos indirectos, como o IVA (cuja taxa aumentou recentemente para
23%), até 31 de Maio.
Por outro lado, houve um ligeiro aumento de 0,3% nos impostos directos, como o IRS e o IRC, mas é insuficente para equilibrar as perdas dos impostos indirectos.
Por outro lado, houve um ligeiro aumento de 0,3% nos impostos directos, como o IRS e o IRC, mas é insuficente para equilibrar as perdas dos impostos indirectos.
Ainda de acordo com os dados divulgados pela DGO, o défice do subsector
Estado estava, no final de Maio, acima de 2,7 mil milhões de euros, mais 700
milhões que em igual período do ano passado.
A despesa do Estado aumentou 3,4%, sobretudo devido a rubricas como o
pagamento de juros, mas foi registada uma redução de 7,3% nas despesas com
pessoal e as compras de bens e serviços diminuem 7,9%.
O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, já tinha admitido esta quinta-feira
que "a informação disponível sobre o comportamento das receitas não é
positiva".
"Estamos um pouco preocupados"
"Estamos um pouco preocupados"
Francisco
Sarsfield Cabral, especialista da Renascença em assuntos
económicos, considera que esta execução orçamental é uma "má notícia", sobretudo
por causa da prestação do lado da receita.
“A grande questão é saber o que o Governo vai fazer quando é reafirmado o objectivo de 4,5% do défice. Já não pode haver recurso a receitas extraordinárias, as privatizações também não servem para atenuar o défice deste ano. Estamos todos muito curiosos e um pouco preocupados com o que possa acontecer”, sublinha Sarsfield Cabral.
“A grande questão é saber o que o Governo vai fazer quando é reafirmado o objectivo de 4,5% do défice. Já não pode haver recurso a receitas extraordinárias, as privatizações também não servem para atenuar o défice deste ano. Estamos todos muito curiosos e um pouco preocupados com o que possa acontecer”, sublinha Sarsfield Cabral.
(fonte daqui)
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