quinta-feira, 4 de outubro de 2012

O retrato do Primeiro Ministro "sombra" de Portugal

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António Borges é um homem doente e a prazo.   Ele sabe que não terá muito tempo para levar a cabo o seu projecto diabólico de destruição do paradigma da sociedade democrática.   Ele é um falcão de uma ultra-direita liberal-fascista, colada a interesses mundiais poderosos, para quem empresários como Belmiro são uns merceeiros sem dimensão e o povo uma ralé que um dia desaparecerá nas cinzas da sociedade democrática.

É um fanático, um ayotalah de um capitalismo extremista, selvagem, pensado para uma elite discreta, clandestina por vezes, que domina através dos obscuros mercados dos capitais, de muitas Goldman Saches deste Mundo.
Há um novo liberal-fascismo internacional que quer a destruição da Democracia e implementar uma nova ordem baseada na finança, na ganância, nos interesses dos poderosos.   Dos poderosos mesmo.

António Borges é o polvo que comanda este governo e que tem um ascendente total sobre o fraco e imberbe Passos Coelho, um tipo sem experiência governativa, sem traquejo, sem força, nem convicção.   Um rapaz que cresceu nos bastidores da Juventude Laranja, estagiou numas empresas que facturam ao Estado e que conseguiu ser líder de um partido porque era o idiota útil na hora certa.

A campanha de descrédito contra Sócrates, urdida por uma claque discreta do PSD e que começou com a calúnia do Freeport, alimentada por uma imprensa que vive da má língua, do que está a dar e que segue a voz do dono, deu ao rapaz a possibilidade de ele se apresentar ao povo como o seu redentor.   Prometeu dieta no Estado sem impostos extra nem cortes salariais.   Para os mais atentos escreveu um livro onde estava toda a teoria liberal-fascista como a destruição do Estado Social, começando na venda da RTP ao fim do SNS.

Borges tem pois a sua última missão em vida:   vender a patacas as empresas da Pátria, depenar a classe média, pôr a pão e água os trabalhadores e insultar os que acham que ele está louco e que está a cantar o seu canto de cisne de uma vida política atroz e de uma vida que na verdade não merece ser vivida.   Deus não dorme.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

ISLÂNDIA – a revolução silenciada! Mas vitoriosa!

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O segredo da Islândia – dizer NÃO!...

Alguém ouviu falar sobre a Islândia recentemente?  Não?  Porquê?  Se alguém pensa que não há censura nos grandes média, então porque nos mostram tudo sobre as revoluções no Egipto, Síria e Líbia?   E porque não divulgaram nada sobre a Islândia?
Escute bem isto:  na Islândia o povo fez o governo todo demitir-se, os principais Bancos do país foram nacionalizados e recusaram continuar a pagar as dívidas dos Bancos aos ingleses e holandeses, dívida gerada pelo esbanjamento do dinheiro do povo.
Foi criada uma Assembleia popular para escrever uma nova Constituição, e tudo isto pacificamente.  E fez toda uma revolução contra o poder que criou a crise:  - WALL STREET!   …por isso ninguém publicou nada!   Por muitos meses e durante estes 2 anos…   não vimos nada. 
O que aconteceria se outros países de todo o mundo seguissem este exemplo?
Muito brevemente, estes são os factos:
2008 – o principal banco do país é nacionalizado, a moeda nacional cai, as actividades da bolsa de valores é suspensa,  o país declara-se falido.
2009 – os protestos antecipam as eleições, provocam a demissão do Primeiro Ministro e de todo o Governo, a situação económica continua a ser calamitosa, uma Lei propõe o cumprimento da dívida com a Inglaterra e a Holanda, no valor de 3,5 mil milhões de euros (4,3 mil milhões de US dólares) a pagar por todas as famílias islandesas, mensalmente e durante os próximos 15 anos, com juros de 5,5%.
2010 – o povo toma as ruas e pede que a dívida seja submetida a um referendo.  Em Janeiro de 2010 o Presidente recusa-se a ratificar o projecto de lei e anuncia a organização de uma consulta popular.  Em Março ocorre o referendo e 93% votam por não pagar a dívida dos Bancos.  Enquanto isso, o novo Governo inicia as investigações para punir pela lei os responsáveis pela crise.  Muitos altos executivos dos Bancos e gerentes são mantidos sob prisão preventiva e detidos em celas prisionais verdadeiras.
Sim, você não está sonhando – é difícil encontrar gente assim que não se curva aos banqueiros!   Na imprensa, nem uma palavra – nada foi publicado – mas ISTO aconteceu!
A Interpol inicia uma investigação e os banqueiros fogem em massa do país, como ratos abandonando o navio  que se está afundando.
Nesse contexto de crise, uma assembleia é eleita para escrever uma nova Constituição que integra as lições da crise e substitui a anterior, que era uma mera cópia da dinamarquesa.  Para isso, foi pedida a colaboração directa do povo soberano.  Para tal, 25 cidadãos sem nenhum vínculo político ou partidário foram eleitos entre 522 candidatos.  Apenas precisavam ser maiores de idade e ter o apoio de 30 pessoas – muito simples!
A Assembleia Constituinte  começou a trabalhar em Fevereiro de 2011, e apresentará um projecto de Magna Carta a partir das recomendações consensuais em distintas assembleias que terão lugar por todo o país.  Esta Magna Carta será votada pelo parlamento actual e pelo que sair das próximas eleições legislativas.
Esta é a história da Revolução Islandesa:  - demissão em massa do Governo;  nacionalização dos Bancos;  referendo sobre as questões económicas fundamentais;  prisão dos principais responsáveis pela crise;  nova Constituição escrita pelos cidadãos.
Alguém ouviu a imprensa  canadense, americana ou japonesa falar sobre isto?  Em qualquer outro lugar do mundo?  Nos debates políticos, rádios, programas de TV?  Qualquer filmagem mostrada na TV?  Claro que não, eles estão “entretidos” com outras coisas…
O povo islandês deu uma grande lição ao mundo todo, lutando contra o sistema e ensinando “democracia”!   Este processo de democratização da vida política, que já dura há dois anos, é um claro exemplo de como é possível que o povo não pague a crise gerada pelos ricos.
O povo islandês soube dar uma lição de democracia à Europa toda e ao resto do mundo.  Uma lição, contudo, SILENCIADA pela comunicação social que continua a representar os interesses de quem gerou esta crise – a burguesia!
Peter Moore/The Plot991 (Adaptação deste blogue)
(Ler também aqui e aqui e aqui sobre este mesmo assunto)
 

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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Portugal perigosamente no caminho da Argentina: - os traidores, os corruptos, e o povo!

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Acautelemo-nos!   Ao mínimo "sinal" agarremos nos cajados e corramos TODOS para a rua!


A Portugal já não falta nenhum dos "condimentos" que nos anos 90 mergulhou a Argentina no estado de profunda bancarrota e de absoluta miséria do povo: - políticos traidores, mentirosos e corruptos, em conluio com os grandes Bancos e a Alta-Finança nacionais e internacionais, pensando apenas em si mesmos e desprezando o povo, condenando-o à desgraça e à miséria, com 90% da riqueza do país nas mãos de menos de 1% de canalhas.   E tudo isto sempre em nome de grandiosas promessas de melhorias de vida e de crescimento económico!

Para entender o que nos espera, é bom saber o que dizem os que já passaram antes de nós por situações semelhantes.   Neste filme (em 3 partes), é descrito o que aconteceu antes, durante e depois do processo de bancarrota na Argentina.
Com as devidas diferenças, a semelhança com o caso português é assombrosa.   Não há como aprender com a experiência dos outros.

Respire fundo...  e prepare-se para ver um filme tenebroso e assustador:
o do nosso próprio presente e futuro!!!

PARTE  1


PARTE  2


PARTE  3


(Carregado por santosalcides em 13/07/2011) ; (Cortesia de José Martins)
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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Na última sexta-feira, Passos começou a perder Portugal

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Na semana passada ocorreu um inclassificável golpe terrorista contra o povo português.   Não meteu explosivos, nem armas, nem aparatos de rua.   Limitou-se a um discurso do chefe do governo difundido antes de um desafio de futebol.   Esse discurso anunciava a condenação, por via fiscal, à fome, à doença, ao desespero, ao aviltamento de milhões de pessoas por perversão de governantes sem um pingo de decência.   A intervenção, lida de lábios cerrados, não disfarçava ressabiamentos, provocações, vinganças – lembrando as de apaniguados de Sócrates a avisar que quem se metesse com eles, levava.
Ora quem se meteu a sério com o governo não foram as oposições, foi o Tribunal Constitucional e a troika, ao atribuir a situação portuguesa à sua (in)competência.   Repreendidos e traídos, os boys de São Bento entraram de congeminar vingança.   Se em relação aos patrões (externos) fingiram não perceber a acusação, em relação aos opositores (internos), não – daí a desforra:   afrontaram o TC, alfinetaram o PR, enxovalharam os partidos, rapinaram os trabalhadores, declararam lixo os reformados e pensionistas, tratando todos como débeis mentais.  
Muito poucas vezes se viu tanta insensibilidade, arrogância, hipocrisia, mentira juntas!   “Lavra no país um grande incêndio de ressentimento e ódio”, afirma (em carta aberta ao primeiro-ministro) o escritor Eugénio Lisboa que, dos seus 82 anos, lhe grita:   “Todo o vosso comportamento não convida à esperança!”   Às 19h20 da última sexta-feira, Passos começou a perder Portugal.

(Por Fernando Dacosta, publicado no "I" em 13 Set 2012)

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O Neoliberalismo, ou o domínio invisível do Capitalismo Assassino!

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Excelente documentário exibido pela TVE espanhola, que aborda a visão de dois grandes humanistas contemporâneos sobre o mundo actual:   Eduardo Galeano e Jean Ziegler.
Pode-se dizer que há algo de profético nos seus depoimentos, pois o documentário foi feito antes da crise que assolou os países periféricos da Europa.
A Ordem Criminal do Mundo, o cinismo assassino que a cada dia enriquece uma pequena oligarquia mundial em detrimento da miséria de cada vez mais pessoas pelo mundo;  o poder concentrando-se cada vez mais nas mãos de poucos;  os direitos das pessoas cada vez mais restritos;  as corporações controlando os governos de quase todo o planeta e dispondo também de instituições como FMI, OMC e Banco Mundial para defender seus interesses.   Hoje, 500 empresas detém mais de 50% do PIB Mundial, muitas delas pertencentes a um mesmo grupo. 
Neoliberalismo (selvagem), é esta a ideologia que apaixona, hoje e cada vez mais nos últimos vinte anos, a maioria dos governantes mundiais, incluindo o actual PM de Portugal.






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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Ninguém está definitivamente contra as medidas da Troika, ó sua besta!!

 
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Não cumprir programa da 'troika' pode ser "catastrófico", alertou hoje Vitor Gaspar 

(Sapo Notícias)

 
 
Ninguém está definitivamente contra as medidas da troika, ó sua besta!  Aliás, ninguém sabe ao certo quais são mesmo essas "medidas" da troika...
O que o povo está é farto de ser sugado.  O que o povo está é contra o roubar aos pobres para dar aos ricos.  Contra o ir aos bolsos dos mais fracos e desfavorecidos em favor dos múltiplos e abundantes chulos dos três partidos do centrão.  Mais uma dose de roubo descarado e exagerado aos mesmos, NÃO!   Enquanto os mais espoliados continuam a ser os mais sacrificados de sempre, ficam invariavelmente de fora os inúmeros “gordos”, os boys bem plantados nos seus lugares cheios de mordomias e ordenados chorudos.  Enquanto continuas a sangrar a classe média, e até mesmo os pobres e os reformados, aqueles milhares de canalhas continuam a banquetear-se nas cadeiras dos milhares de Institutos e Fundações, a maior parte sem qualquer utilidade pública conhecida ou reconhecida, a não ser o facto de serem afilhados dos três miseráveis partidos que nos puseram de gatas.
 
A nós, porque a eles, os intocáveis, nada lhes acontece e fica tudo na mesma.  Belisca-los aqui e ali, muito ao de leve, só para que passe a mensagem de que também foram tocados pela austeridade, quando na realidade tu morres é de medo de tocares em todos esses interesses instalados, seu cretino!  É tudo uma questão de falta de TOMATES!!!
Não fora isso e já terias rasgado e mandado à merda todas as trafulhices das PPPs (algumas delas verdadeiros casos de polícia), fechado a maior parte dos 14.000 Institutos e empresas do Estado (os grandes ninhos de chulos partidários), acabado com a mama às Fundações, aquelas que nada produzem e para nada servem (e são a grande maioria), e até já terias posto na rua toda a chulagem que polula por tudo quanto é aparelho do Estado.  Estas sim, as verdadeiras gorduras que deverias atacar primeiro antes de fechar escolas e de despedir professores necessários, de fechar Centros de Saúde e Maternidades, e principalmente de ir aos bolsos a quem já se vê obrigado a optar entre comer ou tomar os remédios, ou a retirar subsídios e cortar na reforma aos aposentados que descontaram uma vida inteira sobre 14 mensalidades. 
Porque os contratos deles são blindados?... e os nossos o que são, ó sua besta? - meros papeis higiénicos a que limpas o cú quando e sempre que te apetece?
Tu que nasceste em berço de ouro e nunca sentiste na tua vidinha de nababo necessidades de qualquer tipo, percebes isto, ó sua besta?   Claro que não!  E estou eu aqui a perder o meu tempo contigo…  já me basta ter de perder todo o dinheiro e dignidade que me roubas! 
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quarta-feira, 18 de julho de 2012

O Parlamento Português - a promiscuidade em "open-space" !

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Paulo Morais, ex vice-presidente da Câmara do Porto e vice-presidente da organização não governamental "Transparência e Integridade", aqui em mais uma denúncia da despudorada promiscuidade existente no Parlamento (e fora dele) entre os interesses privados dos deputados e a falsa obrigatoriedade da defesa da coisa pública, chegando mesmo a apelidá-lo de "centro de corrupção", de "central de negócios privados" e de "escritório de advogados em open-space".




Portugal...que futuro?


Os portugueses sentem-se perdidos.   Desiludidos com Passos Coelho, não vêem na oposição uma alternativa credível e de Cavaco Silva já não esperam qualquer solução.   Ao fim de um ano de mandato, Passos vive dias difíceis.   Tem contra si a opinião pública, por causa das promessas não cumpridas.   Depois de se ter comprometido a não baixar os salários e a não aumentar os impostos, fez exactamente o contrário e conta agora com o divórcio da maioria dos portugueses.

Ainda por cima, a população não entende a razão de ser destes sacrifícios.   Em primeiro lugar, porque eles não são igualmente repartidos.   A Banca mantém os seus privilégios, as rendas pagas à EDP ou nas parcerias público-privadas não param de crescer.   E, além do mais, nem sequer as contas públicas se reequilibram, pois, apesar do aumento de impostos, a colecta reduz-se, o ministro das Finanças não cessa de errar nas suas previsões.   É o descalabro das contas públicas.

Dentro do seu governo, é chamuscado pelo escândalo Relvas.   Não conta com a solidariedade do seu parceiro de coligação, o PP (Paulo Portas), cujo principal objectivo é fazer campanha por si e pelos seus ministros.   A deslealdade é, aliás, uma marca histórica no PP, vem de longe.   Mas até do interior do PSD saltam farpas contra o primeiro-ministro.   Os barões conspiram diariamente contra Passos.   Esperançados numa escorregadela do governo, cavaquistas, leitistas e barrosistas espreitam a sua oportunidade.  

Por outro lado, a oposição socialista descredibiliza-se.   O seu líder, Seguro, apresenta um discurso vácuo e inconsequente.   Ao fim de longos meses de mandato, ainda ninguém percebe o que pensa Seguro sobre qualquer matéria de relevo.

Num País sem governo e sem oposição, já nem o Presidente tranquiliza os portugueses.   Descredibilizado pela gaffe da sua "modesta" reforma, Cavaco arrastar-se-á até ao fim do mandato, vaiado nas ruas.   Resta-lhe o papel de comentador da actualidade.   Mas essa função Marcelo desempenha melhor.   Com o desemprego a atingir uma dimensão perigosa, na ordem dos quinze por cento, as famílias em dificuldades económicas, as empresas descapitalizadas e a classe política completamente descredibilizada  –  é o futuro que está posto em causa.

(Paulo Morais, In Correio da Manhã)

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segunda-feira, 16 de julho de 2012

A Máfia das Parcerias Público-Privadas

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São verdadeiros casos de polícia, cujos autores e tutelares das respectivas áreas deveriam ser julgados e presos para bem do saneamento  deste País, expurgando-o de tantos empresários e ex-ministros corruptos e outros tantos chulos de toda a espécie. 

Não é inocente nem puro acaso que este programa, transmitido no passado dia 4 na SIC Notícias, seja transmitido pelas 22,30 horas e repetido pelas 03,00 da madrugada.  Como não é inocente nem puro acaso que este tipo de programas de divulgação política e de má despesa pública não sejam transmitidos nos canais de sinal aberto e de acesso gratuito, principalmente agora que que se verificou a mudança para a TV Digital.

É que, a este Estado inapto, bem como a toda a cáfila de políticos e ex-políticos corruptos que enxameiam este País em todos os centros de decisão e pertencentes aos 3 principais partidos, não interessa a divulgação de toda esta pulhice encapotada.   É que, a todos estes, não interessa que os verdadeiros jornalistas e denunciantes destes roubos e vigarices coloquem toda esta merda na ventoínha, para que os sabujos que enchem os bolsos e as suas contas nos off-shores à custa dos nossos salários e pensões não venham a ficar todos borrados com toda esta imensa merda por eles produzida!

E o nosso sistema judicial colabora.   Sempre que pode.   E pode sempre!!!





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sexta-feira, 13 de julho de 2012

Ó Relvas, ó Relvas, demissão à vista !...

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Invertebrado e com ar alucinado, nado e criado naquela fábrica (JSD) especializada em transformar imberbes incompetentes e xico-espertos em verdadeiros "artistas" políticos que têm levado este país ao fundo, este ministro conseguiu a extraordinária façanha de, apenas com uma cadeira do 1º ano de Direito e a elevada participação como membro da assembleia geral de um grupo folclórico, ter conseguido tirar o grau de licenciatura "bolonhesa" em apenas um ano, e com 4 cadeiras apenas.    Tudo isto por seu mérito próprio, claro, e à custa de muito trabalho e dedicação, sem quaisquer favorecimentos daquela universidade privada (Lusófona, de seu nome) e por consenso de todo o seu conselho científico que, depois de ter suado as estopinhas para analizar tão extenso currículo, decidiu por unanimidade (de um só professor) dar equivalência a 32 das 36 cadeiras do curso.

E isto,  ó Relvas,  não tem que ser escrutinado?   Isto sim,  ó Relvas, é verdadeira merda na ventoínha  (só para citar o chefe)!...



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quinta-feira, 12 de julho de 2012

Muito melhor que ser ministro é ser... "ex-ministro" !!!

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Gente sem vergonha e sem escrúpulos, cujo único interesse é o de encher a mula à custa dos sacrifícios de toda a população e sem o mínimo respeito por quem trabalha e paga impostos.  Sabujos que passaram, em muitos casos, directamente dos lugares de ministros para as empresas que antes tutelavam, aproveitando-se de uma promiscuidade política por eles próprios defendida e protegida e com um único objectivo: - o de viver à grande e à francesa para o resto da vida, nem que para isso tenham de esgotar a "gamela".




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sexta-feira, 6 de julho de 2012

Incompetência e casmurrice - eis o senhor "dois em um"!

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E porque não o ataque às verdadeiras "gorduras do Estado"?  E porque não o ataque às "gorduras do ricos"?  Porque há-de este rapazola lembrar-se apenas de tirar aos pobres e desprotegidos para dar aos ricos e aos protegidos do regime? 





Mudar de governo

A reacção de Passos Coelho ao acórdão do Tribunal Constitucional relativo aos subsídios diz muito, não só sobre a fraca capacidade intelectual do primeiro ministro, como também sobre os seus valores.

Seria de esperar uma declaração de aceitação da decisão do Tribunal Constitucional, seria mesmo aceitável que o primeiro-ministro demonstrasse alguma preocupação com a necessidade de adoptar medidas.   Mas Passos Coelho optou pela vingança.
Passos Coelho começou por adoptar o corte dos subsídios com um falso argumento, que os funcionários públicos ganhariam mais do que os outros portugueses.   Um argumento premeditadamente falso e que não explicava o porquê da suspensão dos subsídios dos pensionistas do sector privado.
Se a justificação dos subsídios assentava em falta de honestidade intelectual, o mesmo tinha sucedido com a razão que terá levado a tal decisão.   Tudo começou com um falso desvio colossal que de forma desonesta foi atribuído ao anterior governo.   Veio a provar-se que tal desvio não existia e que o corte dos subsídios visava tapar o buraco da Madeira e promover a partir do Estado uma estratégia de empobrecimento dos trabalhadores portugueses.
Se a forma como a decisão foi tomada era imprópria em democracia, a desonestidade foi ainda mais longe ao dizer-se que a medida vigoraria durante dois anos quando foi público e notório que para a troika a medida foi tomada por definitiva.   Aliás, ainda recentemente o governo dizia que talvez lá para 2015 se pudesse equacionar a hipótese de pagar uma pequena parte dos subsídios.

Não admira que um primeiro-ministro desonesto tenha reagido a uma decisão do Tribunal Constitucional com uma vingança - o corte dos subsídios serão estendidos a todos os portugueses.   Começou por dizer que os funcionários públicos ganham mais do que os trabalhadores por conta de outrem, agora diz a estes que vão ficar sem subsídios por culpa dos funcionários públicos, porque estes foram protegidos pelo Tribunal Constitucional.
Quando o país está á beira do colapso económico, quando toda a Europa anseia por crescimento económico, quando o desemprego cresce exponencialmente e quando todos os economistas (excepto o Gaspar) consideram que o excesso de austeridade está a inviabilizar a economia portuguesa a mensagem vingativa de Passos Coelho é que vai aumentar a austeridade, além dos funcionários públicos serão todos a ficar sem subsídios.

Isto prova duas coisas, que o país tem um primeiro-ministro que julga que pode ser um ditador desde que a senhora Merkel goste dele e que, perante o falhanço da sua política fiscal, aproveita-se agora da decisão do Tribunal Constitucional para aumentar brutalmente a austeridade para compensar a grande queda da receita fiscal, resultado da incompetência do seu ministro das Finanças.
Quis o destino que no mesmo dia em que um católico apostólico romano se babava junto dos jornalistas dos elogios dos líderes comunistas chineses à austeridade aplicada aos portugueses, os juízes do Tribunal Constitucional de uma pequena democracia europeia reafirmasse um valor constitucional que está na génese da democracia na Europa, o valor da igualdade.
Compreende-se a reacção de Passos Coelho, foi a reacção de quem parece ser alérgico aos valores da democracia e parece ficar com urticária quando se sente incomodado com as instituições democráticas.

O país precisa de um novo governo, com gente que tenha apego à democracia, governantes que tenham consideração pelos seus concidadãos e não gostem de os ver transformados em escravos, um primeiro-ministro capaz de ser competente em democracia, um ministro das Finanças que faça previsões sérias.   Não está em causa se é um governo de direita, de esquerda, ou de salvação nacional, que seja competente, honesto e formado por gente que goste do seu país e do seu povo.
Se Passos Coelho não consegue ou não quer governar em democracia e tratando os portugueses com igualdade, então que se vá embora, que vá trabalhar para as empresas do padrinho.


(Texto publicado no blogue "O Jumento", 06/07/2012)
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segunda-feira, 2 de julho de 2012

quinta-feira, 28 de junho de 2012

O antigo papagaio das TVs não passa afinal... de um sapo com penas coloridas !

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Carta aberta ao ministro Nuno Crato

in Público, 21/6/2012
Santana Castilho


Senhor ministro:

(...) O homem que havia interrogado o país sobre a continuidade de um primeiro-ministro que mentia, referindo-se a Sócrates, rápido se revelou mais mentiroso que o antecessor.   E o senhor foi igualmente célere em esquecer tudo o que tinha afirmado enquanto crítico do sistema.   Não me refiro ao que escreveu e disse quando era membro da Comissão Permanente do Conselho Nacional da UDP.   Falo daquilo que defendia no “Plano Inclinado”, pouco tempo antes de ser ministro.    Ambos, Passos Coelho e o senhor, rapidamente me reconduziram a Torga, que parafraseio:   não há entendimento possível entre nós; separa-nos um fosso da largura da verdade; ouvir-vos é ouvir papagaios insinceros.

Para o Governo a que o senhor pertence, a Educação é uma inevitabilidade, que não uma necessidade.   Ao mesmo tempo que a OCDE nos arruma na cauda dos países com maiores desigualdades sociais, lembrando-nos que só o investimento precoce nas pessoas promove o desenvolvimento das sociedades, Passos Coelho encarregou-o, e o senhor aceitou, de recuperar o horizonte de Salazar e de a reduzir a uma lógica melhorada do aprender a ler, escrever e contar.   Sob a visão estreita de ambos, estamos hoje, em relação a ela, com a mais baixa taxa de esforço do país em 38 anos de democracia.

O conflito insanável entre Crato crítico e Crato ministro foi eloquentemente explicado no último domingo de Julho de 2011, no programa do seu amigo, professor Marcelo.   Sujeito a perguntas indigentes, o senhor só falou, sem nada dizer, com uma excepção:   estabeleceu bem a diferença entre estar no Governo e estar de fora.   Quando se está no Governo, afirmou, “tem de se saber fazer as coisas”; quando se está de fora, esclareceu, apresentam-se “críticas e sugestões, independentemente da oportunidade”.   Fiquei esclarecido e acedi ao seu pedido, implícito, para arquivarmos o crítico.   Mas é tempo de recordar algumas coisas que tem sabido fazer e que relações adultas estabeleceu connosco.

A sua pérola maior é o prolixo documento com que vai provocar a desorganização do próximo ano lectivo, marcado pela obsessão de despedir professores.   Autocraticamente, o senhor aumentou o horário de trabalho dos professores, redefinindo o que se entende por tempos lectivos;  reduziu brutalmente as horas disponíveis para gerir as escolas, efeito que será ampliado pela loucura dos giga-agrupamentos;  cortou o tempo, que já era exíguo, para os professores exercerem as direcções das turmas;  amputou um tempo ao desporto escolar;  e determinou que os docentes passem a poder leccionar qualquer disciplina, de ciclos ou níveis diferentes, independentemente do grupo de recrutamento, desde que exista “certificação de idoneidade”, forma prosaica de dizer que vale tudo logo que os directores alinhem.   Consegue dormir tranquilo, desalmado que se apresenta, perante um cenário de despedimento de milhares de professores?

O despacho em apreço bolsa autonomia de cada artigo.   Mas é uma autonomia cínica, como todas as suas políticas.   Uma autonomia decretada, envenenada por normas, disposições, critérios e limites.   Uma autonomia centralizadora, reguladora, castradora, afinal tão ao jeito do marxismo-leninismo em que o senhor debutou politicamente.   Poupe-nos ao disfarce de transferir para o director (que não é a escola), competências blindadas por uma burocracia refinada, que dizia querer implodir e que chega ao supino da cretinice com a fórmula com que passará à imortalidade kafkiana:   CT=K x CAP + EFI + T, em que K é um factor inerente às características da escola, CAP um indicador da capacidade de gestão de recursos humanos, EFI um indicador de eficácia educativa (pergunte-se ao diabo ou ao Tiririca o que isso é) e T um parâmetro resultante do número de turmas da escola ou agrupamento.   Por menos, mentes sãs foram exiladas em manicómios.

Senhor ministro, vai adiantada esta carta, mas a sua “reorganização curricular” não passará por entre as minhas linhas como tem passado de fininho pela bonomia da comunicação social.   O rigor que apregoa mas não pratica, teria imposto o único processo sério que todos conhecem:   primeiro ter-se-iam definido as metas de chegada para os diferentes ciclos do sistema de ensino;  depois, ter-se-ia desenhado a matriz das disciplinas adequadas e os programas respectivos;  e só no fim nos ocuparíamos das cargas horárias que os cumprissem.   O senhor inverteu levianamente o processo e actuou como um sapateiro a quem obrigassem a decidir sobre currículo:   fixou as horas lectivas e anunciou que ia pensar nas metas, sem tocar nos programas.   Lamento a crueza mas o senhor, que sobranceiramente chamou ocultas às ciências da educação, perdeu a face e virou bruxo no momento de actuar:   simplesmente achou.   O que a propósito disse foi vago e inaceitavelmente simplista.   O que são “disciplinas estruturantes” e por que são as que o senhor decretou e não outras?   Quais são os “conhecimentos fundamentais”?   O que são o “ensino moderno e exigente” ou a “redução do controlo central do sistema educativo”, senão versões novas do “eduquês”, agora em dialecto “cratês”?   Mas o seu fito não escapa, naturalmente, aos que estão atentos:   despedir e subtrair à Educação para adicionar à banca.

Duas palavras, senhor ministro, sobre o Estatuto do Aluno.   É preciso topete para lhe acrescentar a Ética Escolar.   Lembra-se da sua primeira medida, visando alunos?   Eu recordo-lha:   foi abolir o prémio para os melhores, instituído pelo Governo anterior.   Quando o senhor revogou, já os factos que obrigavam ao cumprimento do prometido se tinham verificado.   O senhor podia revogar para futuro.   Mas não podia deixar de cumprir o que estava vencido.   Que aconteceu à ética quando retirou, na véspera de serem recebidos, os prémios prometidos aos alunos?   Que ética lhe permitiu que a solidariedade fosse imposta por decreto e assente na espoliação?   Que imagem da justiça e do rigor terão retirado os alunos, os melhores e os seus colegas, do comportamento de que os primeiros foram vítimas?   Terão ou não sobeja razão para não acreditarem nos que governam e para lamentarem a confiança que dispensaram aos professores que, durante 12 anos, lhes ensinaram que a primeira obrigação das pessoas sérias é honrar os compromissos assumidos?   Não é isso o que os senhores hoje invocam quando reverenciam Sua Santidade a Troika?   Da sua ética voltámos a dar nota quando obrigou jovens com necessidades educativas especiais a sujeitarem-se a exames nacionais, em circunstâncias que não respeitam o seu perfil de funcionalidade, com o cinismo cauteloso de os retirar depois do tratamento estatístico dos resultados.   Ou quando, dias antes das inscrições nos exames do 12º ano, mudou as respectivas regras, ferindo de morte a confiança que qualquer estudante devia ter no Estado.   Ou, ainda, quando, por mais acertada que fosse a mudança, ela ocorreu a mais de meio do ano-lectivo (condições de acesso ao ensino superior por parte de alunos do ensino recorrente).  

Compreenderá que sorria ironicamente quando acrescenta a Ética Escolar a um Estatuto do Aluno assente no castigo, forma populista de banir os sintomas sem a mínima preocupação de identificar as causas.   Reconheço, todavia, a sua coerência neste campo:   retirar os livros escolares a quem falta em excesso ou multar quem não quer ir à escola e não tem dinheiro para pagar a multa, fará tanto pela qualidade da Educação como dar mais meios às escolas que tiverem melhores resultados e retirá-los às que exibam dificuldades.   Perdoar-me-á a franqueza, mas vejo-o como um relapso preguiçoso político, que não sabe o que é uma escola nem procurou aprender algo útil neste ano de funções.
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sexta-feira, 22 de junho de 2012

Vitor Gaspar - um "merceeiro" nas contas do Estado

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Défice do subsector Estado estava acima dos 2,7 mil milhões de euros no final de Maio, mais 700 milhões que em igual período do ano passado. Contas saem penalizadas pela quebra na cobrança de impostos indirectos, como o IVA.


Más notícias para as contas públicas.   O Estado arrecadou menos 3,5% em impostos nos primeiros cinco meses do ano, em comparação com o mesmo período de 2011.   Esta quebra nas receitas torna mais complicado o objectivo de alcançar um défice de 4,5% no final de 2012.
Segundo o boletim de execução orçamental, divulgado esta sexta-feira pela Direcção-Geral do Orçamento (DGO), há uma quebra de 5,9% no montante recolhido através de impostos indirectos, como o IVA (cuja taxa aumentou recentemente para 23%), até 31 de Maio.

Por outro lado, houve um ligeiro aumento de 0,3% nos impostos directos, como o IRS e o IRC, mas é insuficente para equilibrar as perdas dos impostos indirectos.
Ainda de acordo com os dados divulgados pela DGO, o défice do subsector Estado estava, no final de Maio, acima de 2,7 mil milhões de euros, mais 700 milhões que em igual período do ano passado.
A despesa do Estado aumentou 3,4%, sobretudo devido a rubricas como o pagamento de juros, mas foi registada uma redução de 7,3% nas despesas com pessoal e as compras de bens e serviços diminuem 7,9%.
O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, já tinha admitido esta quinta-feira que "a informação disponível sobre o comportamento das receitas não é positiva".

"Estamos um pouco preocupados"
Francisco Sarsfield Cabral, especialista da Renascença em assuntos económicos, considera que esta execução orçamental é uma "má notícia", sobretudo por causa da prestação do lado da receita.

“A grande questão é saber o que o Governo vai fazer quando é reafirmado o objectivo de 4,5% do défice.   Já não pode haver recurso a receitas extraordinárias, as privatizações também não servem para atenuar o défice deste ano.   Estamos todos muito curiosos e um pouco preocupados com o que possa acontecer”, sublinha Sarsfield Cabral.

(fonte daqui)

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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Banqueiros e políticos - a maior fraude do século na destruição dos países e dos povos!


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Esta garota canadiana de 12 anos, Victoria Grant, surge aqui a explicar, duma maneira simples e inteligente, como é que a perniciosa e corrupta acção conjunta dos bancos e dos políticos conduziram os países à falência por dívidas abismais, tudo em benefício único dos banqueiros e através de "dinheiro virtual" onde, na maioria dos casos, eles não precisaram de outro movimento para além de um simples toque na tecla de um computador.   Vale a pena ver o vídeo deste discurso da pequena e reflectir sobre o assunto!



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quarta-feira, 23 de maio de 2012

O Presidente não escreve segundo o Acordo. Então porque raio o promulgou?

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Inconsciência, irresponsabilidade, ignorância, falta de sentido de Estado, falta de amor à Pátria e a um dos seus valores máximos - a Língua Portuguesa e as suas origens?  Ou simplesmente alguém que não tem a mínima noção do cargo que ocupa? 

Aproveite e assine, hoje mesmo, esta ILC (Iniciativa Legislativa de Cidadãos) para que tal aberração - o famigerado Acordo Ortográfico - possa vir a ser banido da nossa legislação e das nossas escolas!




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quinta-feira, 17 de maio de 2012

Tua e Sabor - A fraude do Plano Nacional de Barragens!

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Não obstante o anúncio do ministro da economia, hoje mesmo, da "intenção" de cortar nas rendas às Eléctricas que operam em Portugal, a verdade é que, dentro de poucos anos, Portugal irá ter a electricidade mais cara do mundo devido ao Plano Nacional de Barragens e aos Parques Eólicos.   Feitas as contas estas novas barragens vão produzir 0% de energia líquida.   No entanto, o Estado comprometeu-se a dar às concessionárias hidroeléctricas 49 milhões de euros por ano, haja ou não produção, enquanto o custo das próprias barragens aponta para mais de 16 mil milhões de euros.   Estas são algumas das verdades pouco divulgadas, se não mesmo escondidas, do Plano Nacional de Barragens.



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quarta-feira, 16 de maio de 2012

Os Donos de Portugal - desde o século XIX


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Transmitido pela RTP2 em 24/04/2012, "Donos de Portugal" é um documentário sobre cem anos de poder económico.   O filme retrata a proteção do Estado às famílias que dominaram a economia do país, as suas estratégias de conservação de poder e acumulação de riqueza.

Mello, Champalimaud, Espírito Santo - as grandes famílias cruzam-se pelo casamento e integram-se na finança.   Ameaçado pelo fim da ditadura, o seu poder reconstitui-se sob a democracia, a partir das privatizações e da promiscuidade com o poder político.   Novos grupos económicos - Amorim, Sonae, Jerónimo Martins - afirmam-se sobre a mesma base.

Quando a crise desvenda todos os limites do modelo de desenvolvimento económico português, este filme apresenta os protagonistas e as grandes opções que nos trouxeram até aqui.

(Documentário de Jorge Costa)




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quinta-feira, 10 de maio de 2012

Ainda as SCUT e os ruinosos negócios dos governos Sócrates!

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Henrique Neto (ex-deputado do PS) defende que José Sócrates deve ser investigado pela justiça portuguesa devido à sua governação.

Acho que ele [anterior primeiro-ministro] é o grande culpado, porque é evidente que tudo o que os ministros das Obras Públicas fizeram, fizeram-no sobre as ordens dele.   E a política foi definida por ele – era uma política autoritária e irrealista e era dele.   Mas, enfim, a investigação dirige-se aos ministros, por isso espera-se que a investigação realmente identifique quem foram os culpados", disse à Renascença.

Temos uma classe política que pode fazer tudo o que quiser?”, questiona o empresário, respondendo: “acho que se devia investigar”.

O antigo dirigente e deputado do PS disse ainda apoiar a investigação judicial solicitada pelo Automóvel Club de Portugal (ACP) aos ex-responsáveis pelo Ministério das Obras Públicas que aprovaram as parcerias público-privadas (PPP).

Já mandei um mail ao presidente do ACP a cumprimentá-lo pela decisão.  Finalmente a sociedade civil mexeu-se”, sublinha.
O Automóvel Clube de Portugal (ACP) fala em gestão danosa na concessão das SCUT e apresentou queixa contra três antigos governantes do PS com responsabilidades no sector das obras públicas.   São os casos de Mário Lino, António Mendonça e Paulo Campos.   O Presidente do ACP, Carlos Barbosa, confirma que entregou uma participação criminal no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP).

A boa ideia de se fazerem as SCUT para as pessoas terem uma maior mobilidade e sobretudo para o desenvolvimento das regiões acaba no fundo por cair por terra”, lamenta, já que “o pagamento das SCUT hoje em dia é obrigatório devido uma eventual gestão danosa por quem celebrou esses contratos todos”.

Entende Carlos Barbosa “que os políticos não são só julgados em eleições, têm de ser julgados pelos seus actos, se for caso disso”. Por isso, o ACP apresentou “uma série de documentos e provas ao DCIAP para que agora investigue junto de quem de direito se houve ou não gestão danosa”.

E se houve gestão danosa”, pede o presidente do ACP, "os políticos que fizerem esses contratos ruinosos para o país que sejam condenados”.

A associação queixa-se de gestão danosa nas concessões rodoviárias, sublinhando que as parcerias público-privadas dispararam durante os últimos anos dos Governos de José Sócrates.

O ACP considera que os visados são responsáveis por um prejuízo de vários milhares de milhões de euros, a suportar pelos portugueses.

(Fonte:   daqui e daqui;  sublinhados deste blogue)

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quarta-feira, 9 de maio de 2012

Europa em tempos de mudança ? – ou é mais baralhar e voltar a dar ?

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Os europeus  revoltados


Os franceses estão revoltados. Os gregos, também. Já era tempo.

Ambos os países realizaram eleições no domingo, que não foram mais do que referendos sobre a actual estratégia económica europeia, e em ambos os países os eleitores votaram os dois polegares para baixo.  Está longe de ser claro o quão breve os votos vão levar a mudanças na política real, mas o tempo está claramente a esgotar-se para a estratégia de recuperação através de austeridade - e isso é uma coisa boa.

Escusado será dizer que não foi isso que se ouviu dos suspeitos do costume em vésperas das eleições.  Foi realmente anedótico ver os apóstolos da ortodoxia que tentam retratar o cauteloso e bem-educado François Hollande como uma figura de ameaça.  Ele é "bastante perigoso", disse o The Economist, acrescentando que ele "realmente acredita na necessidade de criar uma sociedade mais justa."  Quelle horreur!

A  verdade é que a vitória do Sr. Hollande significa o fim do "Merkozy", o eixo franco-alemão que impôs um regime de austeridade nos últimos dois anos.  Isto seria um desenvolvimento "perigoso" se esta estratégia tivesse funcionado, ou mesmo se tivesse uma possibilidade mínima de funcionamento. Mas não é, e não funcionou; e é tempo de seguir em frente. Os eleitores europeus, ao que parece, são mais espertos do que os melhores e mais brilhantes do Continente.

O que há de errado com a prescrição de cortes de gastos como remédio para os males da Europa?  Uma resposta é que a fada confiança não existe - isto é, confirma que o cortar dos gastos do governo iria, de alguma forma, incentivar os consumidores e empresas a gastar mais, foi esmagadoramente refutado pela experiência dos últimos dois anos.  Assim, os cortes de gastos numa economia deprimida apenas provocam uma depressão ainda mais profunda.

Além disso, parece haver pouco ou nenhum ganho em troca do sofrimento.  Considere-se o caso da Irlanda, que tem sido um bom soldado nesta crise, impondo cada vez mais duras medidas de austeridade, numa tentativa de reconquistar os mercados de títulos.  De acordo com a ortodoxia dominante, isso deveria funcionar.  Na verdade, a vontade de acreditar é tão forte que os membros da elite política da Europa continuam a proclamar que a austeridade irlandesa de facto funciona, e que a economia irlandesa começou a recuperar.

Mas ela não tem recuperado.  E, embora nunca se venha a saber através de uma grande parte da imprensa, os custos dos empréstimos irlandeses continuam muito superiores aos de Espanha ou Itália, quanto mais aos da Alemanha.  Então, quais são as alternativas?

Uma resposta - uma resposta que faz mais sentido do que quase ninguém na Europa está disposta a admitir - seria para quebrar o euro, a moeda comum da Europa.  A Europa não teria essa cotação se a Grécia ainda tivesse o seu dracma, Espanha a sua peseta, Irlanda o seu punt, e assim por diante, porque a Grécia e a Espanha teriam o que eles agora não têm:  uma forma rápida para restaurar a competitividade e aumento das exportações, ou seja, a desvalorização.

Como contraponto à triste história da Irlanda, considere-se o caso da Islândia, que era o marco zero da crise financeira, mas que foi capaz de responder ao desvalorizar a sua moeda, a coroa (e também teve a coragem de deixar os seus bancos falirem, falhando o pagamento das suas dívidas).  Certamente que a Islândia está experimentando a recuperação que a Irlanda deveria ter, mas não tem.

No entanto, quebrar o euro seria altamente perturbador, e também representaria uma grande derrota para o "projecto europeu", o esforço de longo prazo para promover a paz e a democracia através de uma maior integração.  Existe outra maneira?  Sim, existe  -  e os alemães têm mostrado a forma como pode funcionar.  Infelizmente, eles não entendem as lições de sua própria experiência.

Fala-se com os líderes de opinião alemães sobre a crise do euro e eles gostam de apontar que a sua própria economia estava estagnada nos primeiros anos da década passada, mas conseguiu recuperar.  O que eles não gostam de reconhecer é que esta recuperação foi impulsionada pelo surgimento de um enorme superávit comercial alemão relativamente a outros países europeus - em particular relativamente às nações agora em crise - que foram crescendo, experienciando uma inflação acima do normal, graças a juros baixos.  A crise dos países da Europa pode ser capaz de imitar o sucesso da Alemanha se eles beneficiarem de um ambiente comparativamente favorável - isto é, se desta vez for o resto da Europa, especialmente a Alemanha, a experienciar um pouco do boom inflacionário.

Assim, a experiência da Alemanha não é, como os alemães imaginam, um argumento para a austeridade unilateral no Sul da Europa, é antes um argumento muito maior para políticas expansionistas noutras áreas, e em particular para o Banco Central Europeu deixar a sua obsessão com a inflação, focando-se no crescimento.

Os alemães, escusado será dizer, não gostam desta conclusão, nem a liderança do banco central.  Eles apegam-se às suas fantasias de prosperidade através do sofrimento, insistindo que continuar com sua estratégia falhada é a única coisa responsável a fazer.  Mas parece que eles já não terão o apoio incondicional do Palácio do Eliseu.  E isso, acredite-se ou não, significa que ambos, o euro e o projecto europeu, têm agora uma possibilidade melhor de sobreviver do que até há poucos dias.
(Paul Krugman, In The New YorkTimes, em 06-05-2012)
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sábado, 28 de abril de 2012

Momentos idos... esquecidos.


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Tu que és vida, cor, encanto e música,
desafio, tranquilidade, doçura e sedução,
amora fresca que pinta de rosa minha boca,
visão do paraíso, essência do amor e da paixão,
fome e sede em um tempo só, imensidão do mar,
céu estrelado, cheiro a maresia e terra molhada,
praia de areias quentes, nuvem mensageira,
o brilho dos teus olhos é fulgor na madrugada.

Tu que és ternura e beleza, loucura, saudade,
murmúrio de fantasia, suspiro de amor,
luz do luar, meiguice e dom da natureza,
jardim perfumado, campo aberto em flor,
água pura da fonte, renda de linho, singeleza,
trazes contigo a esperança e a melodia
do teu corpo belo de menina e de mulher
que tem no ritual do amor toda a magia.

Tu que és rosa, orquídea e flor silvestre,
brisa fresca em manhã de primavera,
perfume de giesta, aroma de urze campestre,
gota de orvalho em meus dedos inquietos,
deixa-me sentir a ternura dos teus beijos,
sonhar contigo as madrugadas do amor
e enlear-me nos teus braços, todo entregue
à volúpia do sentir os teus desejos.

E deixo o pensamento à solta
abrindo clareiras de imaginação!
Quanto mais longe de ti mais perto…
que este aperto permanente no peito
é a Verdade que me vem de dentro!
Não se ouve, não se explica nem se entende…
mas nem precisa de demonstração!

E já que não posso ter-te aqui e agora
e fazer amor contigo até ser dia,
a ti, passarinho chilreando na folhagem,
eu canto este amor em poesia!

(Março, 2001)
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quarta-feira, 25 de abril de 2012

38 anos depois... dos canalhas anteriores só mudaram as caras!


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Os farsolas do regime



1.   Comemora-se hoje o 25 de Abril.   Foi há 38 anos.   “O País perdeu a inteligência e a consciência moral.   Os costumes estão dissolvidos e os caracteres corrompidos.   A prática da vida tem por única direcção a conveniência.   Não há princípio que não seja desmentido, nem instituição que não seja escarnecida.   Já não se crê na honestidade dos homens públicos.   O povo está na miséria.   O desprezo pelas ideias aumenta em cada dia.   Vivemos todos ao acaso.   O tédio invadiu as almas.   A ruína económica cresce.   O comércio definha.   A indústria enfraquece.   O salário diminui.   O Estado tem que ser considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo”.   Estas frases corridas pertencem a Eça de Queirós e foram citadas por Paulo Neves da Silva, em livro editado pela Casa das Letras.   A quem revê nelas o país em que hoje vive, pergunto:   e não fazemos nada?

2.   A evolução dos indicadores é oficial:   desemprego em dramático crescimento, PIB em queda alarmante e execução orçamental do primeiro trimestre do ano muito longe do equilíbrio prometido.   Dizem os farsolas do regime que não há tempo para resultarem as políticas de extermínio dos funcionários públicos, classe média e reformados.   Asseveram que é preciso esperar.   Aceita-se, naturalmente, que a falta de recursos traga os custos para a primeira linha das análises e que a eficiência preocupe a governação.   Mas no binómio “recursos mobilizados- resultados obtidos”, gastar menos, obtendo piores resultados, mesmo que melhore a eficiência, é inaceitável.   Cortar despesas de modo cego, mantendo intocáveis os grandes sugadores do país, é inaceitável.   Em Washington, Vítor Gaspar teve o topete de declarar que as medidas de austeridade não afectaram os mais vulneráveis.   E a propósito dos subsídios confiscados, o decoro mínimo não impediu Paula Teixeira da Cruz de desmentir o primeiro-ministro, que já tinha desmentido Vítor Gaspar.   Como se a confiança no Estado aguentasse todas as diatribes.   “Não podemos viver acima das nossas possibilidades” é uma frase batida dos farsolas do regime.   A dívida pública e a dívida privada têm que ser pagas, recordam-nos.   Aos funcionários públicos espoliados e aos que nunca viveram acima das suas possibilidades, pergunto:   e não fazemos nada?

3.   Na quarta-feira passada ouvi Nuno Crato na TVI 24.   Afirmou que não há razões pedagógicas para dizer que 30 alunos por turma seja mau.   Perante o esboço de contraditório do entrevistador, perguntou-lhe quantos alunos tinham as turmas no tempo dele.   Esta conversa não é de ministro.   É de farsola, que não distingue pedagogia de demagogia.   No meu Alentejo e no meu tempo, não raro se encontravam à porta de uma ou outra casa, em dias de sol, dejectos humanos a secar.   Eram de um doente com icterícia, que os tomaria posteriormente, secos, diluídos e devidamente coados.   Pela ministerial lógica justificativa, bem pode Sua Excelência anotar a receita para os futuros netos.   Garanto-lhe, glosando Américo Tomás, pensador do mesmo jeito, que os que não morriam salvavam-se!   A dimensão das turmas tem óbvia implicação no aproveitamento e na disciplina.  
William Gerald Golding, Nobel da literatura em 1983, foi, durante 3 décadas, professor.   Interrogado uma vez por um jornalista sobre o método que usava para ensinar, respondeu que com 10 alunos na sala de aula qualquer método servia, mas com 30 nenhum resultava.   A resposta de Golding retorna à minha mente cada vez que surge um econometrista moderno a tentar convencer-me de que o tamanho das turmas não tem a ver com o sucesso das aprendizagens.   Não nos iludamos com a profusão de estudos sobre a relevância das variáveis que condicionam as aprendizagens e, particularmente, com as correlações especulativas estabelecidas entre elas.   Imaginemos que os resultados obtidos num sistema de ensino onde as turmas têm, em média, 35 alunos, são melhores que os obtidos por turmas de 20, de outro sistema.   Alguma vez permite essa constatação concluir que o tamanho da turma não importa?   Que aconteceria aos resultados do primeiro sistema se as turmas passassem de 35 para 20 alunos, no pressuposto de que tudo o mais não se alterava?

Poderíamos e deveríamos discutir se temos recursos financeiros para manter a actual dimensão máxima das turmas.   E poderíamos concluir que não.   Poderíamos e deveríamos discutir o peso e a hierarquia, em termos de resultados, das diferentes variáveis que condicionam as aprendizagens.  E poderíamos concluir que, antes da dimensão das turmas, outras se impõem pelo seu impacto e relevância.   Mas não afrontemos com pseudo razões pedagógicas a experiência comprovada da sala de aula, que torna evidente que a probabilidade de sucesso aumenta se cada professor tiver menos alunos com quem repartir esforços e atenção.   Aos professores adormecidos pergunto:   e não fazemos nada?
 
 
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