Ex-vice-presidente da Câmara do Porto e Professor Auxiliar na Universidade Lusófona, Paulo Morais é também vice-Presidente da associação cívica "Transparência e Integridade", sendo dos poucos portugueses que, com toda a determinação e frontalidade, tem divulgado as verdades "inconfessáveis" àcerca do sub-mundo da corrupção e gatunagem neste país.
Afirma Paulo Morais, uma vez mais, neste seu discurso na Associação 25 Abril, que o centro da corrupção
em Portugal tem sido a Assembleia da República, pela presença de deputados que
são, em simultâneo, administradores de empresas que têm interesses em negócios com o Estado.
Para o professor universitário, o Parlamento português mais parece um verdadeiro escritório de representações, com membros da Comissão de Obras Públicas que trabalham para as construtoras e promotores imobiliários, tendo na mira vir a fazer parte dos seus quadros de Administração. Para o vice-presidente da Transparência e Integridade, os deputados estão ao serviço de quem os financiou e não de quem os elegeu, e considera que a única maneira de tentar acabar com a corrupção é através da denúncia directa dos corruptos implicados.
Para o professor universitário, o Parlamento português mais parece um verdadeiro escritório de representações, com membros da Comissão de Obras Públicas que trabalham para as construtoras e promotores imobiliários, tendo na mira vir a fazer parte dos seus quadros de Administração. Para o vice-presidente da Transparência e Integridade, os deputados estão ao serviço de quem os financiou e não de quem os elegeu, e considera que a única maneira de tentar acabar com a corrupção é através da denúncia directa dos corruptos implicados.
Afirma ainda que a legislação, propositadamente complicada e confusa, é feita pelos grandes escritórios de advogados, principalmente de
Lisboa, e que algumas destas poderosas firmas de advogados têm a incumbência de produzir a mais importante legislação nacional.
São contratadas pelos diversos governos a troco de honorários milionários e produzem diplomas complexos, em cuja interpretação tornam a ganhar milhões de euros com os pareceres que lhes são pedidos para interpretar essas mesmas leis.
E, conhecedoras de todo o processo, ainda podem ir aos grupos privados mais poderosos vender os métodos de ultrapassar a Lei, através dos "alçapões" que elas próprias introduziram na legislação.
São imensas as regras. Para que ninguém as perceba. São muitas as excepções. Para beneficiar amigos. Além de que a legislação e os tribunais lhes permite usar a figura dos "recursos suspensivos" até que os processos prescrevam. A tal ponto que as decisões dos tribunais de 1ª Instância são já comunmente consideradas como uma mera e insignificante etapa de qualquer processo. E os escritórios de advogados voltam a ganhar milhões. E nunca ninguém vai parar à prisão!
Diz ainda Paulo Morais que, quem viveu muito acima das suas possibilidades nas últimas décadas foi a classe política e os muitos que se alimentaram da enorme manjedoura que é o Orçamento do Estado. Os exemplos sucederam-se e a lista é enorme. A Expo 98 transformou uma zona degradada de Lisboa numa nova cidade, gerou milionárias mais-valias urbanísticas, mas no final deu prejuízo. Foi ainda o Euro 2004, onde em vez dos 8 estádios pedidos pela UEFA até foram construídos 10, com o resultado que se conhece. Foram ainda as Parcerias Rodoviárias e o escândalo da Lusoponte. Foram os casos da SLN (hoje Galileu) e do BPN, e mais um rol interminável de crimes que depauperaram o erário público.
E, conhecedoras de todo o processo, ainda podem ir aos grupos privados mais poderosos vender os métodos de ultrapassar a Lei, através dos "alçapões" que elas próprias introduziram na legislação.
São imensas as regras. Para que ninguém as perceba. São muitas as excepções. Para beneficiar amigos. Além de que a legislação e os tribunais lhes permite usar a figura dos "recursos suspensivos" até que os processos prescrevam. A tal ponto que as decisões dos tribunais de 1ª Instância são já comunmente consideradas como uma mera e insignificante etapa de qualquer processo. E os escritórios de advogados voltam a ganhar milhões. E nunca ninguém vai parar à prisão!
Diz ainda Paulo Morais que, quem viveu muito acima das suas possibilidades nas últimas décadas foi a classe política e os muitos que se alimentaram da enorme manjedoura que é o Orçamento do Estado. Os exemplos sucederam-se e a lista é enorme. A Expo 98 transformou uma zona degradada de Lisboa numa nova cidade, gerou milionárias mais-valias urbanísticas, mas no final deu prejuízo. Foi ainda o Euro 2004, onde em vez dos 8 estádios pedidos pela UEFA até foram construídos 10, com o resultado que se conhece. Foram ainda as Parcerias Rodoviárias e o escândalo da Lusoponte. Foram os casos da SLN (hoje Galileu) e do BPN, e mais um rol interminável de crimes que depauperaram o erário público.
Todos estes negócios e privilégios têm sido concedidos a um polvo que, com os seus tentáculos, se tem alimentado do dinheiro do povo. Os seus responsáveis são conhecidos e nada acontece. Eles passeiam-se por aí, pacata e impunemente, exibindo descaradamente as suas fortunas de milhares de milhões roubados ao povo. E tem como consequência os sacrifícios por que hoje todos passamos. Que hoje todos pagamos! E que teremos de continuar a pagar durante os próximos 40 anos! Ou mais! Três gerações: - a nossa, a dos filhos e a dos netos! Somos todos a pagar as imensas fortunas roubadas e amealhadas por todos estes canalhas!
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