sábado, 12 de março de 2011

Incompetência, arrogância e mentira permanente - os 3 pilares do governo PS-Sócrates!

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CHEGOU A HORA DE DIZER BASTA !

Continua a austeridade a conta gotas.   Desta vez foram as prestações sociais e mais impostos.   Para a próxima, serão novamente as prestações sociais, quiçá os salários e, claro, mais impostos, sempre mais impostos.   A verdade é que enquanto este governo continuar em funções nem a austeridade será travada, nem a economia terá qualquer possibilidade de recuperar tão cedo.  

Com este governo a austeridade faz-se em pequenas grandes doses, sem o mínimo de orientação estratégica, sem o mínimo de preocupação com a economia nacional, com o bem-estar dos portugueses, e, muito menos, com o pesado legado que vamos legar às gerações futuras.  
O que realmente interessa é que o governo sobreviva mais alguns meses para ver se surge algum milagre (a solidariedade europeia, a ajuda chinesa, um erro da Oposição, quiçá mesmo a descoberta de petróleo no território nacional) que possa resgatar este Executivo da certeza de uma derrota histórica nas próximas eleições legislativas.  
Não interessam os custos ou os sacrifícios impostos.   O que importa é que o nosso benemérito e visionário primeiro-ministro não seja injustiçado pelo julgamento da História.

E assim vamos de PEC em PEC, de austeridade em austeridade, de leilão de dívida em leilão de dívida, em busca desse milagre, à procura dessa efémera razão que irá salvar o governo e o primeiro-ministro de uma pesada derrota eleitoral e de um mais-que-certo resgate europeu.

A verdade é que este novo PEC só é necessário porque não só o governo não tem o mínimo de credibilidade junto dos nossos parceiros europeus e dos credores internacionais, como também, e principalmente, porque, mais uma vez, o governo falha estrondosamente a execução orçamental e o planeamento do Orçamento.   Sim, leu bem.   É mesmo a execução orçamental e o cumprimento das metas do défice deste ano e principalmente do próximo que estão em causa.  
O que se passou foi que a missão técnica da Comissão Europeia e do BCE que esteve nas últimas semanas a analisar as contas públicas portuguesas não permitiu que o governo levasse a cabo mais um malabarismo contabilístico (transferindo a contabilização do resgate do BPN para 2008) e descobriu um buraco orçamental nas finanças públicas de 0,75% do PIB este ano e de 2,75% do PIB em 2012.   Repito: 2,75% do PIB no próximo ano.   Um valor que é cerca de 3 vezes mais elevado do que as receitas que a nova taxa do IVA irá proporcionar.   Ou seja, no mínimo, inacreditável.
E assim surgem as inevitáveis questões:   como é que um governo e um Ministro das Finanças que estão em funções há 6 anos ainda cometem erros deste calibre?   Como é que se pode ambicionar ter o mínimo de credibilidade se as derrapagens orçamentais se sucedem a um ritmo vertiginoso?   Como é que esperamos ter o mínimo de confiança por parte dos nossos parceiros europeus e dos credores internacionais se as metas dos défices só são "cumpridas" com medidas extraordinárias e com artifícios contabilísticos?


Mais, e porventura ainda mais importante:   Quantos buracos orçamentais estão ainda por descobrir?   Que malabarismos contabilíticos estão ainda por desvendar?  
Qual é o verdadeiro défice orçamental deste ano?   De 2010?   Qual é a nossa verdadeira dívida pública?  
Que mais revelará uma verdadeira auditoria das nossas finanças públicas?

E finalmente, se o governo e os sucessivos PECs são tão credíveis, por que é que os mercados e os credores estrangeiros não acreditam em nós?   Se o governo e os sucessivos PECs são de confiança, por que é que não pedimos ao BCE para deixar de comprar a nossa dívida pública?   Se o fizéssemos, e se os leilões de dívida tivessem procura e fossem bem sucedidos, haveria melhor prova de credibilidade e de confiança junto dos credores internacionais?

É óbvio que isso não irá acontecer e iremos passar mais 2 ou 3 semanas a fingir que este PEC é que é, e que as reformas apresentadas são as precisas para resgatar a economia nacional da maior crise das últimas décadas.  
Só que, como é evidente, daqui a umas semanas, ou daqui a alguns meses, o cenário repetir-se-á:   as derrapagens continuarão, teremos um novo PEC, um novo apelo à solidariedade europeia, bem como novas acusações de que os outros é que são irresponsáveis se não aprovarem as medidas de austeridade deste governo tão "responsável".

Por todas estas razões, e por causa de todos os lamentáveis legados que este governo nos irá deixar, é mais do que hora de dizer basta.   É chegada a hora de dar voz aos portugueses e marcar eleições.  
Não, não digo isto porque a oposição está a "salivar" pelo poder.   Quem estiver a salivar para ser governo não percebe a verdadeira gravidade da situação nacional.   Quem estiver a salivar para chegar ao poder, não entende os riscos que o próximo executivo irá ter de correr para tentar conseguir resolver os nossos gravíssimos problemas económicos. 
 
Graças a este governo, o próximo governo terá de enfrentar a situação económica mais adversa dos últimos 120 anos, quando Portugal foi forçado a declarar bancarrota.   Por isso, a governação será extremamente difícil, tumultuosa até.

Porém, não há volta a dar.   O país não se pode dar ao luxo de manter um governo tão irresponsável e tão incompetente no poder.   A verdade é que este governo falhou em toda a linha.   E se permanecer no poder muito mais tempo, é simplesmente inevitável que Portugal entre em incumprimento nos próximos 2 anos.   É bem possível que uma reestruturação da dívida aconteça de qualquer maneira.   Porém, quanto mais este governo irresponsável e incompetente ficar em funções, mais irreversíveis vão ser os danos à economia nacional.

No dia 25 a eventual ajuda da União Europeia ficará definitivamente conhecida.   No dia seguinte, os partidos da oposição deviam juntar-se e marcar uma data para censurar o governo.   É chegada a altura de dizer basta.   Basta de irresponsabilidade.   Basta de incúria.   Basta de incompetência.   É chegada a hora de dar a voz aos portugueses.   Os eleitores que decidam se o rumo dos últimos anos nos irá mesmo levar a um país melhor e mais próspero.
 
(Texto DAQUI.  Imagens e sublinhados acrescentados por mim)
 
 
...façam as malas e partam.   Para sempre.   Já fizeram o pior que puderam!...
 

"O País afunda-se numa bancarrota vertiginosa, tão vertiginosa que a estabilidade em si não vai resolver absolutamente nada.   O que faz com que o caso português seja um problema gigantesco é o facto de não se vislumbrar qualquer espécie de solução para ele, nem cá dentro nem na Europa.   E além disso, com este Governo e este Partido Socialista, nenhum entendimento entre partidos poderia resolver seja o que for.   O Partido Socialista sempre se encarregaria de o sabotar por impotência, incompetência e má-fé, com os pistoleiros do costume a dispararem à queima-roupa no faroeste em que isto está a tornar-se."   (Vasco Graça Moura, in DN)


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