terça-feira, 6 de novembro de 2012

FMI, BCE, UE - serão as dívidas legítimas? Argentina, Equador e Islândia disseram: - NÃO !

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FMI, BCE, UE - a receita é sempre a mesma:   -não é a economia ou o País mas antes
a Banca e os investidores que interessa proteger!  
Serão legítimas estas monstruosas dívidas?  Como e por quem foram contraídas?

"Só existe uma única opção na próxima década, que é não pagar a dívida porque
foi baseada no neoliberalismo, e a aventura neoliberal foi um crime contra a humanidade"
 
"Ninguém é obrigado a pagar esta dívida, uma vez que foi contraída em
nome da corrupção e dos mercados financeiros"
 
"É imoral pagar uma dívida imoral"
 

Outro vídeo de visionamento obrigatório,  "Debtocracy" (Χρεοκρατία) é um documentário poderoso sobre a crise grega preparado pelos jornalistas Katerina Kitidi e Aris Hatzistefanou com dinheiros próprios e donativos de amigos.
Os principais actores do documentário (cerca de 200 pessoas) assinam um pedido de criação de uma comissão internacional de auditoria, que teria por missão especificar os motivos da acumulação da dívida soberana e condenar os responsáveis.   No caso vertente, a Grécia tem direito a recusar o reembolso da sua "dívida injustificada", ou seja, da dívida criada através de actos de corrupção contra o interesse da sociedade.

"Debtocracy" é uma acção política.   Apresenta um ponto de vista sobre a análise dos acontecimentos que arrastaram a Grécia para uma situação preocupante.   As opiniões vão todas no mesmo sentido, sem contraponto.   Foi essa a opção dos autores, que apresentam a sua maneira de ver as coisas, logo nos primeiros minutos:   "Em cerca de 40 anos, dois partidos, três famílias políticas e alguns grandes patrões levaram a Grécia à falência.   Deixaram de pagar aos cidadãos para salvar os credores".

Os "cúmplices" da falência perderam o direito à palavra.   Os autores do documentário não dão a palavra àqueles que consideram "cúmplices" da falência. Os primeiros-ministros e ministros das Finanças gregos dos últimos dez anos são apresentados como elos de uma cadeia de cúmplices que arrastaram o país para o abismo.   O ex-diretor-geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn, que se apresentou aos gregos como o médico do país, é comparado ao ditador Georges Papadopoulos  [primeiro-ministro sob o regime dos coronéis, de 1967 a 1974]. (...)

O documentário utiliza os exemplos do Equador e da Argentina para suportar o argumento segundo o qual o relatório de uma comissão de auditoria pode ser utilizado como instrumento de negociação, para eliminar uma parte da dívida e do congelamento dos salários e pensões de reforma.

"Tentamos pegar em exemplos de países como a Argentina e o Equador, que disseram não ao FMI e aos credores estrangeiros que, ainda que parcialmente, puseram de joelhos os cidadãos.   Para tal, falámos com as pessoas que realizaram uma auditoria no Equador e provaram que uma grande parte da dívida era ilegal", acrescenta Katerina Kitidi.   Contudo, "Debtocracy" evita sublinhar algumas diferenças de peso e evidentes entre o Equador e a Grécia.   Entre elas, o facto de o Equador ter petróleo.

(Fonte original do vídeo:  "Debtocracy")
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