Gregos reclamam pagamento de indemnizações da Alemanha
O primeiro ministro grego tem nas mãos um relatório sobre as indemnizações e empréstimos a que a Grécia tem direito a receber da Alemanha depois da II Guerra Mundial.
A TSF foi tentar perceber se, 68 anos depois do fim da guerra, estas reclamações ainda fazem sentido.
Desde o inicio da crise que são muitas as vozes do país que recordam o que os alemães nunca pagaram ao país, mas agora cabe a Antonis Samaras decidir o que fazer. Ao todo são cerca de 160 mil milhões de euros que os gregos admitem poder reclamar à Alemanha.
A Grécia foi saqueada e devastada durante a II Guerra Mundial. Para além do empréstimo obrigatório, tiveram de pagar o custo da presença dos ocupantes no país, viram a produção alimentar e industrial, os objetos artísticos, joias, tesouros arqueológicos e até mobiliário serem enviados para fora do país. Para Pedro Aires Oliveira, professor de História Contemporânea na Universidade Nova de Lisboa, a fatura foi muito pesada.
O saque foi tal que Mussolini chegou a queixar-se que os alemães até os cordões dos sapatos tinham roubado aos gregos. Terminada a guerra, as contas começaram a ser feitas. Em 1953 ficou decidido que a RFA teria de pagar um conjunto de reparações aos países que tinham sofrido a ocupação nazi. Mas isso acabou por não acontecer.
Para evitar um acordo como aquele que pôs fim à I Guerra Mundial, e que acabou por levar à II Grande Guerra, os aliados optaram por outras soluções. Ficou por pagar o empréstimo forçado que a Grécia concedeu à Alemanha no inicio da ocupação e que tinha um valor de 476 milhões de marcos.
Pedro Aires Oliveira defende, no entanto, que será difícil reescrever a história. O professor de história contemporânea considera que há um certo revanchismo por parte de alguns políticos gregos que querem responsabilizar a Alemanha por toda a situação que estão a passar. Mas os alemães também não podem perder de vista um sentido de reparação moral pelos crimes que praticaram.
(Notícia TSF, em 10/Abr/2013)
A Grécia foi saqueada e devastada durante a II Guerra Mundial. Para além do empréstimo obrigatório, tiveram de pagar o custo da presença dos ocupantes no país, viram a produção alimentar e industrial, os objetos artísticos, joias, tesouros arqueológicos e até mobiliário serem enviados para fora do país. Para Pedro Aires Oliveira, professor de História Contemporânea na Universidade Nova de Lisboa, a fatura foi muito pesada.
O saque foi tal que Mussolini chegou a queixar-se que os alemães até os cordões dos sapatos tinham roubado aos gregos. Terminada a guerra, as contas começaram a ser feitas. Em 1953 ficou decidido que a RFA teria de pagar um conjunto de reparações aos países que tinham sofrido a ocupação nazi. Mas isso acabou por não acontecer.
Para evitar um acordo como aquele que pôs fim à I Guerra Mundial, e que acabou por levar à II Grande Guerra, os aliados optaram por outras soluções. Ficou por pagar o empréstimo forçado que a Grécia concedeu à Alemanha no inicio da ocupação e que tinha um valor de 476 milhões de marcos.
Pedro Aires Oliveira defende, no entanto, que será difícil reescrever a história. O professor de história contemporânea considera que há um certo revanchismo por parte de alguns políticos gregos que querem responsabilizar a Alemanha por toda a situação que estão a passar. Mas os alemães também não podem perder de vista um sentido de reparação moral pelos crimes que praticaram.
(Notícia TSF, em 10/Abr/2013)
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