quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Aqui te deixo, saudosamente, uma rosa branca sobre o teu caixão…





Não podia ter acontecido...  assim!


Dói.  Como há muito não doía...
Nunca contei que partisses antes de mim.
E jamais pensei que me doesses tanto assim,
esta dor que sufoca que se instala e não sei bem 
donde vem.
Sei apenas que vem de dentro,  
das profundezas de mim.

E  lembro com saudade os dias felizes 
de quando menina te conheci.
Depois...  foram longos os anos dos desencontros.
Longos também os anos de lonjura e desinteresse
até quase me esquecer de ti.
Mas eu sabia que tu estavas aí
e isso me bastava.

E agora…  agora que partiste fazes-me falta.
Porque eu queria saber-te sempre viva,  
imortal.  
E agora...  agora que arrefeces assim,
também eu sinto este frio de morte,     
a sensação profunda deste vazio gélido, 
mortal.

Nós errámos a vida.  Fizemos tudo mal. 
E agora…  agora só me resta esta amargura,
esta certeza de jamais poder voltar atrás.
O nosso tempo acabou.  
Definitivamente! 
Não mais te verei para todo o sempre, 
na eternidade da tua sepultura.

Afinal...  sei-o agora, 
nunca chegaste a sair de todo cá de dentro.
Descansa em paz.

(13/Janeiro/2015)




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