As raízes do conflito remontam aos fins do século XIX,
quando colonos judeus começaram a migrar para a Palestina. O ideal judaico de retorno á terra dos seus
antepassados, conhecido como "Sionismo" e fundado por Theodor Herzl em 1897, visava
a retomada da denominada “terra prometida”.
Sendo os judeus um povo sem um Estado próprio, havia sido objecto ao
longo dos tempos de inúmeras perseguições.
Movidos agora pelo sionismo, o seu objectivo era refundar na Palestina
um estado judeu. Porém, a Palestina já
era habitada há vários séculos por uma maioria árabe e alguns cristãos – os palestinianos.
A partir de 1897 e após a fundação do movimento sionista, alguns milhares de
judeus iniciaram a migração para a região da Palestina. Com a queda do Império Otomano, no final da
Primeira Guerra Mundial, a Inglaterra converte a região em protectorado
britânico desde 1918 até 1948.
A partir de 1940,
a luta pela construção de um Estado Judaico na Palestina intensificou-se,
principalmente a partir de 1947-1948 e já apoiados pelos Estados Unidos, baseada
no conceito da reparação pelos sofrimentos infligidos aos judeus durante a
Segunda Guerra Mundial.
Em 1947 a ONU propõe a divisão das terras Palestinas entre
judeus e árabes, baseando-se nas populações até então estabelecidas na região. Assim, os judeus receberiam 55% de toda a área,
sendo que, desta percentagem, 60% era constituída pelo deserto do Neguev. Os palestinianos, por não aceitarem a
criação de um Estado não árabe na região, rejeitaram esta partilha.
Em 1948, os judeus proclamam o Estado de Israel e, a partir daí, o conflito amplia-se de forma dramática. A Palestina reagiu e resistiu, recusando-se a aceitar a presença dos judeus no seu território.
Em 1948, os judeus proclamam o Estado de Israel e, a partir daí, o conflito amplia-se de forma dramática. A Palestina reagiu e resistiu, recusando-se a aceitar a presença dos judeus no seu território.
E começou aqui o já longo historial de guerras entre as duas
partes, envolvendo aspectos religiosos e territoriais: a luta pela ocupação de mais terrenos palestinos
por parte dos judeus e a reivindicação da cidade de Jerusalém por ambas as
partes.
1948-1949: - Os árabes da Palestina e os estados árabes da
região (Egito, Síria, Jordânia, Líbano e Iraque, com o apoio de Arábia Saudita
e Iémen) entram em guerra contra Israel. Israel vence a guerra e passa a controlar 78%
do território da Palestina, enquanto o plano de partilha da ONU lhe cedia apenas
55 %.
1956: - Gamal Abdel Nasser (presidente do Egito) nacionaliza o Canal de Suez. Israel, apoiado pela França e pelo Reino Unido, ocupa Gaza e a maior parte do Sinai. É, no entanto, obrigado pelos EUA e URSS a recuar.
1964: - É criada em Jerusalém a OLP (Organização para Libertação da Palestina).
1967: - Guerra dos Seis Dias. Numa guerra relâmpago de 6 dias (comandada pelo Gen. Moshe Dyan) Israel reconquista o deserto do Sinai, a faixa de Gaza, a Cisjordânia e os Montes Golan.
1972: - Onze atletas israelitas são mortos num atentado terrorista durante os Jogos Olímpicos de Munique. O atentado é atribuído aos árabes da Palestina.
1973: - Guerra do Yom Kippur.
1979: - Israel devolve ao Egito a península do Sinai. É assinado, em Camp David, o Tratado de Paz entre o Egipto e Israel.
1982: - Israel invade o Líbano e destrói quase completamente a cidade de Beirute, na Operação “Paz para a Galileia”, em resposta aos ataques da OLP ao norte de Israel.
1987: - Início da “primeira intifada”, com distúrbios de apedrejamentos na faixa de Gaza por parte de palestinianos, na sua maioria jovens.
1973: - a ONU considerou o sionismo uma forma de racismo. Israel bombardeia com frequência cidades palestinianas, utilizando aviação moderna e armas proibidas (fósforo branco), destruindo escolas, hospitais e residências, além de privar os palestinianos das liberdades e da igualdade de condições.
2000: - Início da “segunda intifada”, com os mesmos contornos e métodos da primeira.
2001: - Ariel Sharon é eleito primeiro-ministro de Israel. Ocupa mais territórios e dá início à construção do Muro da Cisjordânia, com o objectivo de dificultar os atentados terroristas palestinianos.
2004: - Yasser Arafat morre (suspeita-se agora de que terá sido assassinado). A Autoridade Palestina passa para o eleito Muahmad Abbas. Israel destrói os assentamentos de colonos judeus na Faixa de Gaza e Cisjordânia.
1956: - Gamal Abdel Nasser (presidente do Egito) nacionaliza o Canal de Suez. Israel, apoiado pela França e pelo Reino Unido, ocupa Gaza e a maior parte do Sinai. É, no entanto, obrigado pelos EUA e URSS a recuar.
1964: - É criada em Jerusalém a OLP (Organização para Libertação da Palestina).
1967: - Guerra dos Seis Dias. Numa guerra relâmpago de 6 dias (comandada pelo Gen. Moshe Dyan) Israel reconquista o deserto do Sinai, a faixa de Gaza, a Cisjordânia e os Montes Golan.
1972: - Onze atletas israelitas são mortos num atentado terrorista durante os Jogos Olímpicos de Munique. O atentado é atribuído aos árabes da Palestina.
1973: - Guerra do Yom Kippur.
1979: - Israel devolve ao Egito a península do Sinai. É assinado, em Camp David, o Tratado de Paz entre o Egipto e Israel.
1982: - Israel invade o Líbano e destrói quase completamente a cidade de Beirute, na Operação “Paz para a Galileia”, em resposta aos ataques da OLP ao norte de Israel.
1987: - Início da “primeira intifada”, com distúrbios de apedrejamentos na faixa de Gaza por parte de palestinianos, na sua maioria jovens.
1973: - a ONU considerou o sionismo uma forma de racismo. Israel bombardeia com frequência cidades palestinianas, utilizando aviação moderna e armas proibidas (fósforo branco), destruindo escolas, hospitais e residências, além de privar os palestinianos das liberdades e da igualdade de condições.
2000: - Início da “segunda intifada”, com os mesmos contornos e métodos da primeira.
2001: - Ariel Sharon é eleito primeiro-ministro de Israel. Ocupa mais territórios e dá início à construção do Muro da Cisjordânia, com o objectivo de dificultar os atentados terroristas palestinianos.
2004: - Yasser Arafat morre (suspeita-se agora de que terá sido assassinado). A Autoridade Palestina passa para o eleito Muahmad Abbas. Israel destrói os assentamentos de colonos judeus na Faixa de Gaza e Cisjordânia.
Sempre que o faz, a forma como Israel actua é extremamente violenta.
A disparidade de forças militares entre israelitas
e palestinianos é abismal – tanques, mísseis e aviões de combate da última
geração são usados contra uma população que se defende com algumas armas
artesanais e o arremesso de pedras. A
maioria da Palestina e dos muçulmanos (os muitos milhares de cristãos
palestinianos foram sempre propositadamente ignorados) estão sob o controle de
Israel, com o racionamento de comida, água e energia elétrica, além da ameaça
constante dos bombardeamentos da faixa de Gaza e da Cisjordânia.
A propósito de mais esta nova ofensiva em larga escala
levada a cabo neste momento por Israel na faixa de Gaza, cabe aqui lembrar dois
excertos da última crónica de Daniel Oliveira no "expresso online":
“Mesmo para quem não conheça a realidade
palestina - sobretudo em Gaza, onde mais de um milhão e meio de pessoas vive
amontoada num gueto - bastaria olhar para a desproporcionalidade dos ataques
israelitas para perceber o absurdo. Perante
uns rockets artesanais que mataram três israelitas as forças de Israel lançaram
uma ofensiva que, em apenas oito dias, provocou noventa mortos e 720 feridos.
Até quando continuará a comunidade
internacional a tratar os palestinos como sub-humanos sem direito a tudo a que
um povo tem direito? Até quando
continuaremos a comprar a narrativa de um agressor crónico que usa a má-consciência do Mundo para garantir a
passividade internacional perante os seus crimes? Até quando continuaremos a justificar o
injustificável?”
Para todos aqueles que quiserem conhecer todo
o historial (documentado) deste regresso tempestuoso dos judeus à “terra
prometida”, aconselho vivamente o visionamento destes dois documentários (Al Nakba) produzidos pela Al-Jazeera, de
alta qualidade e legendados em português, o primeiro referente ao período de
1897 até 1939, o segundo a partir de 1940 e até ao presente.
E ainda, para quem quiser aprofundar mais sobre o assunto, pode visitar este blogue:
1 comentário:
.... e eis como se falsifica a História da Humanidade... O Estaline também apagou o Trotsky da fotografia. Agora este cita a Al-jazzera e o Daniel Oliveira! Pois inverta-se a narrativa e colaboremos então no suicídio da Europa ! e viva o tchador e a Al-Kaedda!
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