terça-feira, 31 de maio de 2011

A poderosa e maquiavélica máquina de propaganda do PS-Sócrates!


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O robô e a máquina de propaganda
 
 
A máquina do Governo dispõe de uma redacção que ataca os artigos e os colunistas considerados hostis.   Muitas vezes fala-se da ‘máquina de propaganda’ do Governo socialista.   Mas nunca houve uma tentativa séria de investigar como funciona, que métodos utiliza, quantas pessoas envolve, quem a dirige, etc.

Vou dizer o que sei.

Essa máquina desdobra-se por várias frentes.   Tem uma espécie de redacção central, que funciona como a redacção de um jornal, cuja missão é fazer constantemente contra-propaganda.   Dispõe de um blogue chamado Câmara Corporativa (http://corporacoes.blogspot.com) e está permanentemente atenta a tudo o que se publica, desmentindo as notícias consideradas negativas para o Governo.
Além disso, critica artigos de opinião publicados nos jornais, rebatendo os argumentos e, por vezes, ridicularizando ou desacreditando os seus autores.   Mobiliza pessoas para intervir nos fóruns tipo TSF que hoje existem em todas as estações de rádio e TV.   Selecciona na imprensa internacional notícias, artigos ou entrevistas favoráveis ao Governo português e põe-nos a circular entre jornalistas e colunistas ‘amigos’.   É por esta última razão que vemos às vezes opiniões publicadas em obscuros órgãos de comunicação estrangeiros citadas em Portugal por diversas pessoas como importantes argumentos.


Outra vertente são as relações com jornalistas.   Há uma rede de jornalistas ‘amigos’ e a coisa funciona assim:   um assessor fala com um jornalista amigo e dá-lhe determinada informação.   Chama-se a isto ‘plantar uma notícia’ – e todos os Governos o fazem.   Só que, uma vez a notícia publicada, às vezes com pouco destaque, os assessores telefonam a outros jornalistas e sopram-lhes:   «Viste aquela notícia no sítio tal? Olha que é verdade! E é importante!».   E assim a notícia é amplificada, conseguindo-se um efeito de confirmação.
Umas vezes as notícias plantadas são verdadeiras, outras vezes são falsas.   O Expresso, por exemplo, chegou a publicar em semanas consecutivas uma coisa e o seu contrário.   Significativamente, o que estava em causa era Teixeira dos Santos, que o PS queria queimar.   E constata-se que as notícias desagradáveis para a oposição têm mais eco do que outras.   Veja-se a repercussão que teve uma carta de António Capucho publicada no SOL, que era um documento interessante mas não tinha a relevância que acabou por ter.   A máquina de propaganda amplifica as notícias que interessam ao Governo.

Em seguida, os comentadores colocados pelo PS nos vários programas de debate que hoje enxameiam as televisões repetem os argumentos convenientes.   José Lello, Sérgio Sousa Pinto, Emídio Rangel, Francisco Assis, etc., repetem à saciedade, às vezes como papagaios, as mesmas ideias.   E mesmo António Costa, na Quadratura do Círculo, um programa de características diferentes, não foge à regra:   nunca o vi fazer uma crítica directa a Sócrates.   Mas vi-o fazer uma crítica brutal a Teixeira dos Santos, na tal altura em que começou a cair em desgraça.

As únicas situações em que as coisas fugiram do controlo da máquina socrática foram os casos Freeport e Face Oculta.   Só que aí era impossível abafá-los.   E para os combater foram lançadas contra-campanhas, como expliquei noutros artigos.   E houve pessoas que pagaram por isso.
A par das relações com os jornalistas, que se processam diariamente, há outro aspecto decisivo que passa pelo controlo dos principais meios.
A tentativa de comprar a TVI falhou, mas José Eduardo Moniz e Manuela Moura Guedes foram afastados e a orientação editorial da estação mudou.   José Manuel Fernandes foi afastado do Público, e a orientação do jornal também mudou.   Medina Carreira foi afastado da SIC.   O SOL foi alvo de uma tentativa de asfixia.   E estes são apenas os casos mais conhecidos.

Por outro lado, o Governo soube cultivar boas relações com os patrões dos grandes grupos de media – a Controlinvest, a Cofina e a Impresa –, também como consequência das crises financeiras em que estes se viram mergulhados.
Podemos assim constatar que, das três estações de TV generalistas, nenhuma hoje é hostil ao Governo.    A RTP é do Estado, a TVI – que era muito crítica – foi apaziguada, a SIC tem--se vindo a aproximar do Executivo.   Ora isto é anormal na Europa.   Em quase todos os países há estações próximas da esquerda, há estações próximas da direita, há estações próximas do Governo, há estações próximas da oposição.   Em Portugal é diferente.

Ainda no plano da contra-propaganda, já falei noutras alturas da técnica do boomerang.   Como funciona?   Quando alguém da oposição (regra geral, o líder do PSD) diz qualquer coisa passível de exploração negativa, toda a máquina se põe a mexer para usar essa ideia como arma de arremesso contra quem a proferiu.
Passos Coelho diz que quer mudar certas regras na Saúde – e logo Francisco Assis, Silva Pereira, Vieira da Silva, Jorge Lacão ou Santos Silva, os gendarmes de serviço, vêm gritar:   «O PSD quer acabar com o Serviço Nacional de Saúde!».   Passos Coelho diz qualquer coisa sobre as escolas públicas e as privadas – e lá vêm os mesmos dizer:   «O PSD quer acabar com o ensino público gratuito!».   Passos Coelho diz que quer certificar as ‘Novas Oportunidades’ – e os mesmos repetem:   «O PSD ofendeu 500 mil portugueses!».   E, no final, todos dizem em coro:   «O PSD quer acabar com o Estado Social!».
Passos Coelho não soube lidar com isto de início.   E, perante estes ataques, acabou muitas vezes por bater em retirada.   Propôs uma revisão constitucional e recuou.   Outras vezes explicou-se em demasia.   E com isso deu uma ideia de impreparação e falta de convicção, que só recentemente conseguiu corrigir.

Mas a máquina não fica por aqui.   Tem muitas outras frentes de combate.   Os assessores do primeiro-ministro organizam dossiês para cada ministro, dizendo-lhes como devem reagir perante o que diariamente é publicado na imprensa.   Assim, bem cedo pela manhã, um assessor telefona a um ministro, faz-lhe uma resenha da imprensa e diz-lhe o que ele deve responder a esta e àquela pergunta.
Claro que há ministros que não aceitam este paternalismo.   Que querem ter liberdade para responder pela sua cabeça.   Mas esses ficam logo marcados.   Admito que Luís Amado não aceite recados, estou certo de que Campos e Cunha não os aceitou, Freitas do Amaral também não.   Mas a maioria dos outros aceitou-os ou aceita-os, até para tranquilidade própria:   assim têm a certeza de não cometer gaffes e não desagradar ao primeiro-ministro.

E já não falo nos boys colocados em todos os Ministérios e em todas as administrações das empresas públicas e que funcionam como correias de transmissão da opinião do Governo.   Rui Pedro Soares é o caso mais conhecido.   Mas obviamente não é o único.   Eles estão por toda a parte.   Muitas vezes nem têm posições de grande relevo.   Mas o facto de se saber que são os porta-vozes do poder confere-lhes importância acrescida, porque as pessoas receiam-nos.
Como resultado de tudo isto, muita gente, mesmo dentro do PS, tem medo.   Evita falar.   No congresso socialista, que mais parecia um encontro da IURD, vimos pessoas respeitáveis participar alegremente na farsa sem um gesto de distanciação.   Chegou a meter dó ver António Costa, António Vitorino, o próprio Almeida Santos, envolvidos naquela encenação patética.
Que foi produzida como uma super-produção, com sofisticados meios audiovisuais.   Quando Sócrates começou a proferir a primeira das três últimas frases do seu último discurso, uma música ‘heróica’ começou a ouvir-se baixinho.   E foi subindo, subindo de tom – e quando Sócrates acabou de falar a música estoirou, as luzes brilharam, não sei se houve fogo preso mas podia ter havido, choveram flores, foi a apoteose.

Quem dirigirá esta poderosa e bem oleada máquina de propaganda e contra-propaganda?

Haverá certamente um núcleo duro, ao qual não serão alheios aqueles que dão a cara nos momentos difíceis:   Francisco Assis, Jorge Lacão e os três Silvas:   Vieira da Silva, Augusto Santos Silva e Pedro Silva Pereira.
Há quem fale numa personagem misteriosa, sibilina, que não gosta dos holofotes e que dá pelo nome de Luís Bernardo.   Actualmente é assessor de Sócrates, antes foi assessor de Carrilho na Cultura.   Pedro Norton, actual número 2 da Impresa e seu amigo, diz que ele é «o homem mais inteligente que conhece».
Acontece que uma máquina política pode ser muito boa, pode estar muito bem oleada, pode funcionar na perfeição, mas tem sempre um ponto fraco:   depende em última análise da performance de um homem.

Durante anos essa performance foi quase perfeita – por isso chamei a Sócrates um ‘robô político’.   Ora esse robô, agora, começou a falhar.   E a derrota televisiva perante Passos Coelho pode ter posto em causa toda a engrenagem.   O robô engasgou-se, exaltou-se, esteve à beira de colapsar.
E quando isso acontece não há máquina de propaganda que valha.

(José António Saraiva, In Sol - 30/5/2011)
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domingo, 29 de maio de 2011

Sondagens "cozinhadas" - versus - Sondagem Independente - VOTE AQUI:

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Acredita nas sondagens que a nossa comunicação social
nos enfia todos os dias pelos olhos dentro?


Se não acredita e quer saber, em tempo real, quais as tendências das intenções de voto dos portugueses nas eleições do próximo dia 5 de Junho, então deposite aqui o seu voto e ajude a construir uma sondagem directa e independente!    Depois...   bem, depois abra os olhos de espanto e compare os resultados desta sondagem directa e independente com aqueles que nos são impingidos, a toda a hora,  pelos costumeiros fazedores de sondagens, lautamente pagos para fazer os "cozinhados"  muito à maneira de quem lhos encomenda!

DIVULGAÇÃO - Esta sondagem é livre e tem "share" para várias redes sociais:   FacebookMySpaceTwitterWordPressBloggerHi5FriendsterLiveJournalWebsite e Link.    Para todas, o acesso está na página "View Results" da tabela.    A todos os que têm acesso a estas redes, pede-se que divulguem esta sondagem.   Quantos mais votarem, mais nos aproximaremos da verdadeira sondagem nacional!

 
  
A Sondagem Independente - Em Quem Vai Votar nas Eleições Legislativas 2011?


(Surripiado DAQUI)

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quarta-feira, 25 de maio de 2011

SCUTs... a história secreta da MAIOR VIGARICE de que ninguém quer falar!

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A história secreta

Almerindo Marques vai ser presidente da Opway, uma construtora do Grupo Espírito Santo.   Ocorreram várias coisas antes de lá chegar.   O Rui Costa resume, eu adapto:

1.  Almerindo Marques, presidente da Estradas de Portugal, renunciou ao cargo em Março de 2011.
2.  Dois meses depois, o Tribunal de Contas audita  uma renegociação de dívida entre as Estradas de Portugal e as concessionárias das SCUT:

  • A dívida do Estado às concessionárias passou de 178 milhões para mais de 10.000 milhões de euros;
  • A Ascendi (liderada pela Mota-Engil e pelo Grupo Espírito Santo) garantiu mais 5400 milhões de euros em rendas, que não dependem do número de carros em circulação;
  • A Euroscut (liderada pela Ferrovial) garantiu mais 1186 milhões de euros em rendas;
  • Em 2011, o Estado recebe 250 milhões de euros em portagens e paga 650 milhões de euros de euros em rendas, com um prejuízo de 400 milhões de euros (62% do valor das rendas, 160% do valor das portagens)
Pior:
O Governo não só nomeou as comissões de negociação (ver aqui) , como criou condições para escapar ao controlo do Tribunal de Contas.   Em 2006, a maioria socialista aprovou uma alteração aos poderes do tribunal que permite modificações a contratos antigos:
«Não estão sujeitos à fiscalização do Tribunal de Contas os contratos adicionais aos contratos visados», determina a Lei 48/2006, de 29 de Agosto.”

3.  Almerindo Marques nega que as Estradas de Portugal tenham concluído um negócio ruinoso (0:55  no filme).
4.  A 23 de Maio o Jornal de Negócios noticia que Almerindo Marques vai ser o próximo presidente da Opway,  a construtora do grupo BES.

O que diz o PSD?   Nada.   O que diz o CDS?   Nada.   O que diz a blogosfera de Sócrates?    Nada.  

O grupo Espírito Santo é a história secreta de Portugal.

(por Luís M. Jorge, In Delito de Opinião - 25.05.11)


Mas há mais, muito mais.   Esta é uma história bem cabeluda!

"A auditoria do Tribunal de Contas que arrasa as negociações do Governo para lançar novas estradas - e que a TVI revelou em primeira mão - só será conhecida depois das eleições. O documento esteve prestes a ser aprovado em finais de Abril, por um colectivo de três juízes, mas a intervenção do Presidente da República e a doença do juiz relator atrasaram o processo.

Na sessão de 28 de Abril, de acordo com várias fontes, o presidente do tribunal, Guilherme d`Oliveira Martins, referiu aos juízes a existência de um acordo antigo, com a Presidência da República, no sentido de ser evitada a publicação de relatórios tão sensíveis politicamente em período pré-eleitoral.

O Presidente da República desmente: «A Presidência da República desmente, em absoluto, esse assunto». O próprio Guilherme D'Oliveira Martins, confrontado com a mesma questão, também a desmentiu. «Desmente-se que tenha havido ou possa haver qualquer indicação quanto à oportunidade de publicação de qualquer relatório de auditoria»".   (Toda a notícia AQUI)



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terça-feira, 24 de maio de 2011

Grécia! - já podemos ir pondo as nossas barbas de molho...

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O ministro das Finanças grego reafirmou hoje que o país declarará a bancarrota se não receber 12 mil milhões de euros até 26 de Junho.

"A verdade é muito difícil e se não recebermos o dinheiro até 26 de Junho, seremos obrigados a fechar a loja e a declarar a impossibilidade de pagar as nossas obrigações", disse George Papaconstantínu numa entrevista exclusiva ao canal privado Skai, de Atenas, citada pela agência espanhola EFE.

Na segunda-feira, o Governo grego decidiu aplicar de forma urgente novos cortes salariais na função pública e nas pensões, aumentar os impostos e privatizar portos e empresas estatais, medidas que visam responder às condições para continuar a receber o empréstimo trianual concedido em Maio de 2010, pela Zona Euro e o FMI, num valor total de 120 mil milhões de euros.

No domingo, o primeiro-ministro grego, Georges Papandreou, já tinha advertido que a Grécia entrará em colapso se não receber a nova tranche da ajuda externa em Junho.

Papandreou vai reunir-se hoje com a oposição para tentar chegar a um acordo que permita aprovar as novas medidas de austeridade, no valor de seis mil milhões de euros, mas a tarefa poderá ser difícil, tendo em conta as divergências com o partido Nova Democracia, segundo o embaixador de Portugal em Atenas.

"Vai ser bastante difícil [chegar a um acordo]. Tem havido divergências muito profundas entre o Governo socialista e a Nova Democracia, o principal partido da oposição na Grécia", afirmou aos jornalistas, em Atenas, Alfredo Duarte Costa.   (Económico - 24/05/11)


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segunda-feira, 23 de maio de 2011

E é grande a azáfama lá pelo palacete de São Bento!!!

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Urgente prevenir o bem-estar da boyada!


Os assessores andam numa roda viva, os administrativos não despegam dos computadores, as folhas de papel A4 saem das impressoras ao ritmo diabólico de uma metralhadora AK47,  os secretários de estado, os seus adjuntos e os adjuntos dos adjuntos já gastaram a maior parte do stok de esferográficas numa sucessão interminável de rabiscos e assinaturas...   e já se vai desenhando um certo cansaço por tanta azáfama.  

Mas há que continar e proceder rapidamente à protecção antecipada da "boyada" do PS...   e há imenso trabalho para fazer:  - ele são as nomeações, ele são as promoções, ele são as trocas e as transferências, ele são as distribuições e as redistribuições de tachos, de panelas e de potes...   agora que, após o "sismo" do último fim de semana que abalou a Espanha de Zapatero, as réplicas já se fazem sentir fortemente lá para as bandas do Largo do Rato.  
Agora, que uma enorme cratera parece estar a abrir-se ameaçando engolir o edifício-sede, há que trabalhar na sombra e em segredo para deixar a clientela toda "encaminhada".   Tão em segredo que nem a INCM está a publicar os Diários da República.   

Não vão eles fazer incendiar a cratera e transformá-la num vulcão antes do próximo dia 5 de Junho!!!

(NOTA: - peça de ficção, mas cuja confirmação se aguarda a todo o momento)


Entretanto, e para adoçar a boca, já AQUI  fica uma pequena amostra desta actividade intensa, aproveitando o tempo que resta para deixar garantida uma boa teta para cada boy!!!

"Vendo esgotar-se o tempo de governação, José Sócrates aproveita para dar uma última e providencial ajuda aos seus boys, comprometendo o próximo Governo com contratações e compromissos que custarão ainda mais dinheiro aos cofres do Estado e aos bolsos de todos os portugueses (a titulo de exemplo nos últimos 7 dias foram efectuadas 120 nomeações entre as quais:   8 pessoas no Ministério da Cultura - Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, I. P.;   13 nomeações no Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social - Instituto da Segurança Social, I. P.;   14 pessoas no Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas - Instituto Nacional de Recursos Biológicos, I. P.;   40 nomeações: da Administração Interna - Guarda Nacional Republicana - Comando-Geral).
Para o Partido Socialista, esta é, provavelmente, uma forma sui generis de combate ao desemprego, que atinge hoje os valores mais altos de sempre.   Pelo menos no Partido Socialista, a taxa de desemprego entre filiados vai, seguramente, conhecer um drástico abaixamento nos próximos dias."  (DAQUI)



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A táctica do "Vale Tudo"! ou - O desespero de um Partido para se manter no poder!

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As tácticas imorais (i.e., nojentas) do PS 


Usar imigrantes pobres para compor o cenário de uma campanha é muito, muito baixo, mesmo para José Sócrates.   É mau demais para ser verdade.   Ir aos subúrbios mais pobres de Lisboa para sacar uns apoiantes em troca de uma bifanas é um acto nojento.   Não tem outro nome:   é nojento, vil, baixo, porco.
Estas pessoas estão ali, porque estão à espera de sacos de comida.   É isto a tal sensibilidade social do PS e de Sócrates?   Ir ao Martim Moniz sacar uns tipos para encher o mini-estádio que Sócrates usa ao longo do país é uma acção nojenta.   Estas pessoas não sabem português, mas seguem o PS, porque, ora essa, o PS dá comidinha e passeio.  

Isto é que é a famosa sensibilidade social do PS?   É isto?   Sensibilidade social é usar os mais pobres dos pobres para compor o marketing?   Isto, meus amigos, é nojento.   Isto ultrapassa vários níveis da decência.   Isto não tem nada que ver com diferenças ideológicas.   Isto tem que ver com um mínimo de moral, um mínimo de decência.   E, ao fazer isto, o PS desceu muito, muito baixo.   Isto nem sequer é amoral, nem sequer é uma daquelas amoralidades maquiavélicas típicas da acção política.   Não.   Isto é imoral, isto é uma imoralidade completa.   Isto é nojento.   Eu compreendo as dificuldades que o PS, coitadinho, está a enfrentar na hora de encontrar pessoas para compor a sua máquina-eleitoral-para-jornalista-de-TV-ver.   Mas isso não legitima autocarros com centenas de imigrantes pobres retirados ali do Martim Moniz ou das manchas de desemprego de Massamá e afins.   Isto passa todos os limites.

O PS errou ideologicamente na política económica.   Uma coisa normal.   O PS errou politicamente na gestão desse erro económico.   Algo um pouco mais grave, mas, ainda assim, dentro do aceitável.   Depois, o PS entrou numa espiral amoral de mentiras e omissões no sentido de ocultar os seus erros anteriores.   Aliás, tem sido esse o estado do PS desde 2009:    a amoralidade, algo que já está fora do aceitável.   E, agora, em forma de cereja no topo do bolo, encontramos estas acções de campanha que só podem ser classificadas de imorais.

(Henrique Raposo, In Expresso Online - 23/05/2011)

E  AQUI...    com sons e a cores, o filme da TVI-24 que comprova o desespero tornado imoralidade de um PS que é capaz do impensável para se manter no poder!

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domingo, 22 de maio de 2011

Paquistaneses e indianos imigrantes: - os novos apoiantes de Sócrates

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Já tudo lhe serve para se manter no poleiro!  Até paquistaneses e indianos...  
Eles não sabem falar português, mas seguem Sócrates em todos os comícios a troco de um lanche!...  Ao que isto chegou, ante a agonia de ficar sem poleiro e sem imunidade, para ele e para toda a camarilha que o rodeia e apoia!




PS paga apoio com refeições

Seguem José Sócrates para todo o lado, de norte a sul do País, em autocarros pagos pelo PS.   Depois são usados para compor os comícios, agitar bandeiras, e puxar pelo partido, apesar de muitos deles não perceberem uma palavra de português e não poderem votar.   Em troca têm refeições grátis.
Trata-se de imigrantes provenientes da Índia e Paquistão, trabalhadores nas lojas do Martim Moniz, Lisboa, e na construção civil.   Estiveram com José Sócrates em Beja, Coimbra e no comício de ontem em Évora, onde deram nas vistas ao exibir os seus turbantes.   Até à porta da RTP, no dia do debate com Passos Coelho, realizado na sexta-feira, estiveram de bandeiras em punho.


Além do transporte, conforme o CM verificou, o PS disponibiliza refeições e lanches.   Deixaram os seus trabalhos para apoiar Sócrates, mas disseram ao CM que não são pagos por isso.   "Não são pagos" garantiu também ontem fonte do PS, justificando que a presença dos imigrantes está inserida "na estrutura voluntária da campanha".


Singh Gurmukh, indiano e trabalhador na construção civil, é acompanhado por quatro dezenas de imigrantes asiáticos em Évora.   Diz que segue Sócrates de "graça" como reconhecimento pelo apoio à sua comunidade.   "Só pagam o autocarro e a comida", disse num português pouco perceptível.   A par desta comunidade, o comício contou ainda com mais de uma centena de africanos, que viajaram em dois autocarros da zona do Cacém, Sintra.   "Chegámos esta tarde.   Apoio Sócrates ", disse Sandim Cassama, da Guiné-Bissau, e residente em Portugal há 20 anos.

(Alexandre M. Silva com J.R., In CM)




(Também AQUI e AQUI e AQUIAQUI e AQUI e AQUI ...   ...)
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sábado, 21 de maio de 2011

Foi tal a carga de porrada... que até eu fiquei com nódoas negras!

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Que bem me soube assistir a tamanha sova!


Para quem não viu "o debate"...   ele aqui está!   O coelhinho de Massamá surpreendeu-me ontem, finalmente!   E pela positiva.   Aqui declaro, desde já, que vou votar convictamente no Pedrinho.   Não, não vou votar no PSD, nem nos barões do PSD, nem nos comilões do PSD.   Vou votar no Pedro Passos Coelho, o homem que ontem cresceu inesperadamente perante as câmaras da RTP1.  E tanto, que do pigmeu inexperiente saíu o gigante que destroçou completamente o velho mito da invencibilidade verborreica do Sócrates.   E sinto-me agora mais aliviado.   Porque encontrei, finalmente, aquele em quem irei votar convictamente.   Aquele que, quero acreditar, promete ser uma lufada de ar fresco na política deste País, contrapondo a seriedade responsável e a verdade política à mentira compulsiva e à canalhice repulsiva que nos governou nos últimos 6 anos e conduziu Portugal à bancarrota e à perda da soberania, um País independente com 900 anos de História!

Parabéns, Pedro!   Terás o meu voto.   Apenas e só porque, apesar de alguns desatinos e uns quantos tiros no pé, eu acredito na tua sinceridade e na tua forma de fazer política fundamentada na verdade.   Só te peço uma única coisa:  - que nunca te passe pela cabeça desiludires-me!...


- o resumo do debate -


- o vídeo do debate -

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quarta-feira, 18 de maio de 2011

SCUTs... - A história de uma monumental vigarice!

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História de uma vigarice

1.  As SCUT começaram mal e ameaçam acabar muito pior.   Governo socialista idealizou-as como "as auto-estradas que se pagam a si próprias".   À época, muitos denunciaram a fantasia.   Os socialistas, designadamente os ex-ministros João Cravinho e Jorge Coelho (nunca se esqueçam!), juravam que não:   tudo estava planeado e as vozes que requeriam mais ponderação e cautela não passavam, dizia-se, de incertezas colocadas por quem não tinha imaginação para mais.   Quando Guterres fugiu e nasceu o Governo de coligação PSD/CDS, fizeram-se finalmente as contas e percebeu-se a inevitabilidade das portagens como esforço de compensação para o negócio ruinoso para o Estado que os socialistas tinham engendrado.

Algum tempo depois, um outro Governo socialista chegou.   Voltou a prometer a gratuitidade  -  muitos acreditaram e a vida das empresas e das pessoas daquelas regiões servidas pelas SCUT foram-se compondo ao seu redor.

2.  Depois, Sócrates fez o que mais o notabiliza:   alegremente, pontapeou essa promessa eleitoral.   Sem pestanejar, repetiu tudo aquilo que parte da Oposição dizia desde o início e afirmou a urgência das portagens.

Os consórcios privados cedo perceberam que o fluxo de trânsito iria diminuir após a introdução das portagens.   De imediato, quiseram a renegociação da fórmula de pagamento que era baseada, precisamente, no número de viaturas que transitavam nessas vias.   E, pasme-se, conseguiram todos os seus intentos - até os devem ter superado.   Obedientemente, o Estado socialista renegociou o que as empresas queriam e como estas desejavam:   a base da compensação às empresas (rentabilidade) passou a ser um conceito indeterminado, poeticamente denominado de "disponibilidade".   A partir desse funesto momento, o fluxo de veículos nas SCUT era indiferente para os consórcios - estes, recebiam "rentabilidades" desmesuradas em qualquer situação.

3.  O resultado foi desastroso.   De acordo com uma auditoria preliminar do Tribunal de Contas (TC), realizada graças a uma réstia de vergonha que ainda consegue subsistir por aqueles lados, e cujos resultados provisórios terão escapado para os jornais antes do tempo politicamente aprazado, os consórcios privados ficaram a ganhar (e o Estado a perder) 58 vezes mais com a renegociação do novo modelo de pagamento a pretexto da introdução das portagens.   Se as notícias agora conhecidas se vierem a confirmar, a retribuição que o Estado terá de ofertar aos privados terá crescido 10 mil milhões de euros...

4.  Quando as portagens surgiram, quiseram convencer-nos de que se tratava de um esforço imprescindível para ajudarmos o país a sair do buraco onde tinha sido enfiado pelos maus governos que nos têm assolado.   Afinal, afundámo-nos ainda mais.

Já vi realizarem-se maus negócios mas nada que se assemelhasse a isto.   Caso esta auditoria do TC seja autêntica, o desnível entre a inteligência dos privados e a gritante obtusidade dos negociadores do Governo é excessivo e suspeito:   tudo indica que se trata de uma vigarice legal.

O processo das SCUT revela que a incompetência deste Governo está muito para além da redenção.   E constituirá um exercício de cidadania ficarmos atentos, nos próximos anos, aos destinos profissionais daqueles governantes, pretensos defensores do interesse comum, que participaram nesta marosca deplorável.   (...)

(Carlos Abreu Amorim, In JN - 2011-05-16)
(Sublinhados e negritos deste blogue)

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domingo, 15 de maio de 2011

Isto não pode ficar escondido numa caixa de comentários!

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A epopeia de um déspota e a estratégia dos media:   ensaio sobre um país à beira do caos!


Quis a ironia do destino, ou melhor, quis o povo que Portugal tivesse ao leme dos seus destinos, há mais de cinco anos, um homem que, estou em crer, a História se encarregará de caracterizar melhor do que eu: -  José Sócrates Pinto de Sousa, que fez questão de adoptar o mais estranho dos seus nomes para sua chancela, quiçá procurando algum paralelo com o mais brilhante de todos os filósofos, mas esquecendo que o seu percurso tem tornado pecaminosa tal analogia, pois não haverá melhor exemplo de contradição.
Este homem foi eleito, como aliás acontece sempre em Portugal, não por qualquer mérito, mas por demérito de quem o antecedeu.   Em Portugal ninguém ganha eleições;   em Portugal apenas se perdem eleições.   Os parcos horizontes mentais do país que vota desde o 25 de Abril e a competência revelada pelos políticos, impedem que alguém ganhe eleições e fazem com que apenas o PS e o PSD percam eleições.  

Em 2005, o sábio povo, mais uma vez para castigar quem não lhe agradou, podia ter feito mil coisas, entre elas colocar no poder gente nova, partidos novos, de esquerda, direita, do centro, votarem todos em branco, votarem todos nulo… enfim;   mas não!   Como é apanágio na «democratura»  tuga, castiga-se o peixe, votando na carne e castiga-se a carne, votando no peixe.   Pior que isso, e constatando que o peixe é podre e a carne é putrefacta há décadas, perpetuam esse enjoativo jogo, num frenético exercício masoquista.
Claro que estas coisas são lentas no tempo, mas o tempo acaba por chegar e damos por nós, hoje em dia, de caras com a inquietante factura desse mórbido ritual de troca bipolar de poder, assente na legitimidade do voto da populaça!

Trinta anos de política palaciana, em que autênticos tsunamis financeiros inundavam atabalhoadamente o país, tornando a geração de pais e filhos dos últimos 30 anos numa generalizada máquina de consumo, cuja cegueira do aparente novo-riquismo impediu que se implantassem as mais básicas regras de justiça social e, pior que tudo, que uma cultura desprovida de valores, de educação, de razão e, em última instância, de humanidade, alastrasse em Portugal.   A mais aberrante consequência disso, são fortunas colossais amealhadas no exercício de cargos públicos, onde os, já de si, absurdos e ofensivos vencimentos são complementados pela corrupção generalizada.
Este estado de abastança geral levou a que as pessoas entrassem numa espécie de anestesia social, sem que as evidências de um país pobre cheio de gente rica as incomodasse, vivendo o «hoje» e deixando o «amanhã» aos políticos.

Esse «amanhã» chegou e os políticos são os mesmos.   O que variou, para muito melhor, foi o seu património pessoal.   O país continua pobre;   cada vez mais pobre.   As pessoas, para além de continuarem pobres intelectualmente, são-no agora e cada vez mais, financeiramente.   Conclusão:   se considerarmos ricos, aqueles que auferem rendimentos mensais acima de 3000 euros, merecidos ou não, há entre estes, dois grupos que condicionam a nação de forma brutal:   os agentes ligados aos media (jornalistas, comentadores, apresentadores, etc) e os políticos.   Os primeiros enquanto fazedores e moldadores de opinião e que, num país em que as mentes são franzinas, facilmente conseguem levar o rebanho ao prado que desejam;   os segundos, porque governam e legislam e, por conseguinte, também levam o mesmo rebanho a seu prado, nem que seja pela simples força da Lei.

Deste pantanal, surge um país em que, no ano 2011, o ordenado mínimo está abaixo dos 500 euros, mas uma apresentadora de televisão, que pouco mais faz do que guinchar desalmadamente, ganha 50.000 euros mensais;   um doente espera 5 anos por uma cirurgia, mas um gestor público ganha mais de um milhão de euros num ano;   uma empresa pública tem 700 milhões de passivo, mas muda a frota de automóveis topo de gama dos administradores de 3 em 3 anos;   um cidadão é preso por consumir droga, mas os mega-processos envolvendo figuras públicas arrastam-se por anos a fio e acabam em nada;   o leite escolar paga 23% de IVA, mas os campos de golfe pagam 6%;   o país está no limiar da bancarrota mas continua a falar-se no TGV e no aeroporto.   Enfim, um rol de contradições que não existe termo no léxico português que caracterize o grau da sua aberração.
Isto é fruto de uma política em que o povo vota.   Isto é fruto de políticos que, sabiamente, vivem à sombra da ignorância popular.

O epíteto dessa desgraça chama-se José Sócrates.   Um autocrata obstinado!   Um sujeito que lidera um partido desnorteado com mão de ferro, e um bando de lacaios submissos, cujo mais ocupado assessor é o de imagem;   aplaudem-no, dizem ámen a tudo, mas no fundo gostariam de ter coragem para enfrentar o mentecapto.   Mas não têm…   Um homem nascido e vindo do interior esquecido e que chegou ao sucesso por uma das únicas duas vias que permitem tal ascensão:   o talento ou a política.   Obviamente que, neste caso, apenas a segunda hipótese prevaleceu.   Aliás, a política é para mim o mais obtuso, absurdo e contraditório conceito, pois se, por um lado, é aquilo que legal e constitucionalmente mais condiciona a vida das pessoas, por outro lado, é a maior imundice das pseudodemocracias;   é um antro fétido de jogos de interesses instalados de clientelismos, regados por uma corrupção sórdida completamente impune.

Em 5 anos, Sócrates cometeu a proeza de decapitar por completo um país cuja cabeça acaba de ser entregue numa bandeja aos senhores da troika.   A liderança política de José Sócrates esventrou toda a estrutura portuguesa, já de si débil, e atirou-nos para o limiar da bancarrota!   O homem que muitos pensam inteligente e detentor do dom de palavra, mas que pouco mais faz do que servir de manequim de fatos caríssimos, ler telepontos e olhar-se ao espelho, dando asas ao seu narcisismo agudo!

Luis Campos e Cunha (antigo ministro de Sócrates) diz, sobre esta crise, que vivemos um filme de terror em que o Drácula culpa a sua vítima, aludindo, numa brilhante metáfora, a que Sócrates consegue hoje encarnar um papel absolutamente surreal de conseguir culpar os outros por uma tragédia imputável a si próprio.   Mas eu pergunto sempre:   o que é que consegue ser mais inacreditável?   É um homem que, ciente que despojou um país de quase tudo, protagonizando uma política suicida e liderando um Governo assassino e que se reapresenta de cara lavada a eleições como se nada lhe fosse imputável, ou será constatar que ainda é considerado um herói pelos seus acólitos, um brilhante estadista pelos «bate-palmas» que o rodeiam e, pior que tudo, segundo se consta, um bom primeiro-ministro para mais de 30 % do zé povinho?

Acreditem que quando penso nisso, dá-me vontade de, qual Zeca Afonso, pegar na trouxa e zarpar deste torpe país, onde abundam mentes desta natureza.   Acho impressionante como há pessoas que preferem a certeza do mal, à incerteza.   O velho chavão de que «eles são ruins mas os outros, se calhar, são piores», atesta que este país está cheio de gente cuja cabeça facilmente se trocava pela de um asno, em claro prejuízo deste!

Eu não posso acreditar que vivo num país em vias de extinção onde a um mês das eleições já se sabe o seu resultado, como se fosse utópico o PQANML (Partido Que Agora Não Me Lembro) ganhar com 100% dos votos se toda a gente votasse nele!   Não!   Nem pensar nisso!   O país está podre.   As Instituições democráticas estão podres.   A justiça podre.   A educação apodrecida…   tudo é podridão, mas, de sorriso no rosto, o zé portuga vota PS ou PSD, únicos partidos de poder desde o 25 de Abril.
É aqui que os media se movimentam no seu jogo sujo de moldar as pobres mentes.   É como os jornais desportivos que ocupam metade da edição a falar no Benfica para vender!   Os media dão horas a fio de tempo de antena aos ditos grandes partidos para que a populaça os assimile bem, nem que seja por exaustão.   Os media gostam de Sócrates por dois motivos:   porque adoram tragédias e porque não são alvos da sua política criminosa!

Também não aceito a treta do voto útil.   Isso é um preconceito que os do costume agradecem, pois diz a matemática que ganha quem tem mais votos e se o PQANML tiver 50% mais um, é governo.   Todos os votos são úteis, portanto, e são-no ainda mais se forem contra os cadáveres políticos vivos que estão agarrados à teta do poder como uma ostra à rocha, e sabem que podem contar com a pobreza do povo, até daqueles que tratam mal a mãe dos políticos, mas atulham-se aos empurrões para tocar nos «Deuses» quando estes vêm à feira!

O país não é o que Sócrates diz.   O país é o que Sócrates quis!   Esta crise política mais não é do que a consequência da forma ardilosa (aliás ele de engenheiro tem apenas o engenho de ludibriar os papalvos) com que geriu os PECs.   Sabendo desde logo do chumbo do PEC4 (agora imposto pelo FMI), apressou-se a demitir-se, iludindo o povinho que a partir dali a culpa era da oposição, mas mais se apressou a chamar o FMI, esventrado a pouca soberania que nos resta.   É como dizer:   «Venham cá limpar a porcaria que eu fiz mas por culpa da oposição».   Só um dos maiores mentecaptos da História de Portugal como Sócrates, um criminoso como lhe chama Medina Carreira, de tal seria capaz, e apresenta-se, porém, a votos, com aquele ar de quem nada deve mas a quem tudo de bom se deve!   E as pessoas votam nele!

Hoje mesmo as sondagens dão o PS na frente.   Se este PS ganhar estas eleições, Portugal ficará de luto e meio país desejará emigrar, nunca percebendo como é que um país se deixa prostrar aos pés de um déspota desta envergadura.   Eu, por certo não emigrarei, mas acreditem que o nojo que, de há 20 anos para cá, vai aumentando por ostentar a triste chancela de ser português, talvez de transforme numa mudança de vida, para me sentir bem neste pobre país:   deixarei de trabalhar e pagar impostos para que o Estado me sustente com o rendimento mínimo, alistar-me-ei numa claque de futebol, arrumarei, quem sabe, uns carritos, arrancarei metade dos dentes e colarei uns cartazes do PS, dizendo que José Sócrates é o meu pai!   Aí sim, sentir-me-ei um orgulhoso português!

Conclusão:   apetece-me vomitar quando penso em políticos neste país, mas o maior nojo que sinto é pertencer a uma sociedade que, eivada de uma pimbalhice generalizada, os perpetua e legitima no poder.   Em suma, cada povo tem o que merece e nós merecemos estes políticos!
Apelo, pois, valendo isto o que vale, que no dia 5 de Junho nada seja justificação para não votar;   que seja a maior afluência de sempre e que apenas uma coisa esteja nas vossas cabeças quando votarem, seja em que partido for:   será que eu quero que estes políticos continuem a comandar o meu país e o dos meus filhos?

No fim de pensarem nisso durante uma hora, então coloquem a cruz.

(Por "Leme" - na caixa de comentários daqui)

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sábado, 14 de maio de 2011

E continuam TODOS a esconder as verdadeiras gorduras do Estado!...

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Mudança estrutural do Estado


Portugal precisa, não de pseudo reformas - de “reformas” com propósitos de diminuir os custos das funções sociais do Estado - mas de uma profunda mudança estrutural.

Quando Passos Coelho e seu séquito de analistas falam na gordura do Estado, não se referem à multidão dos órgãos parasitários do Estado que desgraçam a nossa economia.   Não, eles referem-se à amplitude das funções sociais do Estado e que, a seu ver, terão que ser diminuídas e restringidas o mais possível.   Portugal necessita, na verdade, de se desfazer da gordura do Estado, mas da gordura parasitária, não de mais cortes sociais.

Portugal só poderá sair do atoleiro em que se encontra quando encontrar forças capazes para realizar uma profunda e ampla mudança estrutural.   Eliminando o Estado corrupto institucional que os governantes foram instituindo, e com grande aceleração, nestes últimos 15 anos:  - eliminando, pura e simplesmente, todos os órgãos parasitários da administração:   empresas municipais, governadores civis, representantes da República nas regiões autónomas, autoridades, agências, comissões, fundações, etc;   alterando as políticas até aqui dirigidas exclusivamente em benefício das grandes empresas, do capital financeiro, das oligarquias financeiras;   controlando os preços dos serviços estratégicos que se encontram sob o domínio de cartéis e monopólios, nas auto estradas, nas energias, nas telecomunicações;   reduzindo os benefícios fiscais oferecidos, a troco de nada, às grandes empresas instaladas no país.

Uma efectiva mudança estrutural do Estado, uma alteração de políticas e de filosofia - rejeitando as práticas neoliberais, que nos arrastaram para esta miséria e que a todo o tempo os dois partidos do bloco central se esforçam por perpetuar - para uma verdadeira política de democracia social.

Ora, nem Ferreira Leite nem Passos Coelho, nem Sócrates nem Cavaco Silva entendem a necessidade de uma profunda mudança estrutural no nosso Estado e na nossa administração.   A necessidade da eliminação deste Estado corrupto institucional  (deverão até negar a sua existência e a sua responsabilidade pelos gastos parasitários da ordem de pelo menos 10% do PIB).   A necessidade de uma mudança, combatendo a sofreguidão de ganância das oligarquias financeiras e invertendo a política económica, até aqui de apoio incondicional a estas oligarquias, com desprezo pelo apoio às pequenas e médias empresas.

Mas, nem o PS nem o PSD, que instituíram este “Estado” em seu benefício clientelar, serão capazes de provocar as rupturas e as mudanças indispensáveis a um novo rumo para Portugal, que o arraste para crescimentos económicos convergentes com os países da UE.   Nem com Passos Coelho ou Ferreira Leite, nem com Sócrates ou Mário Soares.   Porque todos eles comungam de uma mesma doutrina – o neoliberalismo, quer ele se encontre travestido de social-democracia ou de socialismo.

Só uma nova formação política e uma nova doutrina poderão realizar a profunda mudança estrutural do Estado que Portugal exige.

(postado por ruy, aqui)

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sexta-feira, 13 de maio de 2011

"Pintelhos"... ou, o nojo da comunicação social que temos!

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Inteiramente de acordo!     E para o caso, nem me interessa se este homem é de direita ou de esquerda, se tem muitos ou poucos tachos e mais não sei quantas reformas chorudas, se foi bom ou mau ministro das finanças...   interessa-me apenas que isto que diz é inteiramente verdade:  - temos uma comunicação social de merda, mais vocacionada para a discussão de "pintelhices" do que para os grandes temas, os que interessam realmente à população e à sociedade em geral, aqueles que denunciam as canalhices da política e dos políticos, aqueles que requerem investigação, estudo e tratamento por profissionais competentes e isentos.   Bem pelo contrário, em vez disso eles escondem ou deturpam a realidade e a verdadeira dimensão dos assuntos e dos acontecimentos, numa dissimulada tentativa de branquear o sentido e o conteúdo das mensagens!   Ou, pior ainda, numa tentativa de "moldar" a opinião geral, desinformando!

Ajoelhados que estão hoje aos vários sectores da política e do grande capital, aquilo que melhor sabem fazer mais não é do que reles broches informativos!     ...salvo raras e pontuais excepções.

Que saudades tenho dos jornalistas de antigamente que não precisavam de licenciaturas, mestrados e doutoramentos e, no entanto, sabiam noticiar e informar!




(NOTA: - Post recuperado após eliminação, por avaria, pelo Blogger)
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Ainda as SCUT... este assunto é inesgotável. E a canalhice não tem fim!...

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Estado assumiu mais dez mil milhões de euros para introdução de portagens nas SCUT


Os aditamentos feitos aos contratos das SCUT onde foram ou vão ainda ser introduzidas portagens representaram para o Estado encargos adicionais de dez mil milhões de euros, que não são em grande parte cobertos pelas novas receitas das portagens.


Neste contexto, segundo uma auditoria do Tribunal de Contas ainda em curso, “os contratos iniciais apresentavam pagamentos fixos a realizar pelo Estado relativamente curtos”, mas “com a alteração dos mecanismos de pagamento, as concessionárias passaram a beneficiar de rendas avultadas, baseadas no conceito de disponibilidade”, conta o Correio da Manhã de hoje, que teve acesso ao documento e deu a notícia.

Diz-se também que “o facto de se introduzirem portagens não alterará o facto do contribuinte pagador”, pois será “este que continuará a pagar a maior fatia daqueles encargos”, pois as receitas previstas das portagens não são suficientes para cobrir as rendas anuais de cerca de 650 milhões de euros a pagar pelo Estado, lê-se naquele jornal.

O documento da auditoria ainda não foi aprovado pelo Tribunal de Contas, que por isso se recusou a comentar o caso ao Correio.  Ontem a TVI também tinha noticiado esta auditoria, dizendo que os juízes se queixaram de ter sido induzidos em erro para aprovar cinco auto-estradas, no valor de dez mil milhões de euros, porque lhes terão sido sonegadas informações.

Àquela estação de televisão explicou que antes, “o Estado devia às concessionárias 178 milhões de euros” e que agora, “a empresa pública Estradas de Portugal ficou comprometida com um dívida superior a 10 mil milhões de euros. Com a renegociação de contratos, para introduzir portagens, as estradas ficaram 58 vezes mais caras.”

O problema é que “a receita de portagens fica longe dos novos encargos assumidos pelo erário público”.

(PÚBLICO, em 12.05.2011)


Mas isto não é já claramente do foro criminal?   E de que está a PGR à espera para abrir de imediato um processo de averiguações a um tal negócio extremamente ruinoso para o erário público e para os bolsos de quem utiliza as autoestradas?   Ou dará a PGR maior prioridade a processos "ridículos" como aquele instaurado às agências de rating "internacionais"?...





(NOTA: - reposição deste post de 12/5/2011, que, por avaria, o Blogger havia apagado)
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domingo, 8 de maio de 2011

E a resposta não se fez esperar... da Finlândia, com amor!

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Como toda a acção suscita uma reacção...   aí está a resposta da Finlândia.   Como quem não deve não teme e quem está a pedir (de cócoras) somos nós,  toma lá Portugal.   Embrulha e leva para casa!



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sábado, 7 de maio de 2011

O que lhe falta em seriedade e cultura política sobra-lhe em desvergonha e cobardia!...

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 Inovação retórica: - INVENTAR PARA DESMENTIR

O discurso de Sócrates na terça-feira sobre o acordo com o triunvirato BCE-FEEF-FMI teve um carácter absolutamente singular na história da comunicação política portuguesa, porventura mundial e até histórica.   Desde os discursos políticos de Péricles e o último do verdadeiro Sócrates, na versão de Platão, nunca antes um dirigente nacional, a quem coube anunciar um acordo que moldará a vida colectiva nos anos seguintes, teve a cobardia política de esconder o que realmente o documento estabelece e a ousadia de inventar o que o documento não diz.
A retórica do primeiro-ministro foi delirante:   o acordo não prevê a revisão constitucional, o fim da escola pública, não prevê crocodilos a voar nem terramotos às segundas, quartas e sextas.   O acordo não prevê nada disso.  

Nos manuais de retórica, procurei, entre as figuras de estilo registadas pelos peritos da linguagem desde Roma Antiga, uma que se assemelhasse a este ilusionismo, como lhe chamou Helena Matos (PÚBLICO, 05.05).   Não encontrei.   Há figuras de estilo em que se nega uma coisa para afirmar outra, mas nenhum autor, desde há mais de dois milénios, parece ter previsto esta velhacaria política de omitir a realidade concreta (má), substiuindo-a por invenções concretas (boas).

Ao pé deste recurso discursivo, espelho de uma governação limitada ao “luzes-câmaras-acção!” e o país que se dane, o resto do que aconteceu na terça-feira não passou de detalhes, mas vale a pena registar.
-  Sócrates chamou “conferência de imprensa” à declaração sem direito a perguntas.
-  Semanas depois de desaparecido da vida pública, como um ministro de Stalin ou Brejnev, Teixeira dos Santos marcou inusitada presença espectral atrás do líder.
-  O governo agendou a declaração para as 20h30, coincidindo com o intervalo do habitual “serviço público” da bola na RTP1, mas atrasou para as 20h40, dificultando à RTP1 ouvir a oposição em directo, o que esta preferiu não fazer, mesmo quando Catroga já estava no ar na TVI e na SIC às 20h47.   A RTP1 deu anúncios e voltou ao futebol, que recomeçou às 20h50.
-  A Central de Propaganda é tão boa a criar imagens como a proibi-las:   impediu aos repórteres de imagem fotografar a declaração;   só houve as imagens oficiais da TV e dum fotógrafo do governo.   A preocupação de Sócrates em controlar ao máximo a visão de si que sai nos media motivou este acto de censura, por receio da liberdade do olhar dos repórteres fotográficos, que sempre ultrapassa a rigidez das câmaras de TV.

O objectivo desta operação de desinformação visou enganar os cidadãos mais ingénuos, que não acompanham as manobras políticas e propagandísticas em detalhe ou que são crédulos em relação aos governantes.   A acção foi planeada ao pormenor.   Durante semanas, a Central de Propaganda, e até o próprio Sócrates, conseguiram endrominar alguma imprensa, passando-lhe falsas medidas, que nunca estiveram previstas, para assustar os portugueses.
“Houve desinformação gritante nos últimos dias, com exagero claro de medidas de austeridade”, escreveu Pedro Santos Guerreiro no Jornal de Negócios (05.05).   Beneficiário único da desinformação:   o Governo.   Que desinformação perversa, esta de inventar mentiras para que o primeiro-ministro as possa depois desmentir.
Os media que serviram de mensageiros das falsas medidas de austeridade deveriam pedir desculpa aos seus leitores ou espectadores.   Os proprietários e os jornalistas destes media deviam perguntar a si mesmos se as baixas vendas de jornais não estarão relacionadas com uma persistente subserviência à mentira e à amplificação da propaganda do poder.   Como escrevia Pedro Guerreiro, ou se está ao serviço de fontes mentirosas ou ao serviço dos leitores.

(Eduardo Cintra Torres, In Público, 6-5-2011)
(Imagens e apresentação gráfica da autoria deste blogue)


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O Grau Zero da Política

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Chegou-se, entre nós, não apenas a uma situação de gravíssima crise financeira e económica, mas também ao grau zero da política.   Não só fomos obrigados a pedir um resgate internacional, perante a ameaça iminente de bancarrota, como ainda a maioria dos eleitores, desiludida com toda a classe política, não parece depositar grandes esperanças nas próximas eleições.   Qualquer que seja o resultado delas não se vislumbra um futuro animador a curto ou a médio prazo.

No entanto, as eleições que se avizinham, no meio de muita vozearia pouco ou nada substantiva, são importantes.   Em primeiro lugar, porque, ao contrário de Otelo e outros, quero acreditar que não há uma solução fora do actual quadro democrático, que exige neste momento a nossa intervenção.   Em segundo lugar, porque coloca nas mãos dos eleitores, nas nossas mãos, o futuro do actual primeiro-ministro, que mais não tem para oferecer do que mais do mesmo.   Podem os politólogos congeminar muitas análises políticas, mas basicamente a questão que se coloca é um referendo sobre José Sócrates.   A pergunta, muito simples, é a seguinte:   Queremos manter a condução do destino do país, o nosso destino, nas mãos de quem já mostrou à saciedade a sua falta de competência e de idoneidade?   Ou, pelo contrário, queremos afastar claramente essa possibilidade?

De facto, foi o actual primeiro-ministro o responsável número um pelo grau zero da política.   Foi ele que se rodeou de gente incompetente (com poucas honrosas excepções), que impavidamente deixou o país deslizar para o fundo.   Não, não se trata só da sua incapacidade de percepção das consequências gravosas das suas políticas.   Eles criaram uma campanha propagandística que nos iludiu sobre o estado da nação, dificultando a nossa percepção.   Eles são os responsáveis pelo planeamento de parcerias público-privadas ruinosas para o erário público, por exemplo para construção de auto-estradas inúteis.   São também responsáveis pela nacionalização de bancos privados, que se transformaram num pesadíssimo ónus para todos nós.   E são ainda responsáveis pelo regabofe no gasto de dinheiros públicos, com a manutenção de instituições arcaicas como os governos civis e algumas direcções regionais, que pouco mais servem do que para dar emprego a correligionários políticos, para já não falar de organismos públicos e fundações de utilidade duvidosa.

Enganaram-nos, através dos sucessivos PEC, sobre a sua capacidade de gerir o Orçamento do Estado.   Enganaram-nos, ansiosos por manter o poder nas últimas eleições, com o aumento dos salários dos funcionários públicos e a promessa de não subida de impostos.   E enganaram-nos com miríficas esperanças como a das energias renováveis, que, ao contrário do que reza a publicidade oficial, são caras e pouco eficientes, não passando por isso de uma flor na lapela de um casaco roto.
Sendo o primeiro-ministro ainda em exercício o principal culpado pelo estado a que o Estado chegou, ele não é decerto o único.   Custa ver que o ministro das Finanças, com um doutoramento numa universidade de prestígio, não tenha erguido a sua voz a tempo no sentido de evitar desvario maior.  
Custa saber que o partido de governo, que tem grandes tradições democráticas e que se pode orgulhar de ter alguns homens impolutos, efectuou eleições internas com resultados similares aos da Coreia do Norte.   E custa observar o Presidente da República que, numa situação que já era de enorme crise, nomeou um governo minoritário, não tendo sido capaz de o demitir em tempo oportuno.

Sei bem que a oposição tem pouco, muito pouco para dar, num quadro geral que não é apenas de ruína financeira e económica, mas também e principalmente de ruína ética e moral, alicerçada numa imensa deficiência da educação nacional. Contudo, por vezes, a democracia não serve tanto para escolher os melhores governos, mas mais para eliminar os que se revelaram maus (como fizeram aliás, há pouco, os irlandeses). Se a escolha em Portugal fosse, por hipótese, entre o actual primeiro-ministro e o rato Mickey, eu não hesitaria em votar no boneco da Disney.

(Carlos Fiolhais, in Público de 6/5/2011) (Retirado DAQUI)
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