Não podia ter acontecido... assim!
Dói. Como há muito não doía...
Nunca contei que partisses antes de mim.
E jamais pensei que me doesses tanto assim,
esta dor que sufoca que se instala e não sei bem
donde vem.
esta dor que sufoca que se instala e não sei bem
donde vem.
Sei apenas que vem de dentro,
das profundezas de mim.
das profundezas de mim.
E lembro com saudade os dias felizes
de quando menina te conheci.
Depois... foram longos os anos dos desencontros.
Longos também os anos de lonjura e desinteresse
até quase me esquecer de ti.
Mas eu sabia que tu estavas aí
Mas eu sabia que tu estavas aí
e isso me bastava.
E agora… agora que partiste fazes-me falta.
Porque eu queria saber-te sempre viva,
imortal.
imortal.
E agora... agora que arrefeces assim,
também eu sinto este frio de morte,
a sensação profunda deste vazio gélido,
mortal.
mortal.
Nós errámos a vida.
Fizemos tudo mal.
E agora… agora só me resta esta amargura,
esta certeza de jamais poder voltar atrás.
O nosso tempo acabou.
Definitivamente!
Definitivamente!
Não mais te verei para todo o sempre,
na eternidade da tua sepultura.
Afinal... sei-o agora,
nunca chegaste a sair de todo cá de dentro.
Descansa em paz.
Afinal... sei-o agora,
nunca chegaste a sair de todo cá de dentro.
Descansa em paz.
(13/Janeiro/2015)
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