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Hoje foi o dia da vergonha
Vergonha de pertencer a uma geração que não conseguiu cumprir as suas obrigações sociais e previdenciárias e a quem custa olhar nos olhos os parentes, vizinhos, professores, juizes que toda a sua vida se sacrificaram pela sua profissão, sem assessores, mordomos, secretárias ou carro de serviço. Contribuiram honradamente, viveram com temperança, trabalharam alheados do relógio, cuidaram de nós e agora, toma lá um corte na pensão, na reforma, nas expectativas de vida e, sobretudo, na dignidade. Esta gente que não acumulou pensões, descontou o que lhe exigiram, fez projectos, que em muitos casos chafurdou na guerra, ou conheceu a fome e o racionamento, passa agora mais esta provação. "Só os que têm pensões de mais de 1.500 €". Que fortuna! Pode ser que no plano relativo até nem seja dramático, mas há por parte do Estado um locupletamento ilícito à custa destes cidadãos que têm um inalienável direito ao conforto. Alguém sabe quanto custa a mensalidade de um lar que não cheire a fim de noite de concerto da Queima, por acaso?
Vergonha de pertencer a uma geração que não conseguiu assegurar às gerações futuras os mesmos sonhos e aspirações dos seus pais e avós e garantir as suas reformas e a sua saúde e educação. Por que preço ficaram as Playstation, os iPhones, os BMW, as férias na República DormenaCama...
Vergonha por mim, por ter acreditado que pagando, contribuindo, tinha direitos. Quero a minha ingenuidade e o meu dinheiro de impostos e taxas de volta. Vergonha por concluir que me é mais proveitoso nada fazer do que trabalhar. Vergonha pela estúpida explicação de um acordo de resgate da bancarrota que só foi necessário porque a mitomania saloia levou a que os últimos 5 anos de governo vilão levedassem uma dívida estéril de proporções inimagináveis. Vergonha porque quem tem responsabilidade e poder é irresponsável e impotente. Vergonha porque os vendedores de banha da cobra tomaram o poder e agora a cobra vira-se a nós.
Moral da história: é uma catastrófica maçada votar em nativos de Vilar de Maçada.
Vergonha de pertencer a uma geração que não conseguiu assegurar às gerações futuras os mesmos sonhos e aspirações dos seus pais e avós e garantir as suas reformas e a sua saúde e educação. Por que preço ficaram as Playstation, os iPhones, os BMW, as férias na República DormenaCama...
Vergonha por mim, por ter acreditado que pagando, contribuindo, tinha direitos. Quero a minha ingenuidade e o meu dinheiro de impostos e taxas de volta. Vergonha por concluir que me é mais proveitoso nada fazer do que trabalhar. Vergonha pela estúpida explicação de um acordo de resgate da bancarrota que só foi necessário porque a mitomania saloia levou a que os últimos 5 anos de governo vilão levedassem uma dívida estéril de proporções inimagináveis. Vergonha porque quem tem responsabilidade e poder é irresponsável e impotente. Vergonha porque os vendedores de banha da cobra tomaram o poder e agora a cobra vira-se a nós.
Moral da história: é uma catastrófica maçada votar em nativos de Vilar de Maçada.
(MRR in Torreão Sul, em 4/5/2011)
Todo o desencanto aqui tão bem descrito é verdadeiro, toda a vergonha é incontornável. Sobra o asco, cada vez mais instalado, ao ver o biltre mais responsável por tudo isto aparecer constantemente nos media afivelando o mesmo sorriso insultuoso treinado ao espelho, empenhado a 110% e a todo o vapor em voltar a burlar.
Todo o desencanto aqui tão bem descrito é verdadeiro, toda a vergonha é incontornável. Sobra o asco, cada vez mais instalado, ao ver o biltre mais responsável por tudo isto aparecer constantemente nos media afivelando o mesmo sorriso insultuoso treinado ao espelho, empenhado a 110% e a todo o vapor em voltar a burlar.
Da desonra e da desgraça já ninguém vai salvar Portugal; mas ao menos, como uma espécie de unguento nacional, haja alguém que pregue com uma estatueta no marfim polido do teclado da criatura. Um pequeno gesto simbólico de revolta que faria diminuir em muito a azia de um País inteiro. (Caixa de comentários de InVerbis)
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